Goiânia Noise: Bandas do Terceiro dia

Por Guilherme Moura em 25 de novembro de 2007

Goiânia Noise 2007

DIA 25 • DOM


Sepultura (MG)
Tudo começou em 1983. Hoje, quase 25 anos depois, o Sepultura é um dos maiores nomes do gênero no mundo! E nem mesmo as saídas de Max Cavalera (em 1996) e, recentemente, do baterista Igor – substituído por Jean Dolabella – conseguiram afetar isso. A prova é o último disco do grupo, “Dante 21”, um trabalho altamente conceitual e inspirado no poema épico do italiano Dante Alighieri. O resultado é uma brilhante viagem sonora que vai do tratamento pesado e agressivo do Inferno ao instrumental original e mesmo surpreendente do Paraíso, passando pelo uso de elementos orquestrais (trompetes, trompa, piano e cordas) do Purgatório, o que faz do álbum um trabalho ao mesmo tempo coerente com o melhor estilo da banda e uma criação inovadora, com faixas magistrais e diferentes do que ela mostrou até agora. Eleito melhor disco de Metal de 2006 em várias premiações, o álbum mantém a pegada, o peso e a brutalidade do Sepultura. Roots, bloody roots!


Mundo Livre SA (PE)
Mundo Livre S/A dispensa maiores apresentações. Uma das mais lendárias bandas do Brasil,foi precursora do movimento mangue-bit, que prega a universalização/atualização da música pernambucana. Fred 04, vocalista do Mundo Livre S/A, foi o autor do manifesto, juntamente com Renato L. e Chico Science. Como vários albuns clássicos em sua discografia, como “Samba Esquema Noise” e “Por Pouco”, a bada teve seu mais novo cd, “Bebadogroovie”, lançado em 2006 pela Monstro Discos.


Motosierra (URU)
Motosierra se formou no final dos anos 90 em Montevideo e é, hoje, uma banda fundamental no rock pesado sul-americano. Tem influências de Dwarves, Turbonegro, Motörhead, GG Allin e alia acordes punks, vocais berrados, velocidade e hedonismo sônico. Já dividiu discos e palcos no Brasil com Forgotten Boys e está sempre tocando em clubes paulistanos e no sul do País. O Motosierra vem pela primeira vez ao cerrado brasileiro.


The Battles (USA)
Banda de Nova York, é a grande novidade no cenário do rock mundial. Lançou este ano seu primeiro disco e vem atraindo muita curiosidade com seu som complexo e estranho, classificado de math rock, avant rock, ou algo que valha. Battles faz um som torto, dissonante, mas mesmo assim com pegada pop. Em sua formação existem membros de bandas como Helmet e Don Caballero. Em plena tour mundial, com shows super disputados, passando pelos principais festivais de na Europa e nos USA, o Battles aporta no Brasil pela primeira vez em novembro.

Spiritual Carnage (GO)
Na ativa desde 1990 o Spiritual Carnage é o maior nome do metal goiano e um dos maiores do Brasil. Apesar de algumas mudanças na formação, o grupo continua destilando toda a sua fúria e manteve-se intacta em relação ao estilo, praticando um death metal puro e livre de rótulos atuais, sem se deixar levar por influências. A banda já dividiu palco com nomes como Canibal Corpse, Krisium, Torture Squad e Funeractus e aborda na temática de suas letras o instinto humano, sua desgraça e inutilidade de sua luta existencial e espiritual, tentando mostrar uma realidade ofuscada, através dos tempos. A atual formação conta com Hemar Messiah (vocal), Ivan Banana (bateria), Greco (guitarra), Lara Peres (teclado/guitarra). Death Metal cru!


Pata de Elefante (RS)
Influenciada pela sonoridade dos anos 60 e 70 Jimi Hendrix, Cream, Beatles, Bob Dylan, The Who, The Band, Eric Clapton, The Ventures e por compositores de trilhas sonoras para filmes como Henri Mancini e Ênio Morricone, a banda Pata de Elefante é reconhecida no RS e no Brasil pelas canções instrumentais que cativam o público acostumado a ouvir música com vocal. No 13º Goiânia Noise Festival estará lançando o novo Cd “Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha”.


