A cobertura dos shows do palco 2 foi feita por Paulo Floro, editor da excelente revista eletrônica “O Grito” www.revistaogrito.com
Chevrolet Hall, por volta das 17h. Com os portões ainda fechados, a banda que acompanha Lobão em seu Acústico MTV passa o som. Correndo contra o tempo, uma vez que o vôo que trazia Lobão e banda atrasou, assim como a liberação de todos os instrumentos de seu show no aeroporto, o cantor carioca tenta ser rápido. Na “platéia”, apenas alguns jornalistas privilegiados em ver tal cena, a maioria deles impressionado com a quantidade e diversidade de violões a serem usados. Largadão, de bermuda e camisa branca, fone de ouvido, Lobão arranha riffs de “A Vida é Doce”, “Essa Noite Não”, “Vou te Levar”. Os portões são abertos enquanto ele ainda está passando o som. O inevitável acontece: o público, que ia entrando aos poucos, se maravilha com a cena. Uma moça loira pede para eu tirar uma foto dela tendo como pano de fundo Lobão ao violão. A cena se repete com outras pessoas. De repente, o lobo sentencia: “estou me dando por satisfeito. Acho que é isso. Estou empolgado”. Aplausos. Jornalistas e público aplaudem um pequeno esboço do que seria o show de nove horas mais tarde. Lobão agradece com a cabeça, e diz a um dos músicos que está bastante entusiasmado com o show.
É um Lobão de fato empolgado que encontro por volta das três da manhã em seu camarim. Solícito, educado e inteligentíssimo, faz questão de atender ao repórter de um site com um gravadorzinho na mão com a mesma atenção que dedicou às duas emissoras de TV que o entrevistaram antes de mim. Satisfeito e feliz com o depoimento gravado (que você confere em breve aqui), desço para ver o show.
Pausa para uma breve volta no tempo. Em sua primeira perna (os dois primeiros dias) a grande atenção do festival, quem diria, acabou se voltando toda para Céu. Boa parte do público de cerca de quatro mil pessoas (tinha pelo menos o dobro de gente do dia anterior) foi ao APR naquela noite apenas para vê-la. E saiu bem satisfeita com o que viu. Mas, tecnicamente falando, quem mais chamou os holofotes para si foi o surpreendente show do Superguidis no palco dois e a inacreditável apresentação da banda neozelandesa The Datsuns, que infelizmente pegou um público já massacrado pela maratona imposta pelas 12 atrações anteriores. E, diga-se de passagem, o Chevrolet Hall não tratou lá com muito respeito o público do festival.
Aos fatos: um espetinho, de frango ou de carne, custava três reais. O mesmo preço era cobrado pela cerveja. O refrigerante era vendido por R$2,50, enquanto que a água tinha o preço desértico de dois reais. Ou seja, a situação não era fácil. Caso o cidadão não tivesse a carteira recheada, corria o sério risco de passar sede ou fome. E muitos passaram. Em evento que durou quase doze horas e que contou com 15 atrações, era impossível não sentir sede ou fome entre um show e outro…No pavilhão do Centro de Convenções, ao menos, as coisas eram mais baratas.
Aos shows:
Palco 2 – por Paulo Floro
Há quem diga – pejorativamente – que o Sweet Fanny Adams tem um som “tipo exportação”. E esta é uma feliz constatação: nenhum elemento de suas músicas remetem a algo feito aqui. Suas referências indie-rock se apresentam desde o visual até os riffs, mostrando uma preocupação estética como dificilmente se vê entre bandas estreantes brasileiras.
O SFA lançou esta semana o novo EP “Fanny You’re No Fun” pelo selo Bazuka Discos e tocaram neste show do Abril todas as faixas do disco. Houve alguns problemas técnicos, mas nada que comprometesse o resultado final. E para quem reclamasse de pouca presença de palco da banda, houve até um convite para garotas subirem no palco em “C’Mon Girls”. No entanto, só uma reinou no palco enquanto filmava os integrantes.
E parecia que neste sábado o palco 2 preenchia a proposta de renovação de bandas e vitrine dos novos nomes da cena independente. O Violins, de Goiania desfilou seu rock em português e conseguiu agradar aos fãs. São as letras o que mais chama atenção na banda. As composições de Beto Cupertino são de uma sofisticação quase inédita no rock independente nacional. O público se esvaziava porque, apesar das guitarras contagiantes, o Violins não são daqueles que conquistam à primeira audição.
