em 12/04/2004 por Hugo Montarroyos (entrevista) e Guilherme Moura (intro)
Vamos à terceira parte da série de entrevistas: O que mudou depois de tocar no Abril Pro Rock ?
Desta vez conversamos com as bandas Cabruêra, Mombojó e Bonsucesso Samba Clube.
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Bonsucesso Samba Clube: visibilidade e experiência
Rogerman e Berna, o núcleo da Bonsucesso, já tem bastante experiência em APR. Antes de tocar com a Bonsucesso, eles já tinham subido ao palco com a Eddie. Essa experiência faz muita diferença, veja o que Rogerman falou: O que mudou depois da Bonsucesso Samba Clube tocou no APR ?
ROGERMAN (Vocalista da Bonsucesso Samba Clube): A gente fez dois Abril já, em 2001 e 2002, e foi legal pelo fato de ter sido no momento em que a banda estava ainda em ascensão, no início mesmo do trabalho, numa época em que éramos algo novo. É sempre bom porque você acaba tocando pra pessoas que não têm o costume de ir pra determinados lugares, não têm a cultura de sair para bairros distantes, como de Boa Viagem para Olinda, por exemplo. Então lá (Abril) é um lugar que congrega vários tribos e é sempre legal tocar.
Acho que não existe essa história de você tocar num evento e mudar a vida da banda. Continua o trabalho, continua a ralação igualzinho a antes. Existem casos de bandas que se deram muito bem após o festival, como o Sheik Tosado. Na época o show do Abril mudou a vida deles porque já tinha gente de olho na banda, confirmou o interesse de neguinho pela banda. Mas, tirando essas raridades, é muito difícil acontecer algo do gênero. É legal porque rola uma visibilidade e você ganha experiência, mas continua a batalha igualzinha no outro dia.
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Cabruêra: do APR para Europa
Uma história muito parecida com Los Hermanos… Pessoa conta O que mudou na Cabruêra depois de tocar no APR ?
ARTHUR PESSOA (Vocal, Acordeon e Pandeiro da Cabruêra): Quando fizemos o APR pela primeira vez, em 2000, o festival já era considerado uma das mais importantes vitrines para bandas novas no Brasil, tornando-se um divisor de águas pra muitos grupos que tiveram destaque ou visibilidade depois de tocar nele. Com a Cabruêra não foi diferente.
O editor da revista Showbizz, na época, Emerson Gasperim, elegeu o grupo como a revelação daquela edição e, poucos meses depois estávamos na Europa, fazendo uma turnê de 12 shows pela Inglaterra, Alemanha, Portugal e Bélgica. Depois do Abril também lançamos o nosso primeiro disco independente e caímos na estrada, passando a encarar tudo de forma mais profissional no nosso trabalho.
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Mombojó: APR é grande vitrine
Dois anos depois, Mombojó se prepara para seu segundo APR. no primeiro APR em 2002: o cd demo sem capa com 4 músicas; Hoje: o excelente cd NadadeNovo com 20 mil cópias em todas as bancas do Brasil. E ai Marcelo Campello O que mudou na vida do Mombojó depois que vocês tocaram no Abril ?
Marcelo Campello (Violão e Cavaco da Mombojó): Depois do primeiro Abril a gente conseguiu estabelecer uma seqüência de shows regular. A gente conseguiu durante um ano tocar durante toda a semana. A aceitação cresce bastante depois que você toca no Abril.
A gente conseguiu um comentário bacana de um jornalista do Jornal do Brasil, Silvio Essinger, fomo apontados como Revelação do Abril pro Rock de 2002. A gente usou muito esse comentário que acabou abrindo as portas pra gente.
Não que tudo isso seja conseqüência do Abril, mas é do caralho, é uma vitrine fuderosa. Na verdade, acho que a grande vitrine aqui do Recife é o Abril pro Rock..
Links:
» Bonsucesso Samba Clube no RecifeRock
» Mombojó no RecifeRock
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