Banda da novíssima safra mineira, o Porcas Borboletas se apresenta na terça-feira, último dia do Rec-Beat, abrindo para o conterrâneo Pato Fu. Entrevistei por e-mail o vocalista Enzo Banzo, que falou da sonoridade da banda, da parceria com Arnaldo Antunes e da emoção de tocar pela primeira vez no Recife.
O primeiro disco de vocês, “Um Carinho Com os Dentes”, possui 16 faixas, quase todas bem diferentes uma da outra. Como você definiria o som da banda?
O que define o som da banda é justamente essa variedade. Não existe um padrão, um estilo, definido a priori. Não existe, também, a intenção de fazer um som variado. Cada composição pede um tipo de som, e a gente corre atrás dessa integração composição-arranjo-interpretação. Isso gera alguma dificuldade, porque a gente acaba trabalhando mais com protótipos que com tipos. Mas sempre resulta interessante observar o que pintou, como esses protótipos se relacionam.
Como rolou a parceria com Arnaldo Antunes na composição de “Eu”? Vocês já o conheciam?
Pessoalmente, a gente não conhecia o Arnaldo quando pintou a composição. Já o trabalho dele, o publicado, a gente conhece tudo. Desde os tempos dos Titãs, passando pela carreira- solo, os livros, os trabalhos de artes plásticas etc. A letra de “Eu” é um poema que está no livro “As coisas”. A parceria se estabeleceu a partir do livro: a gente musicou o poema. Em 2005 tocamos com ele em Belo Horizonte, foi uma coisa catártica, com mais de sete mil pessoas vibrando juntas. O Arnaldo é um cara em quem a gente está muito ligado, tanto por sua vibe pessoal quanto pela magnitude de seu trabalho.
Vocês são de Uberlândia, do mesmo Estado do Pato Fu. Já tocaram com eles em outra ocasião?
Ainda não, no Rec-Beat vai ser a primeira vez. Mas existe o contato, eles têm nosso disco etc.
O que esperam do show do Rec-Beat? Já tocaram antes no carnaval?
A banda já tocou no Grito Rock, que é um festival que acontece todo ano, em mais de 50 cidades. Tocamos ano retrasado em Cuiabá, e ano passado em Uberlândia. Muito bom tocar no carnaval, prestar o culto sagrado a Baco. O carnaval não é uma coisa que se define pelo estilo musical. Muita coisa cabe no carnaval, sendo ainda carnaval, como o rock, por exemplo. Com o rock, a mesma coisa. Tudo a ver carnaval com rock n’ roll, a festa das carnes, da liberação etc. A expectativa de tocar no Recife é infinita, principalmente em um festival como o Rec-Beat.
Até que ponto a geração mineira do Pato Fu e Virna Lisi influenciou o som de vocês?
Pato Fu sem dúvida influenciou demais o Porcas. Os caras são referência na arte de fazer música pop inteligente e inventiva, que é o que a gente toma como proposta. Ouvimos tudo, fone de ouvido pra não perder nada. A gente estudou o Pato Fu, somos fãs de carteirinha.
Este espaço é reservado para acrescentar qualquer informação que tenha vontade de passar =)
Ótima a entrevista, estamos na contagem regressiva para embarcar pra Recife. Gostaria de informar que a banda está em fase de pré-produção do segundo disco, programado para sair no começo do segundo semestre. E deixar o link para nosso site: www.porcasborboletas.com.br. Grande abraço, até mais tarde.
3 Comments
ótima banda…
fiquei com vergonha de ser mineira …
ja vi esta merda aqui em bh…
como tiveram coragem de subir em um dos cenários musicais mais respeitados do brasil?
ah nem…
mas tambem com skank e jotaquest..vcs esperavam alguma coisa boa?so resto….so produto.
q isso amigo os caras sao bons nao sao ruins de tudo nao eles tem pegada porq essa revolta toda em