Cobertura: Dead Fish no Armazém 14

Por Recife Rock! em 23 de março de 2008

Noite de hardcore no Armazém 14, situado ao lado do Marco Zero, onde Cristo estava sendo ressucitado na ‘Paixão de Cristo do Recife’, quase na mesma hora do show. Com um público renovado, cerca de 1.200 pessoas, entre jovens debutantes em shows da Dead Fish e seguidores da banda desde os primordios.

Perdi os primeiros shows, quando consegui entrar estava rolando a Tribo Suburbana. A banda é do Alto José do Pinho, apesar dos 10 anos, essa foi a primeira vez que vi eles tocando. O som é “Manguebeat” com hardcore, mas sem personalidade. Curiosa foi a participação de Rodrigo, vocalista do Dead Fish, numa versão de Da Lama ao Caos, onde ambos cantores não sabiam toda a letra da música.

Depois deles veio o show da Dillema, outra banda local, que faz um hardcore melódico na linha do Dead Fish. Não consegui entender a maioria das letras, mas a presença de palco e o instrumental não fez feio.

A noite contou também com a participação da Magüerbes, direto de Americana, interior de São Paulo. A banda fez um som pesado com um vocal bem agudo, bem diferente da som do album “Modelo de Prova“. O show empolgou a galera e esquentou para a atração principal da noite, a Dead Fish.

Dead Fish é agora um quarteto, mais cru e direto ao vivo. Philippe segurou bem a onda sozinho na guitarra, principalmente nas músicas antigas da banda. Após mais de uma hora e meia de show, moshes, gritos, muita roda de pogo e 28 músicas de todas as fases da banda.

O inicio do show foi insano com Zero e Um e seguindo por clássicos como Modificar, Linear, Mulheres Negras, Cidadão Padrão, A Cura e Proprietários do Terceiro Mundo, todas acompanhadas em coro pela platéia. Veio então a passagem burocrática e um tanto chata do show, com a execução de Venceremos, música inédita da banda que virá no CD novo ainda esse ano. Do novo cd, foram tocadas 3 músicas, a primeira tem o nome provisório de Fazendo Cocô e a outra: Pegboy. Eu gostei das músicas, esse novo disco parece ser mais cru, com a cara atual da banda ao vivo.

Em Didático, rolou uma briga na platéia, depois de mais uma invasão do palco, coisa que a banda tentou evitar desde o começo do show. Vale destacar também o bom trabalho da equipe da produção tentando evitar que os invasores de palco atrapalhassem o show. A participação de um cara em Iceberg também merece destaque, cantando a música Leão do Norte de Lenine (“Eu sou mameluco, sou de Casa Forte, sou de Pernambuco, sou Leão do Norte”).

A qualidade da banda é inquestionável, eles só evoluiram musicalmente ao longo de todos esses anos. Bem Vindo ao Clube, Afasia e Sonho Médio foram tocadas com perfeição, mas o show só voltou a pegar fogo com Tão Iguais, Escapando, Por paz, Senhor Seu Troco, Queda Livre e Urgência que encaminharam o final do show. Pra fechar Fragmentos de um Conflito iminente, onde rolou a maior roda da noite, e um dos maiores clássicos da banda: Molotov!

Rodrigo e seus companheiros conseguiram fazer um ótimo show e deixar o público cansado, quebrado e com um sorriso no rosto. Tirando o problema com os banheiros, o evento foi bem organizado, o som estava bom, a segurança também. Parabéns aos produtores do evento e bandas participantes.

Por Diego “Insane Tokmonkey Albuquerque, colaborador do RecifeRock!

One Comment

  1. Posted 3 de junho de 2009 at 21h04 | Permalink

    dead fish que me aguarde…

    esse showww vai ser fodda

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