
em 27/07/2003 por RecifeRock.com.br
Foto Washington Ribeiro (PORAO WEB)
INTRO:
Etnia e Nação Zumbi foram os representantes de Pernambuco no Porão do Rock 2003 em Brasília. O público total do festival nos dois dia foi de mais de 70 mil pessoas. ROCK TOTAL!!
Etnia tocou domingo (06/07) no palco 2, no mesmo palco tocaram El Patito Feo (DF), NEM (GO) e Phonopop (DF).
É isso, chega de conversa, leia um resumo do que falaram do ETNIA durante o Porão do Rock 2003:
ah… só uns agradecimentos especiais antes… Aos sites Alucináticos, Prófugo e Porão Web. VALEU!
ENTREVISTAS:
PRÓFUGO – http://www.profugo.blogger.com.br
ETNIA
Por Djenane Arraes
E o manguebeat esteve presente no Porão do Rock nos dois dias de festival. No sábado com a Nação Zumbi e no domingo com a Etnia, formada pelo Canhoto (guitarra) que foi percursionista (caixa, pra falar a verdade) do ainda Chico Science e Nação Zumbi. Ele gravou no Da lama ao caos. Completam a banda Fekinho (vocal), Eraldinho (bateria), Alexandre (percussão), Rinaldo Carimbo (percussão), Samuel (percussão) e André (baixo).
Djenane: Vamos começar com o trivial. Vocês já tocaram para um público grande como esse do Porão?
Fekinho: A gente é uma banda de quase oito anos e já pegamos muitos shows grandes, principalmente em Pernambuco. Mas o que é surpreendente não é a quantidade de pessoas no Porão, mas sim o calor do pessoal de Brasília. Cara, a gente teve uma receptividade como poucas que já tivemos, por ser uma banda que está tocando pela primeira vez aqui e num palco secundário, sem muita divulgação, sem muita pompa, sem muito tudo. Ficamos lisonjeados com o público daqui e esperamos voltar mais.
Djenane: Se a banda tem oito anos, então ela começou no estouro do manguebeat.
Fekinho: É verdade, inclusive o Canhoto é um dos ex-integrantes da banda Chico Science e Nação Zumbi. Ele gravou o Da Lama ao Caos depois saiu e formou a Etnia.
Djenane: Você acha que o manguebeat ainda tem força fora de Pernambuco?
Fekinho: Acho que a força e a explosão que existia, não. Mas é um produto consolidado, uma coisa que se tornou associada à qualidade e ao respeito. Isso só tende a nos ajudar. Acho que essa nova geração do manguebeat pernambucano, da qual a gente também faz parte, ela veio trazer a consolidação do que é o movimento, como cena, maneira de viver e musicalidade. No início foi um fenômeno e como tal tende a ter uma queda depois, mas com as novas bandas, elas vão segurando o movimento que talvez já não seja tão homogêneo como foi nos anos 90.
Djenane: Vocês mostraram no palco um som bem pesado, mas que mantém a tradição dos tambores de maracatu. Isso é bem característica do movimento tendo um som internacional com o diferencial do regionalismo. É um atrativo poderoso até pra uma banda se lançar fora do país. Isso já aconteceu com vocês?
Fekinho: Ainda não. Embora a gente já tenha quase oito anos, só no ano passado é que lançamos o nosso primeiro CD, que se chama MPB ¿ Maracatu popular Brasileiro, que foi produzido pelos nossos irmãos da Nação Zumbi. Ainda não fomos pra fora, mas é uma pretensão nossa e já existe um trabalho desenvolvido pela nossa produção pra esse fim. Acho que em meados do ano que vem a gente já possa estar nessa estrada.
Djenane: Mas vocês concordam com esse negócio do internacional com o regional do manguebeat?
Canhoto: Quase inconseqüentemente, tomou-se essa visão em Peixinhos, que é um bairro de Olinda, cidade patrimônio histórico da humanidade de Pernambuco (N.Ed. Brasília também é). A gente já vem trabalhando meio que involuntariamente já com a cultura. Porque Peixinhos não vive só de música e existe vários outros tipos de cultura incorporados lá no nosso bairro e em Pernambuco, em geral. Por força maior e pela nossa vontade de trabalhar com o social, de fazer projetos. Nós temos a entidade Lamento Negro, lá em Peixinhos, que é uma das precursoras do movimento manguebeat junto com o pessoal do Chão de Estrela. Tudo isso contribuiu para que isso fosse fluindo naturalmente e tomou uma proporção imensa que ao mesmo tempo foi involuntária e satisfatória. Foi gostoso de ver essa coisa acontecendo pro nosso lado, porque eu sei que nos outros estados existem vários outros tipos de projetos e culturas. Peixinhos, Recife, Pernambuco são policulturas. Vá ao carnaval de Olinda para saber o tanto de coisa que acontece por lá. É só ir a Pernambuco para saber o que realmente o que o Etnia veio mostrar com esse primeiro CD que a gente gravou.
fonte: http://www.profugo.blogger.com.br
PORÃO WEB – http://www.poraoweb.com.br
Banda Etnia
Por Washington Ribeiro
Fekinho, vocal, mostrando que o Manguebeat está mais vivo que nunca
Faça uma pequena apresentação, contando um pouco da história da banda?
População ou grupo social que apresenta relativa homogeneidade cultural e lingüística, compartilhando história e origem comuns. Etnia é o que há de mais novo na cena Manguebeat, nascida em Dezembro de 1995 após a saída de Canhoto da banda Chico Scienc & Nação Zumbi, a banda é uma continuidade dos trabalhos iniciados por Canhoto na CSNZ onde gravou o Cd Da Lama Ao Caos pela Sony Music e Toda turnê de divulgação. Mangue desde pequenininha! Etnia é, Fekinho-Vóz, Canhoto- Guitarra, André- Baixo, Eraldo- Bateria, Samuel- Percussão, Rinaldo-Percussão, Alexandre-Percussão.
Como esta a divulgação do álbum de estréia da banda, o MPB?
Em Agosto de 2002 através da Lei de Incentivo a Cultura do Estado de Pernambuco nós conseguimos gravar nosso 1º Cd Chamado MPB (Maracatu Popular Brasileiro) nosso 1º filho que teve a produção de Lulu Oliveira, Gilmar Bola 8 (NZ) e Jorge du Peixe (NZ). O qual estamos fazendo um trabalho de divulgação nacional visitando algumas capitais. É, vem sendo difícil por que ainda estamos dependendo só de nós, sem o apoio de uma gravadora para que possamos ter um maior êxito, mais apesar disto já passamos pela Bahia e Ceará e ficamos muito satisfeitos com o retorno do público, no mais estamos esperando mais contatos e convites como o do porão para darmos continuidade.
O que vocês já sabiam a respeito do Festival Porão do Rock?
Bom, o porão já é um festival consagrado nascionalmente e ele mesmo fala por se, ao exemplo do Abril pro Rock o porão cresceu e tornou-se obrigatório para bandas como a nossa que tem que fazer tudo no peito e na marra. Espaços como este servem para manter acesa a chama das boas músicas do nosso país.
Qual foi o melhor Festival que vocês participaram no Brasil?
Fora de Pernambuco só fizemos um festival na Universidade Católica de Salvador, foi a Pré-Bienal da UNE em Novembro de 2002, os restantes foram Shows nossos, mais em nosso estado já passamos por vários como RECBEAT, Festival de Inverno de Garanhuns, etc. e desses grandes só não fizemos o Abril Pro Rock.
Vocês conhecem bandas do atual cenário de Brasília?
Infelizmente muito pouca coisa, mas como Brasília sempre foi pancada e revelou nomes como Legião Urbana, Raimundos, Natirut’s e etc. os herdeiros deste legado devem com certeza fazer jus a toda esta sonoridade, (Um abraço especial ao Casa de Farinha).
Em termos de divulgação do trabalho qual a importância da Internet para vocês?
Internet hoje para nós é tudo e algo mais, ela nos da o suporte para suprir a falta de várias coisas do tipo Empresário, Gravadora etc.
Como anda o movimento pós-manguebeat, se é que pode ser achado assim?
O pós não existe, pois só quem morreu de fato e infelizmente foi Chico, a prova está em nosso trabalho e de tantos outros, como posso dizer-te nosso caldeirão ainda continua fervendo e agora com mais força de explosão talvez do que do 1º, por que estamos dentro de uma panela de pressão que esqueceram no fogo e quando explodir vem com tudo.
O que a banda tem a dizer sobre:
Rádios: Algumas ao exemplo da Rádio Cidade Recife e a Cidade 99,1 de Fortaleza e as que são assim merecem nosso respeito, mais a grande maioria ainda é alienada.
TV: por incrível que pareça em nosso estado temos acesso as grandes e dificuldade com as pequenas.
Cena Local: Pernambuco Estado do Manguebeat de Josué de Castro, Ariano Suassuna, Francisco Brenan, Chico Scienc, Nação Zumbi, Mundo Livre, Mestre Ambrosio, Cordel do Fogo Encantado, Otto, Etnia, do Presidente Lula Etc. e não consegue fazer um mercado permanente no nordeste.
Qual a expectativa da banda em relação ao público e a apresentação no Porão do Rock? Teremos alguma novidade no repertório para esse show?
Você sabe uma daquelas oportunidades que você passa a vida esperando e ela chega! Vamos botar pra quebrar e mostrar que chegamos para conquistar e invadir. Sim teremos Várias novidades pois o ETNIA já é UMA GRANDE NOVIDADE.
fonte: http://www.poraoweb.com.br/temp/texto_entrevistas.php?ID=4
O SHOW:
ALUCINÁTICOS – http://www.alucinaticos.com.br
ETNIA
Por Pedro Brandt
A banda pernambucana Etnia trouxe para o segundo dia do Porão do Rock o que eles chamam de MPB, ou Maracatu Popular Brasileiro (nome do disco da banda), ou traduzindo em miúdos, o som feito por Chico Science & Nação Zumbi em seus dois primeiros discos.
Mas se o som é “mais do mesmo”, pelo menos é feito por quem entende do assunto, tanto que a banda conta com Canhoto, ex-CS&NZ na guitarra. O show do Etnia obteve boa resposta do público e conseguiu, durante seus 20 minutos de apresentação, agitar bastante o público, ou como eles mesmo dizem, “arriar” a galera…
fonte: http://www.alucinaticos.com.br/poraodorock2003/etnia.jsp
PORÃO WEB – http://www.poraoweb.com.br
Etnia – MPB (Maracatu Popular Brasileiro)
Por Luciano Branco
Uma banda realmente com raízes do Manguebeat que não fez feio o Maracatu Popular Brasileiro soou sincero e verdadeiro Fekinho e companhia mandaram muito bem na sua musica tradicional e pesada. Jogaram alguns CDs pra galera e colocaram no palco um dos integrantes da banda El Patito Feo que estava com uma camiseta com a bandeira de Pernambuco. Com gritos de Arreia (devidamente explicado pelo vocalista. Arrear quer dizer curtir, animar) garantiu polgo em frente ao Palco 2.
fonte: http://www.poraoweb.com.br/temp/texto_destaques.php?ID=18
Fotos por Rodrigo Dalcin (ALUCINÁTICOS):

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» Site Oficial Porão do Rock
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