![]() DIA D HARDCORE 3 data: 12/05/2006 (Sexta) – local: Clube Líbano com Rufio (EUA), Iupi, Darvin (RJ), Retórica e M.Q.I. Resenha por Bruno Negaum – Fotos por Bruno Negaum |
em 12/05/2006 por Bruno Negaum
Rufio no Recife? É verdade? era o que os fãs de punk rock se perguntaram durante semanas até ver nas ruas os lambe-lambes com a confirmação do show da banda californiana na cidade. A verdade é que Recife, que está fora da rota dos shows internacionais (leira-se Rio, São Paulo e Porto Alegre), não tem muitas oportunidades de ver shows de bandas gringas. Pra ter uma noção disso, as únicas bandas que passaram aqui foram Fonzie (Portugal), Terrorgroupe (Alemanha), e as californianas Lagwagon e The Offspring. Então, valia uma pena dar uma conferida no show dos caras!
Chegamos ao Clube Líbano por volta das 22 horas, e o show do M.Q.I. estava na metade. Pelo pouco que vi do show, deu pra notar que o clima estava morno pra caramba. Pouquíssimas pessoas estavam na frente do palco, prestando atenção na banda vencedora das Seletivas Dia D Hardcore 3. E o pior é que não era culpa da banda; porque eles fizeram um show competente, todo baseado no cd deles, Herói De Si Mesmo, o público estava se guardando pros outros shows…
Logo depois da M.Q.I., a Retórica subiu no palco. Pra quem nunca ouviu falar nessa banda, ela é um projeto formado por das extintas bandas Democratas, Bizouro Verde e Vulgarz; a galera que, junto a outras bandas, fez crescer a cena de hardcore melódico aqui em Recife. O show deles foi ótimo pra quem pogou e deu mosh, mas tecnicamente foi bem questionável. A grande mudança na banda chegou com os riffs e voz de Pablo e as linhas de baixo de Dghjiball. O destaque foi Vulgarz, música que tem o estilo pelo qual a banda deveria caminhar, pois foi a melhor música do show; mas o baterista perdia muito o tempo e atrapalhou todo o resto da banda várias vezes. Outro momento legal do show foi quando eles tocaram Corazon de Oro, do Rancid, mas não fugiu dessas duas músicas. Pra mim, foi o show pra comprar uma água, e achar um lugar legal pra sentar e se preparar para os próximos.
Esta foi a segunda vez que os cariocas do Darvin vieram tocar em Recife e, novamente, levaram um uma galera boa pra ver o show deles! Como disse Marco Antonio Barbosa, da Revista Laboratório Pop, a Darvin faz parte do grupo apelidado de Riocore, que são as bandas cariocas que fazem um punk rock influenciado por bandas como Blink 182 e têm um visual meio praiero: bermudinha e boné pra trás, bem moleque mesmo! O show deles foi bem rápido, e agitou bastante o público, que estava todo apertado no salão do clube, graças ao toró que caiu na área externa. Os destaques do show foram Até o Amanhecer e Apague a Luz, que teve a participação de Amarelo, vocalista da Iupi, e foram acompanhadas em coro do público.
Depois do Darvin, rolou uma demora porque o pessoal do Rufio ainda não tinha chegado ao local. A espera passou dos 20 minutos, mas finalmente a Iupi subiu ao palco tocando Linoleum, do NOFX, pra surpresa de todos. Mas, tirando essa cover; Raone, o novo baterista deles, e a música nova, Outra Vez, o show de Iupi foi o mesmo do Abril Pro Rock, e do Escuna Bar, em dezembro do ano passado… É verdade que eles tinham o público na mão e fizeram o melhor e mais agitado show da noite, sem contar com o Rufio, mas tá ficando muito repetitivo!
Dez ou quinze minutos depois do show da Iupi, o Rufio subiu ao palco, passou o som rapidinho e cumprimentou todo mundo. Só que pro Rufio entrar no palco foi a maior confusão. Seis seguranças ficaram na frente do palco, rolou um grande empurra-empurra, menina chorando, o produtor dos caras xingando todo mundo, os gringos com uma cara de quem não estava gostando de estar ali; mas, enfim, deu tudo certo e eles puderam começar a apresentação com Out of Control. Dava pra ver a felicidade no rosto das pessoas que estavam pulando e cantando na frente do palco. Alguns olhavam pra Scott Sellers, vocalista e guitarrista do grupo, como se o cara fosse um deus, pareciam não acreditar que a banda tava na frente deles tocando seus sucessos. O show foi baseado no cd mais recente deles, The Comfort Of Home, lançado no ano passado; mas também teve espaço para seus maiores sucessos e, é claro, Above Me, que foi o ápice da apresentação. Infelizmente, foi tudo muito curto, só durou cinqüenta minutos, e estava rolando um clima estranho no ar, como se os caras não estivessem afim de tocar; mas eles foram inesquecíveis. Quando vamos ter outro show desses na cidade? Não sei, mas espero que seja o mais rápido possível!
Nota do Editor: Infelizmente troquei os nomes de algumas músicas graças a minha falta de atenção! Acho que foi o cansaço do show, e olha que eu nem entrei na roda de pogo! Só pra corrigir, eles não tocaram “She Cries” e “Don´t Hate Me”, e o show não começou com “Interlude”.
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Links:
» Iupi no RecifeRock
» M.Q.I. no RecifeRock
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