
em 12/08/2005 por Bruno Negaum
Conheça um pouco mais sobre as bandas que estarão tocando sábado na segunda noite do No Ar: Coquetel Molotov. Olha aí:
SALA CINE UFPE:
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17h –EMBUÁS
O nome é perfeito para a banda. Embuá, para quem não sabe ou não se lembra, é aquela minhoca que quando a gente toca nela, ela se enrola e vira uma bola, para se defender. E é assim que os caras tocam, como se fossem embuás.
Imagine 7 caras, cada um com vários instrumentos (duas guitarras, um baixo, uma flauta, um trompete, um violino, um sampler, uma bateria que também tem panelas e botijão de gás, além de molas e metais usados para tirar sons das guitarras). O esquema é de improvisação, tipo amigos tomando cerveja, fumando um cigarro e tirando um som. E embuás tocando são assim: ora a gente percebe uma harmonia entre os instrumentos, como se os embuás caminhassem no mesmo sentido, ora um caos generalizado, ou uma harmonia pela metade na maioria das vezes, quando um ou mais embuás se voltam para si, se enrolando no seu próprio instrumento (“enrolando” aqui, não no sentido pejorativo de confusão, mas no de subjetividade, de envolvimento com o som que cada um tira).
Sendo agora mais direto, os embuás são garotos gabaritados de bandas como Profiterolis, Mombojó, Granola, Ahlev de Bossa e outros, portanto, o resultado dessa mistureba dificilmente seria ruim.
Integrantes: n/d
Site: n/d
MP3: Embuás (5.58 mb)
Último Show no Recife: Fechou Pro Rock – 07 de abril de 2005
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18h –M. TAKARA (São Paulo/SP)
Maurício Takara, nativo de São Paulo, é um desses jovens prodígios que apesar da pouca idade, consegue criar uma arte com bastante ressonância. Com apenas 23 anos, o “pequeno”, como os amigos o chamam, toca percussão, guitarra, baixo, teclado, vibrafone, computador. Na verdade, toca qualquer instrumento que estiver na sua frente. Ele começou a tocar bateria com apenas oito anos. Aos 14, já era um dos músicos mais requisitados de São Paulo.
Hoje, ele é mais conhecido como o baterista do Hurtmold, com o qual já lançou quatro discos. Mas Takara também faz parte do coletivo de hip-hop Instituto, que também já tomou conta das baquetas de Otto. Ele é também um dos donos do estúdio El Rocha, que vem lançando uma porção de artistas, e logo os mais criativos de São Paulo. Mas é sob o pseudônimo de M. Takara ele consegue se expressar com mais emoção.
Recentemente, a Slag Records lançou o segundo álbum do multi-instrumentista, intitulado “M. Takara com Chankas e Jon”. É um disco com tons e texturas que vão do eletrônico abstrato ao rock minimalista. Além de já ter um novo disco quase pronto para o final do ano, Maurício estará com Hurtmold e Artificial (projeto do músico Kassin) no maior festival de multimídia espanhol, o Sónar, em Barcelona.
Integrantes: Maurício Takara
Site: 3 ETs Records Site Oficial
MP3: Track 04 (2.99 mb)
Último Show no Recife: Este é o primeiro show em Recife
19h –RE: COMBO
O Re:combo é mais que um grupo pop: é um ensaio teórico sobre autoria e propriedade intelectual no século XXI feito para dançar. Criado no Recife, o Re:combo tem como objetivo produzir música criativa, democrática e livre das amarras do conceito criminoso e antipático de propriedade intelectual. O coletivo é formado por músicos, artistas plásticos, engenheiros de software, DJs, professores e acadêmicos, que trabalha em projetos de arte digital e música de uma forma descentralizada e colaborativa.
Os conceitos do projeto são a Recombinação aliada à estrutura funcional e estética dos Combos de Jazz, e a intertextualidade: O modo re:combo de convidar para se dialogar não é unilateral. Se faz a chamada e se disponibiliza a ser chamado; invadido em seus territórios de amarras bem frouxas. Feita essa opção, por natureza e comportamento, o coletivo re:combo revela em seu fundamento filosófico a essência do Dialogismo Cultural.
O Re:combo abre o conteúdo de suas músicas (seus loops e samples) bem como sua propria identidade para a criação de música criativa, dançante e transgressiva. Cenário ideal do futuro: uma série de recombos tocando e fazendo shows em cada cidade do mundo, compartilhando samples e loops com o único objetivo de fazer e tocar música.
Integrantes: n/d
Site: Re:Combo Site Oficial
MP3: Pombagira Cigana (0.00 mb)
Último Show no Recife: Porto Musical 01 de fevereiro de 2005
TEATRO DA UFPE:
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20h –MELLOTRONS
Há oito anos, surgia em Recife esta banda nas garagens e quintais de seus amigos e parentes, que tinha como proposta inicial tocar rock. de lá para cá, poucas coisas mudaram na formação da banda, mas a sua evolução sonora tem sido sentida. Velvet Underground, Sonic Youth, Interpol, My Bloody Valentine e Clube da Esquina são algumas das referências marcantes no som do Mellotrons, embora seus integrantes ouçam e sejam influenciados por vários outros estilos de música. O repertório é baseado em composições próprias, as mais antigas cantadas em inglês e as mais recentes, em português.
Nos últimos meses, o Mellotrons tocou em vários eventos importantes, como o Festival de Verão do Recife; o Especial de Fim de Ano da TV Jornal e nas duas edições do festival do Coquetel Molotov Independente: no Barramundo Social Clube e na Rua da Moeda. O grupo, que é um dos mais queridos pelo público roqueiro da cidade também se apresentou ao vivo no programa Cidade de Andada, que era transmitido ao vivo pela extinta Rádio Cidade e ficou em segundo lugar no festival Microfonia, que contou com 387 bandas de todo o estado.
O Mellotrons terminou de gravar seu primeiro disco no estúdio Mr. Mouse, de forma independente, mas ainda sem previsão de lançamento. seu primeiro EP, Horizon, saiu em 2004 pelo selo Solaris Discos, de Natal – RN, tendo sido lançado em split com a banda potiguar The Automatics. Este mesmo EP foi indicado pelos leitores do site Recife Rock para os prêmios de Melhor EP do Ano (Horizon) e de Melhor Música do Ano (Evening) em 2004.
Integrantes: Haymone Neto (Voz/Guitarra), Ênio (Guitarra/Voz), Marcos (Baixo) e Augusto (Bateria)
Site: Mellotrons Site Oficial
MP3: Hear – Listen (6.12 mb)
Último Show no Recife: Mellotrons no Lado B 5 de agosto de 2005
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21h –LULINA
Com apenas 26 anos, a recifense Luciana Lins, a Lulina, já tem sete discos caseiros gravados, mais de cem músicas compostas, já participou de festivais conceituados como o Res Fest Brasil, tem uma entrevista publicada na revista inglesa Plan B e lota qualquer casa noturna em São Paulo facilmente. Além de todos esses fatos, ela está prestes a assinar um contrato de três anos com a YBrasil para lançar dois discos, um DVD, um livro infantil e um site. “Bolhas na Pleura” é o nome do seu disco mais recente, lançado no início de junho.
E tudo isso sem nunca ter tido uma aula de violão. O que não é surpresa, já que a garota prodígio montou a sua primeira banda com oito anos de idade, com instrumentos que ela mesma construiu. Mas Lulina só passou a compor aos 15, quando pegou num violão pela primeira vez e nunca mais desgrudou.
Lulina tem uma criatividade sem igual, com músicas que, apesar da simplicidade, não desgrudam da cabeça. Ela faz um “folk geográfico com arranjos futuro do pretérito”, como dizem os Causadores, a banda que acompanha Lulina em São Paulo, onde ela mora no momento. Em Recife, sua primeira banda de apoio foi chamada de “Pnins” e foi com ela que Lulina se apresentou em 2004 na primeira edição do festival Coquetel Molotov Independente, no Barramundo Social Club, conquistando a simpatia e o carinho do público de sua terra natal.
