Faixa a Faixa: Suvaca Diprata – “Corega Check”

Por Recife Rock! em 18 de junho de 2004

Suvaca diPrata - Corega Check (2004) - Fábrica Discos

Faixa a Faixa
em 18/06/2004 por Igor Gazatti (Suvaca diPrata)

Faixa a Faixa: Suvaca diPrata – Corega Check (2004) – Fábrica Discos

Por Igor Gazatti (vocalista da Suvaca diPrata)

01 – Dia D

Foi a primeira música que fizemos para o disco. A letra é bem antiga. Era um samba originalmente, dá pra perceber na linha da voz. São dois riffs simples e eficazes. O segundo tem a maior cara de Chili Peppers fase Blood Sugar Sex Magic. Em breve tem clip dela rolando por aí.

02 – A Nave

Meio samba, meio funk. A escaleta no início dá um toque sacana no sambinha. As guitarras fazem a mesma linha com timbres completamente diferentes. Bom de ouvir no fone de ouvido, uma de cada lado. Rodrigo colaborou com uma parte da letra. Trata de relações de compra e venda na periferia e dos riscos que envolvem essas negociações.

03 – Da Parada Ao Terminal

A levada principal é um funk daqueles em que cada um encontra seu espaço. Uma das minhas preferidas. Nossa primeira incursão dub. Rola inclusive uma homenagem ao Horace Andy. Os delays foram comedidos. No próximo disco é possível que rolem mais dubs. Todo mundo tá ouvindo bastante coisa jamaicana.

04 – A Banda Do Maestro Miranda

Apesar de ter várias passagens, acho que todas elas se encaixam perfeitamente. É a música com mais guitarras no disco. Lembro de escutar esses riffs no carro de Gilberto indo para um ensaio e ficar pirando neles. Coelho tinha organizado um monte de grooves no Reason 2.0 em casa e distribuído o CD pra banda. A música nem existia de fato e eu já achava muito legal.

05 – Atenção Todos Os Carros

A letra fala do caos no trânsito das grandes cidades. A música foi quase toda composta numa pré-produção que fizemos na casa dos avós de Joaquim e João na Praia do Paiva. É uma das minhas preferidas. Com certeza a mais pesada do disco.

06 – De Peito Aberto

Um manual de boas maneiras da Suvaca diPrata. Lucas dos Prazeres gravou as percurssões latinas na salsa. O teclado da introdução parece retirado de um videogame. Giba presta sua homenagem ao Bob Moog no final. Gosto bastante da linha da voz.

07 – Rainha Teresa

Letra e música de Coelho. É uma história verídica de uma rainha africana trazida como escrava para o Nordeste brasileiro. Não fiquei muito satisfeito com minha interpretação em algumas partes. Mas disco registra o momento. Destaque para o solo de piano de Fernando a la Rubén Gonzales.

08 – Felicidade

César Michiles tava chegando pra gravar no Fábrica numa sessão após a nossa. Chamamos ele pra gravar uma flauta. Quando escutou a levada do início lembro que ele estigou na hora. Foi um take só. Incrível. É uma das mais experimentais do disco. Tem pouca letra e muito barulho. Bom assim.

09 – 12 Polegadas

Um funkão com cara de final dos 70″ que chama todo mundo pra ouvir raridades do samba em vinil. Acabou tocando bastante na rádio. É a mais conhecida da gente. Sempre pedem pra tocar nos shows. A galera canta junto. Bom de ver isso de cima do palco.

10 – Samba de Nylon com Tutâno

Eram duas músicas separadas: Samba de Nylon e Tutâno. Fizemos uma ponte pra tocar as duas emendadas ao vivo e acabamos gravando assim mesmo. A primeira levada de bateria é um afrobeat. Eu canto uma linha de samba por cima. A segunda é um funkão com tempo esquisito. Um dos melhores riffs do disco.

11 – Na Verdade

Fernando tinha composto a linha do piano e todo mundo queria colocar isso no disco. Finalizamos a música já nas sessões de gravação. João tinha escrito a letra. Eu achava muito boa, mas não tinha conseguido encaixar em melodia alguma. Juntamos os dois. Com o discurso falado. Ficou com um jeitão de épico. Depois dela o disco tinha que acabar mesmo.

Suvaca diPrata - foto de divulgação

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