Eliminatórias Microfonia 2006 (Primeiro Dia)

Por Hugo Montarroyos em 29 de setembro de 2006

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ELIMINATÓRIAS MICROFONIA 2006 (Primeiro Dia)
data: 28/09/2006 (Quinta) – local: Downtown
com Astar, Black Flowers, The Dead Superstars, Sonetech, Monomotores e Sweet Fanny Adams
Resenha por Hugo Montarroyos – Fotos por Guilherme Moura

Equilíbrio marca primeiro dia de eliminatória
em 28/09/2006 por Hugo Montarroyos

Equilíbrio marca primeiro dia de eliminatória

Por Hugo Montarroyos

Quem quiser que diga o contrário, mas o Microfonia é a melhor idéia surgida em anos no meio musical pernambucano. Além de dar espaço e revelar novos nomes, o festival incentiva a cena (na falta de outra palavra vai essa mesmo) local, com média de 300 inscritos por edição. É também bem organizado e oferece boas condições de som para as bandas se apresentarem. O resultado não poderia ser outro: o nível das bandas selecionadas subiu muito em relação à primeira edição do evento.

O local pareceu apropriado também. Embora pequeno, o Downtown é aconchegante e acolhedor, lota com facilidade e dispõe de um bom som. Único senão: o palco é muito pequeno.

Primeira banda a se apresentar na noite, a Astar não deu bola por tocar com casa ainda vazia e fez um belo show. Grupo que adiciona ousadia ao já ousado Pato Fu, a Astar teve como destaque a vocalista Juliana Orange, que encarnou uma Madonna morena em “Like a Prayer”. Banda segura, madura (apesar de nova) e forte candidata à final.

O Black Flowers deu mais sorte e tocou com casa já cheia. Quarteto que faz o típico hard rock californiano, possuí o mérito de trafegar no estilo sem derrapar na farofa. Mas estavam visivelmente nervosos. Se o repertório autoral é interessante, eles não tiveram pudores em destruir (no mau sentido) “Detroit Rock City”, do Kiss. Enfim, boa banda com ótimo potencial, mas dificilmente ficará entre as quatro.

The Dead Superstars

Quem se mostrou em estágio já bem avançado foi o The Dead Superstars. Apesar do susto inicial com uma das guitarras, o grupo desfilou uma sonzeira calcada em Pixies, Jesus and Mary Chain, Joy Division e afins. Um pouco apáticos no palco, compensam tal limitação no som. Deve ir à final.

Único equívoco da noite, o Sonetech se mostrou ainda bem verde, inseguro e até ingênuo. Com uma sonoridade que apela para os clichês já mais do que surrados do new metal, a banda acabou agradando a um público que parecia ser dela. E só. Na hora do cover, deu impressão que iriam tocar algo da Pitty. Preferiram System of a Down. Melhor seria não tocar nada..

Monomotores

O Monomotores mostrou o que é preciso para fazer um rock legítimo. Ou seja, quase nada. Apenas despojamento, despretensão, um pé na jaca e outro nos riffs. Ganchudo, redondo, cheio, a banda fez o melhor show da noite, apostando única e exclusivamente na diversão. Letras simplórias, de elaboração zero, aliado ao que o rock tem de melhor: vagabundagem e sacanagem. Fecharam com “Posso perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde que Eu Tenha Meu Rock n’ Roll”, dos Mutantes. Arrisco a dizer: estão nas finais. Com todos os méritos.

O ótimo Sweet Fanny Adams conheceu o céu e o inferno na mesma noite. Se atrasaram por conta de um acidente de carro envolvendo o baixista e o baterista do grupo. Mas isso não pareceu afetar em nada o emocional deles. Pediram desculpas pelo acidente (!) e despejaram uma distorção pop amparada por Strokes e leve (bem leve) influência do The Cure. Outra forte candidata à final.

E agora? Ainda restam seis bandas e, se tudo continuar no nível em que está, os jurados vão ter uma trabalheira danada. Bom sinal…

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Links:
» Astar no RecifeRock!
» The Dead Superstars no RecifeRock!

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