Integrantes: Lulina
Site: Lulina no Trama Virtual
MP3: n/d
Último Show no Recife: Coquetel Molotov Independente 18 de setembro de 2004
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22h –BERGS SAN NIPPLE (França)
Lori Sean “BERG” e Shane “SANS NIPPLE” Aspegren cresceram até a metade dos seus vinte anos separadamente, um em Paris (França) e o outro em Lincoln (Nebraska, EUA). Mas como o destino tem o seu próprio caminho, a jornada de SAN NIPPLE pelo indie rock (Lullaby For The Working Class, Songs:Ohia, Bright Eyes, TV City) finalmente levou-o para o mundo antigo e para uma cidade antiga, Paris. Foi aí onde BERG começou a trilhar seu próprio caminho musical e acompanhar várias outras bandas (Purr, Don Nino). Então como todos nós amamos um final feliz, os gêmeos misteriosos finalmente se reuniram.
Reconectados pela bagunça dos teclados (de Wyrlitzer a Casio), trompas e sinos, melodias e temas de quebrar o coração, samples e loops extraterestes, a dupla explora uma região que poucos ousam se aventurar na música chamada de eletrônica. Como reforço para toda essa viagem sonora, eles possuem um segundo corpo que é a alma da banda: um kit de bateria datado de 1922.
Em 2002, eles lançaram um EP trilha sonora chamado “Music for the short film Marie-Madeleine”, dirigido por Shane Aspegren. E em seu primeiro álbum completo “Form of…” (Gumspot/Prohibited Records – 2003), o dueto explora outras regiões, desenvolvendo princípios de composições raras. Alguns músicos como integrantes do Bright Eyes, Do Make Say Think, Bows/Long Fine Killie e Azure Ray foram convidados a colaborar com a dupla e embarcar nesta aventura.
Integrantes: Loris Sean e Shane Aspegren
Site: Bergs San Nipples Site OFicial
MP3: A Free (6.87 mb)
Último Show no Recife: Esse é o primeiro show da banda no Recife.
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23h –THE KILLS (Inglaterra/EUA)
Contemporâneo de bandas que emergiram na virada deste século, o The Kills, assim como Yeah Yeah Yeahs e The Raveonettes, consegue aliar aquele rock básico, cru, com uma batida nova, eletrônica e vibrante. Munidos de apenas uma guitarra e uma bateria eletrônica, a dupla Jamie Lince (Hotel) e Alison Mosshart (VV) vem trazer esse novo rock para encerrar o festival no Ar Coquetel Molotov 2005.
Após uma intensa troca de fitas e material musical, que lhe motivou a querer entrar nesse projeto, VV sai de sua calma cidade de Nova York e atravessa o Atlântico para encontrar Hotel e sua guitarra em Londres, onde formaram oficialmente em 2001 a dupla The Kills. Digamos que este encontro teria o mesmo impacto de uma parceria de PJ Harvey com Jack White. A voz sexy no melhor estilo electro-garage-punk de VV encontrou nos riffs de Hotel e nas bases eletrônicas programadas o melhor caminho para a dupla destilar suas letras que falam de amor, relacionamento, ciúme e temas relacionados.
O primeiro disco do The Kills “Keep on Your Mean Side” saiu em 2003 pela Rough Trade, recebendo grandes elogios da imprensa internacional. Neste ano, a Trama prepara o lançamento nacional de “No Wow”, que já chega na cola do lançamento mundial, que igualmente a seu antecessor, já coleciona ótimas resenhas e cada vez mais fãs.
Integrantes: Jamie Lince (Guitarra/Voz) e Alison Mosshart (Voz).
Site: The Kills Site Oficial
MP3: The Kills (7.50 mb)
Último Show no Recife: Esse é o primeiro show da banda no Recife.
fonte: Coquetel Molotov (http://www.coquetelmolotov.com.br)
Links:
» Mombojó no RecifeRock!
» Rádio de Outono no RecifeRock!
» 3 Ets Records no RecifeRock!
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