Nação Zumbi No Porão Do Rock 2003

Por Recife Rock! em 27 de julho de 2003



em 27/07/2003 por RecifeRock.com.br

Foto por Washington Ribeiro (PORÃO WEB)

As bandas de Recife/Olinda não param, e o Recife Rock vai junto, sempre correndo com as nossa bandas não importa onde sejam os shows. Hoje trazemos um resumo do que aconteceu nos shows de ETNIA e NAÇÃO ZUMBI no Porão do Rock 2003. Graças a parceiras com os site Alucináticos, Cult22 e Porão Web. VALEU!

Nos dias 5 e 6 de julho, no estacionamento do Estádio Mané Garrincha em Brasília rolou o PORÃO DO ROCK 2003, que pode ser considerado o maior festival de Rock do Brasil, mais de 70 mil pessoas pagaram pra assistir 33 bandas mais os DJs da Tenda Eletrônica.

Sem mais blá blá blá…

ENTREVISTAS:

CULT 22 – http://www.cult22.com

por Érica Abe e equipe do www.suaturma.com

Nação Zumbi – Entrevista com Jorge du Peixe (vocal) e Lucio Maia (guitarra)

Os discos de vocês estão saindo no exterior também. Como vocês vêm isso?

Jorge – A trama se tornou uma multinacional, desde o ano passado que ela está trabalhando nisso, abriu um escritório em Londres e já está conseguindo fazer sociedade com o pessoal da França, Portugal e de um bocado de países ainda. Eu acho que o interesse da gente em ir para a Trama também foi isso. A gente via que era muito forte esse trabalho que eles queriam fazer fora do Brasil com os artistas daqui. Eu acho que só foi trabalhado assim na década de 60 e talvez. Hoje em dia, o mercado é completamente informal. São pessoas que vem para cá comprar um disco e vendem lá fora.

Lucio – No mercado internacional, se você não fala inglês, é automaticamente taxado de World Music. Isso ainda existe. Mas é natural. Se você escreveu algo em inglês, por que não fazer uso daquilo?

Como está a cena musical de Recife?

Jorge – O Recife continua distante das lentes da mídia, mas a máquina continua ligada. Tem o Bom Sucesso Samba Clube, bem recebido pela crítica, e o Mundo Livre S/A, agora independente. Tudo muito variado e continua forte. Muita coisa anda acontecendo lá.

Algo a ver, ainda, com o manguebeat?

Jorge – O manguebeat continua utópico, porque não existe um movimento em si. O que foi feito ali foi um manifesto. Na época do Da Lama ao Caos, a gente passou a ser visto e pensado como um movimento. Mas podemos falar mais do que continua latente que é a cena do Recife. A cena manguebeat pode ser.

Lucio – Todos os estados do Brasil têm foco de bandas que tem esse interesse e querem sair do lugar. Que é a síntese de quando a gente começou a falar do movimento maguebeat. Não tinha uma atitude. Não tinha um formato definido. Não tinha um comportamento, a não ser da atitude de você querer fazer alguma coisa por você mesmo. No Brasil todo, existem esses focos. E Brasília já tem essa tradição bem antiga, do rock dos anos 80, veio banda pra caralho daqui. As bandas que estão vivas até hoje dessa época eu acho que são daqui. E Porto Alegre também. Porto Alegre nunca teve uma chance muito grande. Acho que nem Recife, nem Manaus. Talvez a Bahia tenha conseguido, mas não foi do jeito que as pessoas de lá querem. Se você for lá falar com essa galera que não é desse mercado do axé, você vê que a galera não é feliz. As bandas de lá não têm espaço. Eu acho que o Brasil inteiro passa por uma dificuldade enorme, relacionada com a questão social do Brasil. Quando você está sem grana, a primeira coisa que você faz é cortar o entretenimento, é cortar a balada. E isso deixa o mercado oscilando. É difícil. Hora fica melhor, hora fica pior. Mas estamos aí, todo mundo trabalhando e correndo atrás.

fonte: http://www.cult22.com/index.php?command=content&content[id]=141

O SHOW:

ALUCINATICOS – http://www.alucinaticos.com.br

NAÇÃO ZUMBI

Por Pedro Brandt

A Nação Zumbi faz parecer fácil a tarefa de fechar com graça o primeiro dia do Porão do Rock 2003. Diferente de outra banda que tocou nesse Porão e também perdeu o vocalista, a Nação Zumbi não perdeu seu rumo. A banda saiu da sombra de Chico Science e lançou dois ótimos discos que mostram que criatividade e talento é o que não falta na banda. É incrível a naturalidade com que eles misturam ritmos e estilos sem que isso soe forçado.

No palco, o peso dos tambores de maracatu se inseria sem problemas nas camadas psicodélicas geradas pela guitarra de Lúcio Maia. Outra coisa interessante é que os vocais não estão centralizados só na pessoa de Jorge du Peixe, contando também com Pupilo e Bola 8 assumindo o microfone em algumas músicas.

O set list misturou um pouquinho de cada disco da banda, obviamente dando mais atenção ao mais recente, “Nação Zumbi”, mas sem esquecer também dos antigos hits, que era o que a maioria das pessoas que esperou até aquela hora da madrugada queria ouvir. E nesse quesito a Nação foi generosa, tocando desde “Macô” (o senhor Ministro da Cultura bem que poderia aparecer para dar uma palhinha nessa aí!), “Da lama ao caos” até “Quando a maré encher” e a música do novo clipe “Blunt of Judah”.

Canções do substimado álbum “Rádio Samba” também deram o ar da graça, como um presente aos verdadeiros fãs da banda. A Nação Zumbi fez uma senhora apresentação e parece que agradou em cheio ao público, que pediu bis e foi agraciado com mais algumas canções. Terminava o primeiro dia do Porão do Rock 2003. Cansou, mas valeu a pena…

fonte: http://www.alucinaticos.com.br/poraodorock2003/nacaozumbi.jsp

PORÃO WEB – http://www.poraoweb.com.br

Nação Zumbi – Serviço Ambulante da Afrociberdelia

Luciano Branco

Já passavam das 3h da manhã e estava fazendo um frio de rachar, rufam os tambores e a Nação Zumbi entra em ação. O Manguebeat expandiu cabe quase todos estilos nessa nação e eles dão um verdadeiro passeio musical no palco. Por falar em palco a cada apresentação eles parecem estar mais a vontade. Grandes Hits alguns até em levadas diferentes das versões originais e musicas da nova safra compuseram o Set List da banda. Se o show fosse mais cedo tanto a Nação Zumbi quanto à platéia teriam agitado mais não que eles não tenham feito isso quem assistiu o final da apresentação com “Da lama ao Caos” não me deixa mentir (e isso porque já passavam das 4h da manhã). A organização do Festival Porão do Rock terá com certeza que rever a questão dos horários para as apresentações dos próximos anos. Foi uma pena um show tão importante para a estória do festival começar tão tarde e encontrar um público tão cansado, mas a Nação fez a sua parte quebrando tudo!

fonte: http://www.poraoweb.com.br/temp/texto_ultimas.php?ID=16

Fotos por Rodrigo Dalcin (ALUCINATICOS):

Links:
» Site Oficial Porao do Rock
» Nação Zumbi no RecifeRock

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