Terceira Edição e Iupi no Nassau

Por Recife Rock! em 21 de junho de 2005

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TERCEIRA EDIÇÃO E IUPI NO NASSAU
data: 17/06/2005 (Sexta) – local: Teatro Maurício de Nassau
com Terceira Edição e Iupi
Resenha por Tiago Barros – Fotos por Bruno Negaum

Nem só de indie vive o homem, quanto mais a nova cena musical recifense
em 17/06/2005 por Tiago Barros

Nem só de indie vive o homem, quanto mais a nova cena musical recifense. Ok, ok, essa frase inicial foi um tanto quanto infeliz, mas representa de certa forma (ou pelo menos tenta) o fato que o Teatro Maurício de Nassau, o atual “templo” indie da cidade, abriu as portas para duas bandas descaradamente pops em seus respectivos segmentos e que vem angariando uma leva considerável de apreciadores: o Terceira Edição e o Iupi.

Terceira Edição

O Terceira Edição foi a primeira banda a subir no palco com seu rock pop até a medula. E quando falo rock pop, leia-se Jota Quest, Nickleback, Capital Inicial, Matchbox 20 e bandas congêneres (pode ser até que eles digam que não são influenciados pelas bandas supracitadas, mas que o som deles lembra o dessas bandas, ah, isso lembra sim!). Antes de qualquer coisa, é bom que eu saliente que a banda apresenta uma coesão instrumental inegável, provavelmente fruto da época em que parte do grupo ainda era uma banda cover, e possui integrantes que dominam suas respectivas funções. Porém, todavia, entretanto, todas essas características são usadas a favor de um som insípido e sem muita identidade. A primeira música do show, “O Show da Vida Real”, até demonstra ter uma veia pop rock desencanada, mas logo vemos que grupo parece ficar num meio termo entre uma exagerada postura rocker, cheia de cara e bocas, e um lado pop sentimental, típico de algumas bandas do rock brasileiro de meados dos anos 80 e começo dos anos 90. Ao decorrer do show, a sensação de “já ouvi isso antes e muitas vezes” é inevitável, o que tornou a apresentação bastante cansativa (se bem que boa parte das pessoas presentes pareciam estar curtindo muito). Eles até possuem algumas composições interessantes, a balada “Exemplos” é um…errr…bom exemplo disso, mas ao vivo elas carecem de pegada, de punch, característica essencial pra uma banda de rock, seja ela orientada pro lado pop ou não. de qualquer forma, a banda parece ter um público cativo que inclusive cantou boa parte das músicas apresentadas na noite.

Iupi

Já a primeira coisa que passou na minha cabeça quando o Iupi preparava seu set era que eles iam tocar pra ninguém, até porque já era por volta de duas da matina e o público do hardcore melódico que a banda perpetua, em sua maioria, é uma molecada entre 14 e 16 anos, que ainda possui bastante dificuldade pra sair à noite. Mas que nada, lá estava uma quantidade considerável de guris pogando e cantando ao som dos versos emocionados e do som rápido da banda. Mesmo não fugindo do convencional e tendo composições que se atem em demasia a certos clichês, o Iupi conseguiu fazer um show competente. Fora que tiveram que passar por cima de vários problemas técnicos que surgiram em meio a sua apresentação. no geral, um show legal, pena que o estilo escolhido pela rapaziada (o hardcore melódico) demonstra uma estagnação quase que completa.

Bem, pelo sim ou pelo não, é importante que a cidade também tenha grupos que representem o gosto médio da rapaziada que curte rádio FM e bandas em superevidencia, pois isso retifica a diversidade musical que muitos apregoam a Recife. E isso é uma questão que vai muito além de gosto pessoal e conceitos relativos como bom ou ruim.

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