Volver e Gram no Armazém 14

Por Sofia Egito em 15 de março de 2006

VOLVER E GRAM NO ARMAZÉM 14
data: 12/02/2005 (Sábado) – local: Armazém 14 (Recife Antigo)
com Volver e Gram (SP)
Resenha por Sofia Egito – Fotos por Bruno Arrais

Dois shows ótimos (daqueles que dá orgulho dizer que presenciou, sabe?)
em 12/02/2005 por Sofia Egito

A noite era agradável e prometia. O movimento era um pouco menor do que o esperado para uma noite com Volver e Gram, pois outra grande festa estava acontecendo. Melhor assim: sem sufocos, a platéia se constituía de fãs das duas bandas, que estavam ali porque realmente queriam presenciar os shows.

Eram 23:30 quando os rapazes do Volver subiram ao palco acompanhados de Gleisson Jones (Rádio de Outono) – que assumiu a bateria da banda temporariamente. Subiram cantando uma música – tipo sertaneja – que rola na internet (“eu vou te deletar, te excluir do meu orkut / eu vou te bloquear no ‘êmi-ésse-êniÂ’/ não me mande mais scraps, nem e-mail PowerPoint / me exclua também e adicione ele”), uma tiração de onda, pra esquentar os ânimos. Calculei entre 200 e 300 pessoas, nas primeiras músicas do Volver.

Cantando Alguém, Charminho e Canção Perdida junto com Bruno Souto, o público dançava e aplaudia bastante. Lucy e Não Trate Ele Assim empolgaram a banda e a presença de palco era ótima. A Muito A Sério fez o público gritar a letra e virou um jazz interessantíssimo, onde Diógenes Baptisttella fez um solo de guitarra lindo. Na balada Máquina do Tempo, o público espontaneamente bateu palmas, acompanhando a banda. Ficou bonito. Com Sabor de Choque Elétrico e Não Ria de Mim foram aplaudidas.

Mas quando Bruno Souto chamou Bárbara Jones (Rádio de Outono) ao palco, o pessoal se agitou de verdade. Bárbara e Bruno dividiram as estrofes de Sabe-Tudo e ficou ótimo! Você Que Pediu também mexeu com a platéia. Na comunidade da banda, um cover de Renato e Seus Blue Caps tinha sido requisitado e Feche Os Olhos aconteceu para alegria geral da nação. Fecharam a noite com “Mr. Bola de Cristal” que é animadíssima. À 00:20 o show havia terminado. Durante o show, notei uma coisa esquisita: apesar de o som parecer ok, eu conseguia ouvir todos que falavam comigo… Num show de rock?! Minha mãe não acreditaria…

O Gram abriu o show com Sonho Bom, à uma da manhã. Aproximadamente 500 pessoas estavam presentes e empolgadas. O vocalista Sérgio Filho ora tocava um teclado, ora uma guitarra, ora um violão, ora só cantava, interpretando com uma paixão notável. Sua performance dava tempero a cada uma das músicas que a banda executava: Seu Troféu, Moonshine (cujo backing vocal ficou a cargo da platéia), Quase Ilusão, Faça Alguma Coisa, a nova O Rei do Sol, Reinvento (por um momento, ele parecia que ia chorar) e outras.

Quando a banda começou a tocar sua versão de We Can Work It Out, dos Beatles, a platéia se arrepiou! Sem dar trela pra marasmos, grudaram Come Together e fizeram todos ganhar a noite, gritando o refrão. Entre melancolia e peso, o Gram honrou os fãs recifenses com músicas recém compostas (uma até sem nome!) e uma atuação de respeito. O grand finale: “Você Pode Ir Na Janela”. Foi a hora de se descabelar e, ao final, ler os lábios de Sérgio dizendo “puta que pariu, muito obrigado”. Que mais um fã pode querer? Eu – que nem fã sou – tive vontade de chorar.

Uma hora de show do Gram e mais de 500 pessoas satisfeitas. Dois shows ótimos (daqueles que dá orgulho dizer que presenciou, sabe?), cheios de emoções, como os bons shows devem ser.

Clique na imagem abaixo para abrir a PopUp com as fotos do show Volver e Gram no Armazém 14:

Links:
» Volver no RecifeRock
» Site do Gram

——–

%d blogueiros gostam disto: