Faixa a Faixa: Zôikitá – “Only We Can”

Por Recife Rock! em 28 de março de 2004

Zôikitá - Only We Can (2004) - Independente

Faixa a Faixa
em 28/03/2004 por Matheus e Cadu (Zôikitá)

Faixa a Faixa: Zôikitá – Only We Can (2004) – Independente

Por Matheus e Cadu (Zôikitá)

01 – Only we Can

Não é a toa que decidimos abrir nosso trabalho de estreia com essa música. Ela marca uma nova fase na banda, onde optamos por trabalhar mais nossas músicas e nos aprofundarmos mais em nosso estilo. Por isso, esta faixa além de abrir, entitula nossa demo.

A letra é forte e fala sobre a inercia das pessoas em resolver as coisas ao seu redor. A melodia eh bem variada, começando com muito peso, passando por partes rápidas, e ainda tem espaço para uma frase típica do blues. Only we Can é um marco na história do Zôikitá.

02 – Illusion

Esta música tem muito haver com a anterior, acho até que por isso que decidimos coloca-las em sequencia. Além de estas serem as únicas músicas em inglês, elas marcam a mesma idéia de transformação da banda, apesar de terem sido feitas em epocas completamente diferentes.

Illusion traz a opnião de Mathias sobre a existência ou não de um Deus, e para isso traz em sua melodia muitas quebras de tempo dissonâncias e efeitos de samplers (Cantos gregorianos no início, e sinos no final), em fim achamos que na gravação conseguimos transmitir a nossa idéia, um som agressivo e sem meias palavras.

03 – O Governo

É uma das músicas mais antigas da banda (na verdade a terceira), a letra ainda é bem primária, mais demos uma roupagem nova a esta música, assim, acreditamos que conseguimos um efeito interessante. Ela funciona muito bem em shows pois não tem pudor nenhuma para demonstrar a sua agressividade e seu inconforminsmo primário, porém verdadeiro em sua letra.

A faixa não foi gravada como ela realmente é ao vivo, na parte em que há um solo, na versão original, tem guitarra e baixo ao fundo junto com a bateria. Já na demo isso não ocorre, a guitarra solo é apenas acompanhada pela bateria que foi

levemente distorcida, e o melhor isso ocorreu por acaso por sugestão do Betão (Márcio – Estudio Boca 48), que ao ouvir achou legal e nos deu a sugestão que foi aceita de imediato. Achamos que com isso podiamos diferenciar ainda mais o som da demo com o dos nossos shows.

04 – Nordestino do Nordeste

É uma música muito simples, com poucos acordes e muita velocidade. Acho que pra resumir essa música a palavra instigação se encaixa perfeitamente. A letra de Pedro Augusto, trás a tona a sua revolta em relação ao preconceito dos sulinos em relação a nossa terra (Que diga-se de passagem é muito rica culturalmente. Não é em qualquer lugar que nascem gênios como Chico Science e Luiz Gonzaga). A música também, aborda temas como a riqueza cultural de nossa terra e a migração dos que cá estão a outros estados com esperança de uma melhoria de vida.

05 – Fim dos Dias

Em tom de protesto a música fala sobre as retaliações americanas aos atentados de 11 de setembro. Das músicas gravadas na demo esta é a mais rescente e trás em seu contexto muitas variações ritmicas sem fugir da idéia central do Zôikitá, unir peso e velocidade em favor de um som que traga prazer a todos os seus integrantes.

Cadu (vocalista da Zôikitá)

Links:
» Zôikitá no RecifeRock

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