A expectativa do show seguinte fez todos se aproximarem do palco antes mesmo de CéU no palco principal terminar de cantar. Era Vitor Araújo e seu piano, desde já a atração mais inusitada na história do Abril Pro Rock. Vitor faz cara de gozo, joga o cabelo e sobra afetação em sua apresentação. É o que está chamando a atenção de todo o país: seu jeito de performer dá nova vida a um instrumento tão hostilizado pela música pop. E ele não se satisfaz apenas com o instrumento, não cabe no formato banquinho-piano.
Após cada música, lá está Vitor falando com o público, tentando ser polêmico (“quem quer ouvir música pernambucana nas rádios?”) e gerando ansiedade para sua própria apresentação (“quem sabe eu toco aquela música do Radiohead?”). De fato, seu show emociona. Mesmo sob um calor desgraçado, num formato que destoava de todo o festival, ninguém arredou o pé. Tudo tão impressioante que descontamos até o falatório. Nada que um consultor de imagem não resolva.
Com dual-disc lançado este mês pela Deck-disc e apresentações pelo país, Vitor, de 18 anos tem tudo para ser fenômeno pop de 2008.
As bandas seguintes, Rockassetes, de Aracaju, e Superguidis, do Rio Grande do Sul fizeram apresentações que poderiam passar despercebidas. Talvez fosse o cansaço da maratona de shows ou outra intempérie, mas o fato é que o rock dos dois parecia feito no piloto automáticos. Tão “normais” que não incita nenhum tipo de reação ou sentimento além da apatia.
O Rockassetes contou com fãs que cantavam todas as músicas na frente do palco. Dava pra perceber as influências de Beatles (nas músicas mais melódicas) e Jovem Guarda. Pela segunda vez no Recife, a banda bem que merece outra oportunidade, mas ali, pareceu “só mais um show”.
Já o Superguidis não empolgou em nenhum momento. O que é algo para ficar surpreso, sobretudo para uma banda eleita revelação em 2006, ano do lançamento de seu disco homônimo. Nenhuma música tocada no show ameaçou ultrapassar o limite do tédio. Sua curta apresentação serviu apenas de intervalo para a atração principal – e essa não era, definitivamente a proposta do palco 2.
Por fim, o trio Pata de Elefante, também gaúcho, conseguiu chamar atenção com seu som instrumental. Baseados no que há de mais básico no rock, soul, blues e psicodelia, a banda causou estranheza no início mas logo impressionou o já cansado público com sua viagem sensorial. Como era a penúltima apresentação do segundo dia (muita gente nem mais assistia ao grupo e fazia plantão em frente ao palco de Lobão), muito das características do grupo não puderam ser percebidas. Vale a pena ouvir o disco “Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha”, para experimentar a sinestesia e texturas do som do Pata de Elefante.
Palco 3 – por Hugo Montarroyos
O pop ainda verde do paraibano Madalena Moog abriu os trabalhos da noite. A banda até demonstra ter potencial, principalmente na parte instrumental. O problema é que seu vocalista estava extremamente nervoso, e desafinou horrores. Sua voz, por vezes, chegava a dar agonia. Mas no geral ficou clara a proposta deles, que foi até bem executada em palco: pop leve e descontraído, com backing vocal e percussão feminina, dando um certo charme ao conjunto. Só precisa amadurecer mais.
Quem acabou comprometendo foi o Erro de Transmissão. Ao contrário do ótimo show que fizeram na última edição do Pátio de São Pedro, desta vez eles acabaram destoando do resto da programação. Fizeram uma apresentação bem fraca mesmo, talvez pelo nervosismo de chegarem tão cedo a um dos principais palcos do País. A palavra “verde” aqui se aplica com muito mais justiça ao Erro de Transmissão do que ao Madalena Moog. Nada que tempo e ensaio (e maturidade e maior vivência de mundo) não resolvam. Mas ontem ficou evidente que eles estavam muito aquém de todo o restante da programação.
O ótimo e escrachado Barbiebill, de Natal, nem deu bola para os problemas de som que enfrentaram no palco 3. Destilaram inteligência, ironia e safadeza debaixo de camadas de batidas eletrônicas e algumas jóias como “Raspadinha”. Ainda “lamentaram profundamente” a aposentadoria artística de Gretchen, rebolaram, esbanjaram presença de palco e fizeram o mais difícil de tudo: soaram espontâneos. A impressão que passa é que eles são do mesmo jeito fora do palco. Belo show que divertiu bastante.
