em 14/04/2004 por Hugo, Bruno e Guilherme.
Inspirados pelo campanha que a Ampla fez para o Abril Pro Rock 2004… nós… err… chupamos a idéia! E fomos conversar com músicos e jornalistas sobres seus momentos e histórias no APR. Afinal todos que já foram ao Abril Pro Rock tem histórias pra contar… os shows favoritos… os amigos… hmmm… os Momentos APR.
Nesta primeira parte conversamos com Fabinho Trummer, vocalista da banda Eddie, um veterano, que já subiu ao palco do APR com a Eddie, Lara Honouska e Dj Dolores Y Orchestra Santa Massa. Fabinho foi bem objetivo e apenas citou os melhores shows que viu; já Rogerman da Bonsucesso Samba Clube e ex-baixista da Eddie, contou da emoção de tocar no festival depois de Tom Zé em 1999; Roger de Renor tem muitas histórias pra contar… elas começam na primeira reunião do primeiro APR e vão até a novíssima geração APR; representando o RecifeRock: Hugo Montarroyos, que tirou do baú momentos de 5 APRs…
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É isso… Momentos APR:
Fabinho Trummer (Vocalista da Eddie):
Jon Spencer Blues Explosion (2001), Chico Science e Nação Zumbi e a primeira vez dos Raimundos (1995).
Rogerman (Vocalista da Bonsucesso Samba Clube):
Eu me lembro de uma vez que tocava com o Eddie e Tom Zé fez uma apresentação memorável (Nota: Foi no Abril Pro Rock de 1999) e a gente ia tocar logo depois dele. A gente estava no camarim ouvindo toda aquele barulheira… mas foi muito maravilhoso porque quando a gente entrou no palco tocamos Buraco de Bala, que era o hit da época, e a resposta da galera foi imediata. É muito bom tocar depois de um cara desse porque ele já deixa todo mundo feliz. O que mais me marcou no Abril foi isso, o fato da gente ter tocado depois de Tom Zé, numa apresentação em que alavancou a carreira dele de novo, e logo depois a gente conseguiu fazer um show que foi considerado também um dos melhores da noite. E as pessoas responderam, poderia ter sido ao contrário. Mas a gente conseguiu reverter e transformou aquela alegria que ele tinha deixado numa coisa mais forte ainda.
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Roger de Renor (Som da Sopa / Cidade na Praia):
Eu vou pro Abril pro Rock desde que eu era pequeno (risos). O Abril pro Rock pra mim é a mesma coisa que o carnaval. A primeira reunião do Abril pro Rock foi lá na Soparia (antigo bar de Roger), com a galera toda sentada na beira do bar. Tinha gente pra cacete, a Soparia tinha sido recém inaugurada, não tinha nem um ano de existência. Outra boa lembrança foi o último ano do festival no Circo Maluco Beleza, aquela inundação. Eu fiz uma barraquinha lá, e foi uma farra muito boa, mesmo com a chuva. Foi um momento emocionante. E depois as histórias já no Centro de Convenções. As casinhas que a gente fazia, os shows, os encontros que eu já tive lá, como com o Seu Jorge, que eu já curtia de longe. As pessoas que me conheciam de nome por causa do meu bar, isso tudo era muito legal. As amizades que eu fiz, com o Wander Wildner, fazer essa ponte entre os músicos e os produtores, os olheiros sacando a movimentação. O velhinho da Trama (Carlos Eduardo Miranda), aquela galera toda…
Agora as lembranças mais fortes são aquelas que tenho vivido nos últimos anos. Encontrar minhas amigas… Ano retrasado encontrei uma amiga minha que estava acompanhando a filha! Hoje em dia meus amigos voltaram a freqüentar o Abril porque os filhos já estão indo também. As gerações curtem a mesma coisa, e eu acho isso do caralho! Essa semana meu filho de 7 anos reconheceu uma música do Mombojó no rádio.
Hugo Montarroyos (RecifeRock):
Em 1996, Marcelo Nova (do Camisa de Vênus) mandando um singelo recadinho para Samuel Rosa: “Prefiro estar morto pendurado no saco de Raul Seixas do que viver chupando o pau de Herbert Vianna”. A chuva nos shows de Mundo Livre S/A, Mestre Ambrósio e Chico Science, este último fui obrigado a ouvir do posto, já que uma amiga minha tinha desmaiado…
No ano seguinte (1997): o chatíssimo show do Planet Hemp, todo mundo correndo por causa de um barulho de tiro…
Já em 1998 destaco a Ratos de Porão em performance endiabrada, e Devotos, no melhor show de sua história, fechando o sábado.
2002 que foi primeiro ano que cobri o Abril pro Rock. A emoção que tentei (e não consegui) disfarçar ao entrevistar o Sepultura; o show do Krisiun, que foi tão barulhento, mas tão barulhento, que toda a imprensa que cobria o festival teve que se refugiar na sala destinada aos repórteres; o show do Sepultura…
Ano passado (2003): o vocalista do Mukeka di Rato agredindo um agressor e o Nando Reis, que estava tão chapado, mas tão chapado, que pensei que ele morreria em pleno palco.
Amanhã tem mais gente… mais histórias…
Links:
» Eddie no RecifeRock
» Bonsucesso Samba Clube no RecifeRock
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