Dia D Hardcore 2005

Hardcore invade a Casa do Frevo
em 06/08/2005 por Élder Gustavo

Este fim-de-semana fui para o Festival do Sol, em Natal, mas o RecifeRock! não poderia de deixar de cobrir o Dia D Hardocore 2 . O festival está apenas no seu segundo ano, mas já trouxe ao Recife o Dead Fish (ES), Switch Stance (CE), Allface (RN) e Dead Nomads (PB). Felizmente, Élder Gustavo, vocalista da banda Revolta Civil, foi lá e escreveu suas impressões sobre o festival. Muito obrigado a Élder e parabéns para a produção do festival. (Guilherme Moura) .

DIA D HARDCORE 2

Hardcore invade a Casa do Frevo

Por Élder Gustavo

Sábado de noite clara, sem ameaça de chuva neste final de inverno. A segunda edição do Festival Dia D Hardcore parecia ser o dia ideal para o público sedento por Hardcore. Público que após o fechamento do Dokas, pareceu ter acabado junto com a casa.

Assim que cheguei ao local, às 19h, tive a boa surpresa de encontrar um público já razoável. Com o já tradicional atraso de mais de uma hora, o Shark Attack, primeira banda da noite, sobe ao palco da Casa do Frevo. Infelizmente só entrei quando a Start, segunda banda da noite, já havia começado sua apresentação. Energia e presença de palco são os fatores principais da banda, entretanto, o som estava embolado e desafinado. Apesar disso a banda mostrou qualidade, apesar de ter menos de 6 meses de estrada. no show a banda aproveitou para apresentar seu novo vocalista, Henrique, que cantou as duas últimas músicas.

Aproveitando a energia da banda anterior, não demorou muito para o Democratas fazer um show que há muito tempo não fazia… com harmonia, energia e poucos erros. Depois do fiasco de suas últimas apresentações, a banda pareceu tentar dar a volta por cima e o público respondeu de forma extremamente positiva.

Mas a noite parecia ter dono… e eram os ‘Menudos Capixabas’ d’Os Pedrero, que começou apenas como um ‘projeto’ (ou melhor, rascunho) paralelo do Mukeka Di Rato. Hoje, a banda de ‘Punk Rock’N Roll EmoBreja’ agrada todo mundo, o show mostrou isto. Insanidade e irreverência, ou bizarrice mesmo, não faltaram no show. Os Pedrero subiram no palco com uma ‘mega-produção’ visual e o som pra lá de ‘tosco’. A Casa do Frevo ficou pequena para a animação do público e as rodas de pogo. Para muitos, inclusive para mim, foi o melhor show da noite.

Pouco mais de meia-noite, começa o show da Switch Stance de Fortaleza. Eles pareciam muito à vontade, porque a banda já tem um público formado na cidade, fruto de várias passagens por aqui, como no Abril Pro Rock de 2004. O show não trouxe nada de novo, mas a banda tem um grande carisma e interage muito bem o com o público, com isso conseguiram arrancar alguns refrões em coro e muitos aplausos.

E finalmente é chegada a vez do Mukeka di Rato fazer outro show energético e violento. Após um pequeno intervalo, o show começou bem mais comportado, ou melhor, mais ensaiado, apesar disso, o show foi tão brutal quanto o último show deles por aqui, que rolou em fevereiro. A Casa do Frevo deu a impressão do show ter sido mais frio que da ultima vez, mas Mukeka Di Rato é sempre único num palco. O público parecia querer se matar a cada novo hino tocado. Sempre devastador!

E por volta de duas horas da manhã, o Sugar Kane, vindos da capital Paranaense encerraram a noite com seu Hardcore Melódico ou ‘EmoCore’. A banda tem músicos competentes, som consistente, músicas harmoniosas, mas no show deles, a impressão que ficou é que faltava algo. Talvez pela hora ou o cansaço do público, apesar da vontade de mostrar um bom show, o que ficou foi a impressão de uma banda fria no palco.

E já beirando 3h da manhã, a segunda edição do Festival ‘Dia D Hardcore’ chegou ao fim. Uma avaliação do evento ? Acima da média, apesar do pouco público. O importante é que os quase 350 presentes fizeram da festa um bom exemplo de um evento de Hardcore.

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