Palco 1 – por Hugo Montarroyos
Os acordes de ”Mundo Moderno” ecoaram pelo Chevrolet Hall e indicaram que estava para acontecer um dos melhores shows da noite. Com o capeta no corpo, Gabriel destilou todos os seus riffs poderosos, ditou as coreografias e mandou pauladas como “Nada a Ver”, “Paciência” e “Você Sabe”. Foi a primeira apresentação da noite que colocou boa parte do público para dançar. Mas o grande destaque – e surpresa – foi a inclusão do clássico “1,2,3,4”, da antiga banda de Gabriel, Litlle Quail and The Mad Birds, em releitura bem Autoramas. Terminaram o show agradecendo ao setor de “Achados e Perdidos” do Aeroporto Internacional dos Guararapes”, que recuperou um monte de pedais de guitarra que ele julgava ter sido extraviado (leia entrevista com Gabriel a seguir).
Wander Wildner fez um dos shows mais inusitados de sua carreira. Primeiro preferiu dar ênfase ao repertório do novo “La Cancion Inesperada”. Depois acabou tocando “Mantra das Possibilidades”, num pequeno aquecimento do que viria: versões vertidas para o frevo, com a ajuda de músicos da Orquestra Contemporânea de Olinda, de “Eu Não Consigo Ser Alegre o Tempo Inteiro” e “Eu Tenho Uma Camiseta Escrita Eu Te Amo”, em que Wander trocou o “verso” “eu tô de porre” para “eu tô porreta”. E o Abril pro Rock caiu no frevo pelas mãos do gaúcho inventor do Punk Brega. Genial!
Num país onde alguém do quilate de Ivete Sangalo é alçada a condição de rainha da dita MPB, CéU só poderia ser considerada a coisa mais sofisticada da face da Terra. Mas não é. É apenas um produto superestimado consumido por uma classe média iletrada que se guia pela “Veja” e pelo “Fantástico” e “Domingão do Faustão”. Até alcança alguns bons resultados quando tenta dialogar com a obra do genial Fela Kuti. Mas a forçada de barra para parecer cool e descolada chega a ser insuportável. Virou a nova queridinha dos jovens alternativos, a cantora que as menininhas de 16 anos acham legal dizer que gostam. Porém, Fernanda Takai, com toda a sua simplicidade e apelo zero consegue ser trocentas mil vezes melhor e mais competente que CéU, que não é melhor nem pior do que qualquer outra nova cantora da MPB. É apenas mais uma, embora o público do Abril pro Rock, extremamente receptivo ao seu show, discorde.
O doidaço Júpiter Maçã demorou a sintonizar bem seu show, que também foi muito bem recebido pelo público. Se por vezes rendia bons momentos como em “Síndrome do Pânico”, tratava logo de levar tudo ao infinito da chatice com a insuportavelmente longa e enfadonha “As Mesmas Coisas”. Depois a coisa engrenou, e ele chamou algumas garotas e uns carinhas para dançarem com ele no palco, e terminou em clima de apoteose com a genial “Um Lugar do Caralho”, tocada aqui pela primeira vez no próprio Abril pro Rock, em 1998, quando Júpiter ainda era um cara tímido, de cabelo curto e óculos que lhe rendiam um visual nerd. Quem diria que a música se transformaria num clássico…
Assustador mesmo foi o show do fenomenal The Datsuns, que fazem um rockão setentão com o pé fundo no acelerador. Impressionante a facilidade com que os caras conseguem incendiar tudo. Tocam com uma naturalidade inversamente proporcional a sonzeira que produzem. “Who Are You”, “Sittin Pretty”, “Girls Best Friend” e “Human Error” foram o bastante para perceber que eles não pegavam leve. Um músico ao meu lado não resistiu e comentou: “não adianta, é o tipo de som que só gringo sabe fazer”. Vai ver que é mesmo. Infelizmente o público já estava bem cansado àquela altura do campeonato, e pouca gente conseguiu curtir o show de pé.
Lobão nos brindou com algumas surpresas em seu show. Entrando em cena já lá pelas três da matina, tratou de acrescentar coisas antigas e fora do repertório do acústico oficial, como “Robô, Robô” e “Ronaldo Foi Pra Guerra”. Acompanhado de uma banda impecável, comoveu metade do público (a outra metade, já exausta, não agüentou a espera e foi pra casa) com baladas como “Por Tudo que For” e “Chorando Pelo Campo”. Do ótimo e desprezado disco “A Noite”, lançado em 1998, tirou do bolso a sagaz “Samba da Caixa-Preta”. Encantou com “A Queda” e na soturna “A Vida é Doce”, tocou “Rádio Blá” e “Corações Psicodélicos”. Saiu do palco e voltou para o bis, formado por “Vou te Levar” e “Revanche”. E saiu, definitivamente de cena e apressado, dizendo no backstage que já era quatro e vinte da manhã e correndo com mala em punho para o aeroporto.