Macaco Bong (MT)
O Macaco Bong nasceu em Cuiabá (MT) no ano de 2004 como um quarteto de rock instrumental. Logo no ano de 2005 a banda se tornou um power trio, permanecendo com a proposta de rock instrumental com conteúdo musical. Apresentam uma mistura de rock com a tradicional música popular brasileira, jazz, fusion e pop. São destaque no atual cenário independente e acumulam shows pelos principais festivais do País. Formado por Bruno Kayapy (guitarra), Ynaiã Benthroldo (batera) e Ney Hugo (baixo), o trio trabalha o lançamento de seu primeiro disco.


Damn Laser Vampires (RS)
Trio pós-punk que mistura elementos tais como polka, psychobilly e new wave. Formado em Porto Alegre em junho de 2005, estreou com o EP “The Devil Is a Preacher” e, em 2006, lançou, com produção de Alexandre Birck (Graforréia Xilarmônica), o álbum independente “Gotham Beggars Syndicate”, relançado em 2007 pela Pisces Records em edição ampliada. A banda integra a trilha sonora do filme “Ainda Orangotangos”, de Gustavo Spolidoro.


Ecos Falsos (SP)
Auto-intutulada “a melhor pós-boy band do Planeta”, a Ecos Falsos é um dos bons nomes da cena paulistana. “Esses profanos, esses agnósticos, esses heréticos são bons pra diabo!”, afirmou Tom Zé logo após participar das gravações do primeiro CD dos Ecos Falsos que acaba de ser lançado pela Monstro Discos. Estranho, torto e com um humor ácido, os Ecos Falsos começaram em 2001, quando alguns amigos se juntaram para fazer um rock rock barulhento, bem-humorado sem ser patético, com letras decentes e refrões inflamáveis. Uma das revelações da cena independente, a banda já tocou nos principais festivais do País e não se cansa de cair na estrada em busca de novos shows e cerveja barata.

The Name (SP)
Formada em Sorocaba e com influência de bandas pós-punk, new wave e power pop dos anos 80, a The Name, além de fazer uma revisão do estilo da época, resgata ainda a vanguarda de bandas como New Order, Depeche Mode, Duran Duran, A-Ha, The Smiths, Joy Division ou The Cure.


Rollin’ Chamas (GO)
O Rollin’ Chamas é um dos grupos mais absurdos da atualidade. Formada por quatro figuras indescritíveis, o grupo não leva nada nem ninguém a sério e costuma fazer de seus shows uma verdadeira curtição, com direito a partidas de videogame, churrasco, frango assado, sorteio de brindes e até um sofazinho para descanso. Rock and roll, loucuras, pose, deboche e muito aluguel.


Black Drawing Chalks (GO)
Representante da novíssima geração de Goiânia, a banda surgiu no final de 2005. O Black Drawing Chalks tem a pretensão de misturar influências diversas como Black Sabbath, Soundgarden, QOTSA, Blind Melon, Kings of Leon, Led Zeppelin, Lynyrd Skynyrd e Velvet Revolver, entre outras. O nome surgiu de uma caixa de carvão pra desenho (em inglês – black drawing chalks), as letras são em inglês, sem nenhuma vontade de deixar alguma mensagem significativa pois a banda prima pela sonoridade e performance.

Perfect Violence (GO)
O Perfect Violence surgiu em setembro de 2005 e é formado por cinco caras que se deram mal com suas bandas passadas. O primeiro trabalho, All Cops Are Bastards, foi lançado em novembro de 2006 e reúne sete músicas que mostram as características e influências da banda: músicas agressivas com velocidade e peso. O nome da banda propõe que a violência perfeita está no poder do som que as músicas possuem. E essas músicas exprimem sentimentos de revolta, raiva, alegria e indignação com tudo que está errado no País em que vivemos.

XII Goiânia Noise Festival

INGRESSOS:
Passporte R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira)
Individual R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira)

CENTRO CULT. OSCAR NIEMEYER
Go-020 – Saída para Bela Vista.
Próximo ao Shopping FLAMBOYANT.

Mais info: www.goianianoisefestival.com.br

3 Comments

  1. marcos
    Posted 25 de novembro de 2007 at 21h42 | Permalink

    alguem sabe como foi o goiania noise deste ano em termos de publico???? la em goiania eh muito bom, mas quem manda mesmo sao os sertanejos!

  2. Posted 26 de novembro de 2007 at 14h36 | Permalink

    Deu uma média de 3 mil pessoas por dia

  3. cretinRocker
    Posted 26 de novembro de 2007 at 18h54 | Permalink

    Eu queria saber quando é q Paulo André vai acordar e trazer o Motosierra aqui pro Abril Pro Rock. Uma das melhores bandas da américa do sul.

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