Estrógeno Conta como Será Show de Lançamento do Novo Cd

A Estrógeno faz neste Sábado, no Lado B (antiga boate Ultra), a partir das 23h, o show de lançamento de seu terceiro registro em CD. Conversei por e-mail com a baterista Inge, que falou como será a apresentação da banda, das mudanças na sonoridade do grupo e dos planos futuros da Estrógeno.

Como será o show de lançamento do terceiro trabalho da Estrógeno ?

O show vai ser voltado para mostrar as nossas músicas autorais. Vamos relembrar desde a nossa primeira música (que não está em demo algum, apenas a gravamos separadamente) até as últimas composições. Infelizmente ficaram umas de fora por causa do tempo, só teremos uma hora para mostrar o nosso trabalho, esse foi o pacto com o dono do lugar. Também vamos tocar 3 covers. Um bastante conhecido do Pink Floyd e 2 de bandas que a gente curte muito mas que não temos oportunidade de tocar em bares porque é um som mais pesado, “Shitlist” da L7 e “Bruise Violet” da Babes in Toyland.

Vamos mesclar músicas dos 1º, 2º e 3º cds com as que nunca foram gravadas e as que foram gravadas separadamente. Quem for vai conhecer bem o nosso estilo. Uma oportunidade raríssima de ouvir a maioria das nossas músicas, já que em bares a gente toca 1 ou 2 e em outros eventos o tempo geralmente não dá para mostrar muitas delas.

O que mudou na sonoridade da banda entre o penúltimo álbum e este que está sendo lançado agora ? Qual a tiragem deste trabalho ?

Olha, a gente sempre procura não repetir muito as levadas das músicas, para não ficar uma coisa cansativa. A Estrógeno é uma mistura muito grande de influências de rock. Tem integrantes que gostam mais de metal, outras mais do pop, então tem músicas que são mais peso e outras mais lights. Procuramos sempre diversificar as levadas. Não incrementamos muito em relação a equipamento, a gente gosta do rock cru mesmo. O que vamos adicionando é o aprendizado e experiência de cada uma, a gente procura colocar coisas mais legais e mais qualidade nas músicas. Somos muito preocupadas com isto, em fazer um bom trabalho.

Neste último cd, tem uma música mais light que a vocalista toca gaita, ficou bem bonito. no mais são mudanças nos arranjos e muito, muito trabalho de dinâmica.

Sobre a tiragem… risos… a gente gastou o dinheiro todo na gravação, reprodução e divulgação do cd. Então não sobrou muita coisa. Só deu para sair com 100 cds. Quem tiver interessado em patrocinar mais reprodução, estamos aí.. risos.. sai muito caro pra gente.. tudo vem dos shows covers que a gente faz.

Aproveito para dizer que se a gente tivesse parado com os shows covers não teríamos grana para bancar o lado autoral, então galera, vamos deixar o preconceito de lado. A gente continua compondo e ralando pra caramba com as nossas músicas, os covers são pra manter a banda e o nosso trabalho próprio.

Depois que vendermos esses cds, a gente manda reproduzir mais… sempre foi assim.

O que você tem escutado ultimamente de rock recifense que destacaria ?

A gente tá numa fase bem introspectiva com a banda. Temos nos dedicado muito a este último cd. Ultimamente só ouço a Estrógeno… ahahahahaha.. Bom, tem uma banda aqui que eu gosto muito, que é a Johnny Hooker, gosto muito do estilo deles e admiro a ralação da galera. Eles tem muito potencial. A outra que eu gosto bastante, formada por músicos experientes e já conhecida da mídia é a Vamoz!, inclusive eles iam tocar conosco no lançamento que seria no mês passado, massssss, como foi adiado e mudou o local, o dono só abriu espaço pro show de uma banda apenas, aí ficou impossível chamar convidados.

Como você avalia o fechamento da Rádio Cidade ? Ela faz falta ?

Eu tive uma surpresa quando ouvi a galera falando que a rádio tinha sido fechada Ficamos muito, muito tristes. O pessoal de lá, além de ser super simpático e aberto, dava oportunidades para todo tipo de banda, da mais conhecida à mais iniciante.. a galera apostava mesmo.. bastava chegar lá com o cd ou com algum aviso de evento que eles divulgavam. Acho que era a rádio que atingia o maior público em relação a banda locais. Ficamos com menos opção ainda. Uma pena mesmo.

Quais os planos da Estrógeno para o segundo semestre ? Algum festival em vista ?

A gente sempre pensa em tocar em Estados do Sul/Sudeste, participar de grandes festivais, mas só agora estamos com um cd de qualidade na mão para tentar entrar nesses eventos. A gente até tentou entrar em outros com os demos anteriores, mas nunca fomos chamadas. Fica difícil competir com gente que tem um material de qualidade na mão e ainda mais com um cd “de verdade”, né? A gente vai cair em campo e enviar o nosso cd para os 4 cantos do Brasil. Quem sabe não somos convidadas para algum? O outro problema é que, se formos chamadas, não temos grana para viajar. É bem complicado esse lado. O caixinha foi embora com esta gravação.. risos… massss.. nada de lamúrias.

Vamos em frente, pois acreditamos muito no nosso trabalho e daremos um jeito de mostrá-lo se formos chamadas para os festivais…

Outro plano que temos para o segundo semestre é fazer o nosso primeiro clipe e mudar o nosso site. Já conseguimos no primeiro semestre o nosso domínio. no mais é divulgar o cd, enviar para os festivais, revistas especializadas e tentar mostrar nosso trabalho em outros Estados e aqui também. Ainda não conseguimos tocar no Abril Pro Rock ou Rec Beat. Quem sabe se com este novo cd a gente não ganha uma oportunidade.

É isso! Como sempre, se quiser acrescentar algo, o espaço é seu.

A gente tá tão feliz que dá vontade apenas de agradecer a todos que nos ajudaram. Fosse com trabalho ou divulgação, sorrisos ou críticas construtivas. Agradecer àquelas pessoas que direta ou indiretamente nos deram força. Não teríamos conseguido sem elas. Ao pessoal da mídia, ALGUMAS pessoas que sempre nos trataram com respeito, ao PG, que teve a maior paciência para gravar, mixar e masterizar o cd; ao Mário Campos, que fez a arte do cd e todo material de divulgação (fez em junho e teve de refazer em julho por causa do adiamento do lançamento..ui.. isso é que é amizade).

Queria aproveitar e pedir a prefeitura e ao Estado que abrissem espaço para as bandas de rock. Não temos o estilo regional, mas somos daqui de Pernambuco, merecemos o mesmo espaço, né? Tocar em eventos que atingissem um público maior.

Links:
» Estrógeno no RecifeRock

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