O único vacilo de seu show (e muito feio) foi o cover de “Gitã”, de Raul Seixas. Logo Lobão, que tanto criticou tanta gente por tanto tempo por viver fazendo releituras das obras alheias, algo que ele classificava “sutilmente” como “gozar com o pau dos outros”, para depois, ele próprio acabar “gozando com o pau de Raulzito”. Desnecessário e contraditório, para dizer o mínimo. No fim das contas, Lobão virou prisioneiro de seu próprio discurso. Vai ser difícil agora se libertar dele.
23 Comments
Hugo, no Brasil convivemos diariamente com Lula e Pelé, dois grandes falastrões, donos de bocas maiores do que o juízo divino. Qual o problema, então, em Lobão tocar um coverzinho de Raúl?
Deixa o cara gozar com o pau dos outros um pouco. Quem liga pra o que ele diz (ou disse)? O show foi legal e o cover foi muito bem executado. A galera gostou e o cara tava curtindo “o baile”…
O Paulo Floro não deve ter visto o show dos Superguidis … Só pode… http://www.youtube.com/watch?v=u6HiBoIbd88
Estranha mesmo resenha do Paulo Floro, pois outro jornalista, introduzindo a matéria, diz coisa bem diferente sobre o shows. Eu vi e gostei.
…”Mas, tecnicamente falando, quem mais chamou os holofotes para si foi o surpreendente show do Superguidis no palco dois e a inacreditável apresentação da banda neozelandesa The Datsuns, que infelizmente pegou um público já massacrado pela maratona imposta pelas 12 atrações anteriores”.
Olhar o salão central (que mais parece um grande banheiro de cerâmicas brancas) do Chevrolet Hall e ver pequenos grupos a espera da próxima atração é um visão que merecia uma foto. Tá na cara que o APR vive hoje de fama de que de mérito. Um festival dito independente tem que expor a vanguarda da música e expandir o acesso a TODOS. Reclamo pq paguei caro para entrar, quase morro de calor, paguei mais caro ainda para beber, ví uma amplificação amadora do som e ainda ví o dinheiro público investido em um evento para RICOS.
Marcos, não sei direito o porque desta desavença com o RecifeRock!, mas seria bacana você avaliar que por aqui o pessoal alimenta o site com material próprio, e não sai copiando e colando conteúdo de terceiros. A propósito, aqueles meus textos que você pegou da Folha Digital foram mandados direto do Chevrolet Hall, mas não conseguimos cobrir a noite inteira porque rolou um problema com a internet. Portanto, se você quiser uma matéria mais completa do primeiro dia, pega meu texto de amanhã na Folha de Pernambuco e copia no Pernambuco Beat novamente.
Concordo com o Hélio, “O Paulo Floro não deve ter visto o show dos Superguidis … Só pode…”
Marcos,
Por favor, pare de fazer spam nos comentários.
Vi poucos shows. Achei Autoramas e Superguidis fodasticos.
Wander Wildner foi a surpresa com os frevos ;)
Gostei qualidade do som. Tava bem melhor que o Pavilhão. O som dos shows da AMP e The Sinks tava fooooda.
Fiz uns clipes de alguns (poucos) shows. Vou tentar mandar no youtube mais tarde.
o som realmente estava muito bom…de primeira…
The Datsuns foi a única que valeu o ingresso. um som impressionante, embora tenha achado muito parecido com os hellacopters, mas como vai ser dificil ver um show dos hella por aqui, valeu muito ter visto o show dos caras…
quanto ao erro de transmissão…ainda bem que abriram os olhos, mesmo sendo tarde! nada contra a banda mas, pow, são uns guris ainda velho, não deivia ter feito isso com eles. ao invés de ajudar acabaram complicando a vida dos meninos e meninas, vai ser díficl contornar,,,foi lamentável!(uma boa voz e uma gatinha no vocal não salvam uma banda) escrevi isso quando endeusaram a banda no pátio do rock, que o show tb não foi essas coisas todas!
que fique o exemplo para quem está começando…!
Lobão não é refém do discurso, é exilado.
Sr. Rick, acho que você tem ciumes do erro de transmição eles foram bem pra uma grande festival do porte abril pro rock, só nso resta maturidade e incentivo ao grupo, e colocar em evidencias outras banda da cena local como Allbedos.
TO vendo que fiz escola…
Lobao pode tocar o cover que quiser assim como outros artistas. Isto nao tira o merito nem coloca em xeque o que realmente importa: A obra do artista.
Dize que Lobão é inteligentissimo é chover no molhado.
