
O guitarrista da Viper Felipe Machado fala sobre da volta do grupo
em 31/08/2005 por RecifeRock.com.br
Essa entrevista foi gentilmente cedida ao RecifeRock! pelos parceiros do site BahiaRock.
A banda Viper faz dos shows no Recife no próximo fim-de-semana, confira o serviço do show no fim da entrevista.
Entrevista com Felipe Machado (guitarrista do Viper)
Por Alexandre Afonso (www.rockfreeday.com.br)
Matéria cedida pelo site BahiaRock (www.bahiarock.com.br)
Aproveitando a vinda da banda Viper a Salvador, Alexandre Afonso conversou com o guitarrista e fundador Felipe Machado a respeito da volta do grupo, história, problemas e novidades. Confiram!
Em que ano vocês decidiram voltar com a banda?
Voltamos em 2001, mas o Yves Passarell acabou entrando no Capital Inicial e a nossa “volta” teve que ser meio adiada. Em 2004, gravamos as entrevistas para o DVD “20 Years of VIPER – Living for the Night” e decidimos voltar a tocar com o Val Santos na guitarra. Pouco depois, após algumas reuniões para escolher o novo vocal, escolhemos o Ricardo Bocci depois de ouvir uma demo dele cantando “Prelude to Oblivion”. Daí voltamos pra valer.
Mesmo com a saída de André Matos o Viper fez sucesso mundial com o álbum Evolution. Por que a banda não continuou com a mesma proposta?
Porque nunca gostamos de fazer o mesmo disco duas vezes. Você pode ver que todos os discos do VIPER são diferentes, cada um seguindo uma direção, mas todos com o estilo do VIPER. Até o disco em português, que foi mal visto pelos fãs, foi um disco necessário para o que a gente queria na época. Hoje vemos que foi um erro, embora o disco seja muito bom para o estilo rock brasileiro.
A saída de Yves Passarel para o Capital Inicial foi fundamental no termino da banda?
O Yves entrou no Capital em 2001, e estávamos parados desde 1997, com a falência da gravadora Castle Brasil. Uma coisa não teve nada a ver com a outra, sempre apoiamos o Yves na decisão dele.
Ficamos sabendo que André Matos foi um dos principais incentivadores para o retorno do Viper, isso é verdade?
Acho que sim, porque a nossa reaproximação com o André, em termos de amizade, baladas, etc, acabou unindo um pouco as duas bandas, VIPER e Shaaman. Eles também nos convidaram para abrir alguns shows, então nossa relação está muito boa. Uma turnê VIPER e Shaaman seria maravilhosa tanto para a gente quanto para os fãs, tenho certeza. O André é um grande amigo, além de ser um grande vocal.
Hoje a banda completa 20 anos de carreira, faça um retrospecto dos melhores e piores momentos do Viper.
Melhores momentos: gravação do disco “Theatre of Fate”, primeira viagem para o exterior, para a gravação do “Evolution”, em 1992, e show do Japão, em 1993. Piores momentos: a saída do André e a falência da gravadora Castle logo depois do lançamento do disco “Tem Pra Todo Mundo”.
O DVD Living for the night, esta sendo lançado agora, fale sobre o primeiro registro em vídeo da banda.
É um DVD definitivo para os fãs da história do VIPER. Tem entrevistas com todos os músicos que já passaram pela banda (com exceção do Cassio Audi, que não quis dar entrevista), vários clipes e um trecho do show de Tokyo em 1993, que virou o disco ‘Maniacs Live in Japan’. É legal para quem gosta da banda, mas também para quem quer ver uma história de amigos que se juntaram para tocar, fazer boa música.
Ainda falando do passado, como foi à separação do Viper com o empresário Antonio Pirani (Rock Brigade e Angra). O Brasil todo sabe que não foi nada saudável, portanto, anos depois parece que o relacionamento profissional da banda com os antigos empresários tem melhorado, visto que a revista Rock Brigade faz entrevistas e cobre os principais shows da banda?
Na época, o VIPER e o Pirani se separaram porque era melhor para as duas partes. Ele ainda não tinha tanta experiência como empresário, e nós queríamos trabalhar com outras pessoas. Mas isso faz tempo, hoje as coisas estão na boa. Nos conhecemos há muitos anos. Temos até um sentimento de amizade que nunca será esquecido. Ele nos deu nossa primeira chance de gravar um disco, de ir para o exterior. Teve um período meio complicado, mas agora está tudo na boa.
André Matos (ex-Viper, Angra) hoje membro do Shaaman parece não gostar muito do rotulo que vocês ajudaram a divulgar no Brasil (heavy metal melódico) o que o Viper pretende agregar a este estilo com a sua volta aos palcos?
Acho esse rótulo péssimo. Até parece que a gente precisa de mais subdivisões dentro do metal… E heavy metal melódico nos coloca na mesma prateleira de um monte de banda de nerds que tocam bem. Fazer o quê? Nossa influência sempre foi Iron Maiden, Metallica, temos nosso próprio estilo, mais focado nas composições e não tanto na técnica.
Fale sobre os novos membros da banda?
Val Santos não é novo, ele é até mais velho que a gente… Brincadeira, é que o Val já tocou bateria na época que o Cassio saiu, e agora toca guitarra. É nosso irmão, nos conhecemos há muito tempo e ele é muito bom na guitarra. O Ricardo Bocci entrou há pouco tempo, mas também já está super integrado. Ele tem um estilo parecido com o do André, o que facilita para cantar as músicas dele ao vivo.
E o novo disco, quando sai? É verdade que ele será a continuação do clássico “Thater of Fate”?
Diz a lenda que sim. Será um “Theatre of Fate 2”, mas ainda estamos na fase de composição. Já estamos tocando algumas músicas novas ao vivo, e faremos isso também em Salvador.
E o show em Salvador no próximo dia 10 de setembro, como será? Haverá surpresas?
Surpresa é surpresa.
Obrigado pela entrevista.
Obrigado a vocês, e um grande abraço a todo mundo de Salvador. Esperamos ver vocês no show e estão todos convidados para tomar uma cerveja no final.
Serviço:
Viper no Recife (2 dias)
Sexta (02/09/2005) 22h
Local: Casa do Frevo (Rua do Apolo – Recife Antigo)
Preço: R$ 15 (antecipado), R$ 20 (na hora) ou R$ 30 (camarote) – Info: 3223.8567
Viper (SP) e Terra Prima
Sábado (03/09/2005) 22h
Local: Casa do Frevo (Rua do Apolo – Recife Antigo)
Preço: R$ 15 (antecipado), R$ 20 (na hora) ou R$ 30 (camarote) – Info: 3223.8567
Viper (SP) e Caravellus
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