Volver e Superoutro no Nassau

Por Recife Rock! em 20 de junho de 2005

VOLVER E SUPEROUTRO NO NASSAU
data: 04/06/2005 (Sábado) – local: Teatro Maurício de Nassau
com Volver e Superoutro
Resenha por Bruno Arrais – Fotos por (Sem Fotos)

Público pequeno, mas animado no lançamento do cd da Volver
em 04/06/2005 por Bruno Arrais

Tem fotos deste show ? manda pra nós!!

Sábado de chuva e várias outras festas rolando na cidade. Reflexo ? Público pequeno (120-150 pessoas) na festa de lançamento do CD do Volver. Pequeno, mas bastante animado, há que se dizer. Na abertura da noite com o Superoutro, a lotação era de apenas um terço do espaço do Teatro Maurício de Nassau; mas nem por isso a banda desanimou…

À meia-noite em ponto, o Superoutro subiu ao palco para fazer sua apresentação. Como têm feito em todas as últimas, abriram com o ótimo tema instrumental dançante Opus Genesis, de Ênio (Mellotrons), sem a presença do vocalista Artur Maia, que só subiu após sua execução, para cantar a canção Janeiro, uma das mais novas da banda.

Fizeram uma apresentação curta – apenas 40 minutos –, mas muito boa. Foram apenas 8 músicas. Além das duas já citadas tocaram, respectivamente, A Última Vez, uma belíssima balada tirada do CD Autópsia de um Sonho, do qual também faz parte Como Gritar, uma das melhores – talvez a melhor – canções do álbum. Em seguida, o ponto alto do show, um cover do EMF, Unbelievable, inusitado, mas muito bem vindo. Colocou todos para dançar. Aí veio a instrumental arrasa-quarteirão Castelo – mais uma pausa para Artur – e, para terminar, mais duas ótimas canções novas: Vai Voltar e Dezembro. Apresentação impecável.

Com as mudanças que sofreu recentemente (troca de vocalista e perda de uma guitarra), a banda mudou bastante de sonoridade – está mais pop -, mas melhorou muito. O vocal era realmente o ponto fraco da banda – o que não significa um demérito para Guga, que era parte importantíssima da banda, é importante ressaltar -, mas com a entrada de Artur isto ficou plenamente resolvido, porque ele canta muito bem. Quanto às guitarras, perdeu-se um pouco de impacto, mas isso está levando a banda a explorar novas possibilidades, alternativas, para manter os arranjos fiéis às versões originais. Você ainda não conferiu nenhuma das apresentações com a nova formação? Está esperando o quê?

O Volver iniciou sua apresentação à 01h00. Por uma hora e 10 minutos, puseram a platéia, que duplicou para assistir a eles, para dançar, cantar e bater palmas ensandecidamente a cada canção tocada – com muito entusiasmo, é importante ressaltar -, pela banda. Foi um show caprichado, contando até mesmo com alguma produção de palco e figurino, e agradou bastante a todos que estavam ali no Maurício de Nassau, para dividir com Bruno, Diógenes, Fernando e Doug a alegria pelo lançamento do CD…

Já subiram ao palco destruindo, com o clássico do cancioneiro gaúcho Twist, da Graforréia Xilarmônica, e mantiveram o ritmo com Charminho e Quero Te Ver Bem (Longe de Mim) , duas das canções mais recentes da banda, que estão no CD Canções Perdidas num Canto Qualquer, que estava sendo vendido por R$ 10,00 durante a festa; uma pechincha. O disco está muito bom e vale a pena compra-lo. Na verdade é um CD indispensável.

Do CD também faz parte a Strokesniana Canção Perdida, quarta do set, belíssima música, com um refrão extraordinário. Em seguida, uma canção de Júpiter Maçã, com quem tiveram oportunidade de tocar recentemente no festival Bananada 2005, em Goiânia/GO, Casalzinho Pegando Fogo; letra de conteúdo, digamos, picante, bem ao gosto dos rapazes do Volver.

A sexta foi a já clássica Não Trate Ele Assim, canção das mais antigas, do CD demo. Depois a nova, Muito a Sério, mais uma canção com um refrão espetacular – Bruno Souto é um especialista em refrões pop perfeitos, um absurdo! -, seguida pela linda balada Máquina do Tempo, canção em que é possível vislumbrar certa influência de Gleisson Jones (Rádio de Outono), na letra – jurava até bem pouco tempo atrás que era pareceria deles.

Aí veio outro clássico retirado do CD demo, Quero que Você Desista, uma versão, muito superior à original, feita por Bruno para a música Are You Ready for the Fallout, dos americanos do Fastball. A décima música do set foi Nada Vai Mudar, dos alagoanos do Mopho, mais uma influência confessa dos garotos.

Depois dela tocaram seu clássico maior, Lucy, mais uma música do CD demo, apresentada ao vivo numa versão bem mais acelerada; muito boa. Impossível não se animar e pular e cantar ao som desta canção espetacular. Na seqüência, mais uma cover, desta vez do bregoso Odair José, Vou Contar de Um a Três, que o Volver gravou para ser lançada num CD tributo que poderá contar, além deles, com a presença de Superoutro, Mundo Livre S/A e Mombojó.

Tocaram em seguida mais uma das canções novas, Com Sabor de Choque Elétrico, uma excepcional balada, triste e bela, com uma sonoridade um tanto quanto incomum em relação ao estilo do Volver. A 14ª música da noite foi Chamas do Inferno, dos gaúchos Os Atonais e, na seqüência, Não Ria de Mim e Você que Pediu, as duas músicas do CD Demo que estavam faltando. Tocadas assim em seqüência, levaram a platéia ao delírio. E para terminar no mesmo clima, mandaram a nervosa e espetacular, Mister Bola de Cristal. A banda saiu do palco muito aplaudida e o público ficou pedindo para voltarem. Gritaram e bateram palmas e a banda voltou, para terminar de vez a apresentação com a canção Ela Só Quer Me Ter, dos paranaenses Faichecleres, velha conhecida do público do Volver, que já tocava esta música desde sua primeira apresentação.

Foi uma ótima festa de lançamento para o CD. Ambas as bandas fizeram apresentações muito boas e o público, apesar de um pouco reduzido, estava bastante animado e respondeu muito bem às apresentações. Se você perdeu a festa de lançamento, procure pelo CD nas lojas e fique ligado na nossa agenda de shows para saber quando o Volver tocará de novo na cidade, porque não dá pra perder esse show.

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