Falemos bem entao dos amigos de cerveja…
Esse Paulo Floro é um fanfarrao…
Parece Mula sem Cabeça que so aparece numa epoca do ano…
Depois eu falo mais…
O festival deve repensar o formato… o sábado foi muito cansativo. Um show como The Datsuns merecia mais público. Outro ponto… uma maior divulgação das atrações! Faltou conhecimento do grande público sobre as principais atrações! O material publicitário deixou a desejar! Bem…outro ponto…25 reais não valeu?? Realmente o povo está acostumado com show de graça! Quando Wander Wildner toca em Olinda neguinho paga 12 conto!! Vai entender!!
viva as diferenças!!
3 reais o espetinho foi foda!!
essa banda da nova zelandia foi muito fodástica!
que venha o próximo pra galera meter o pau denovo e assim vamos!!
até que o abril vire um festival de música, com bandas tipo biquine cavadão detonautas cidade negra e etc…
que venha o próximo pra galera meter o pau denovo em quem mete o pau no Festival e assim vamos!!
até que o abril vire um festival de música, com bandas tipo Eddie, Devotos, Ortinho, Silvério e etc…
Eu acho o espaço bom, tem estrutura bem legal, os preços la dentro são bem salgados, mas fazer o que?! Acho que os preços seriam os mesmos em qualquer outro espaço da cidade.
os shows foram bons, tirando a Céu!
Sou operador de áudio e esta foi minha sexta ou sétima participação no festival como operador do monitor do palco 2. Rock nunca foi meu forte, pois minhas preferências musicais são outras, mas isso não quer dizer que não ache legal determinados shows, mesmo não sendo um consumidor do estilo. Não agüentei ver o que um dos críticos do site descreveu de um dos shows no palco onde eu estava fazendo o monitor de todas as bandas do festival, exceto Project 666 que levou o seu operador. Refiro-me ao show da banda Superguidis. Tenho a mesma visão do pessoal que falou: “O Paulo Floro não deve ter visto o show dos Superguidis … Só pode…”
Tenho um Blog aonde faço comentários (independentes de estilos) sobre os shows e eventos em que trabalho. Atualmente opero o som de Silvério Pessoa.
O endereço do meu Blog é: http://www.titioeosbastidoresdeumshow.blogspot.com
Inclusive meu último post foi exatamente sobre o APR 2008.
Um abraço.
São por essas e outras que jornalistas perdem a credibilidade né…….
me sinto lisonjeado no meio de tantos chatos como eu!
Estranho, os moderadores do RecifeRock apagaram até os comentarios sobre os chatos de pernambuco, apesar de ser um assunto que não me interessa, mais não havia necessidade de apaga-los, já que o site alega ser democratico.
Bem, vamos ao que interessa, gostei muito da maioria dos shows da segunda noite do abril pro rock, principalmente as bandas Sweet Fanny Adams(hoje uma das melhores bandas do estado), Autoramas, vitor araujo e pata de elefante(grande revelação do festival). Bem, essa é uma opinião pessoal, então acho uma bobagem criticar as opiniões alheias, até porque, diferente da maioria, não gostei do show da Datsuns, bem com achei ruim as apresentações da barbekill, violins e Wander Wildner, contudo, concordo com a opinião do jornalista sobre o swow morno da superguids e a falta de maturidade da erro de transmissão. Quanto a Lobão, o show acustico foi mais do mesmo, inclusive os gritos dele destoam do som, por isso achei melhor o de 2000(apesar de arnaldo batista ter participado naquele dia), e para piorar uma versão de gitã que na ocasião lembrei de uma apresentação no Bem Brasil numa determinada cidade da região norte, quando alguem pediu para tocar raul e lobão disse “que isso seria gozar no pau dos autros”, diferente do que alguns falaram, eu acho que por ele ser musico renomado não precisaria dessa contradição. Enfim, o que salvou no show de lobão foram a qualidade de alguns musicos e algumas canções que sempre serão classicos(infelismente tocadas de forma acustica).
Por fim, achei o som e local melhor que o Pavilhão e o preço dos ingressos foi o mesmo do ano passado, sendo que agora tocaram mais bandas por dia(excetuando o terceiro dia), todavia, o preço dos produtos poderia ser negociado por paulo andre junto com a casa e os patrocinadores, ele tem condiçoes de fazer isso, para no proximo ano ser algo mais acessivel, se houver interesse dele.
realmente , umas das melhores coisas que tinha visto aqui no site,foi a eleição dos chatos de PE…não sei porque apagaram…a dispusta estava acirrada, e vivemos numa democracia…não só a cúpula do recife rock tem o direito de dizer quem é chato…nós louconautas tb temos…
vcs são uns chatos!!!