Ok, vamos em ritmo de blog, primando pela primeira pessoa e adotando um estilo mais desencanado de escrever. E é nele que faço o primeiro apelo: bandas, não deixem a oportunidade passar! A nata da cadeia produtiva da música mundial está circulando entre o Porto Musical e A Feira Música Brasil. Produtores, jornalistas, pesquisadores, músicos e o escambau estão por lá. É a hora perfeita para você dar uma caprichada no material da sua banda e distribuir com todo mundo.
Dentre os que recolhi no primeiro dia, destaco dois: o SMD (Semi Metal Disc) da banda Irreversível, do Rio de Janeiro, que possui uma bela arte preta, com encarte bacana e bem informativo. O SMD é uma nova tecnologia de reprodução musical que barateia em até 80% o preço de comercialização do CD. Além disso, dificulta a prática da pirataria. Maiores informações sobre smd você encontra no site www.portalsmd.com.br
Outro que caprichou foi o grupo pernambucano Rivotrill, bem profissional, com mídia bem acabada e bem resolvida, onde é possível encontrar release, fotos e mp3.
Esses “detalhes” podem parecer bobagem, mas (e digo isso como alguém que recebe muito CD) faz a maior diferença do mundo receber um material caprichado e bem feito. Demonstra profissionalismo e cuidado e apuro com o seu trabalho. Ou seja, capriche no seu material de divulgação e vá à luta.
Infelizmente só tive oportunidade de participar de uma palestra, mas ela foi bastante produtiva. Em mesa formado por Israel do Vale (Rede Minas), Paulo André Pires(Abril pro Rock) e Fabrício Nobre (Monstro Discos), os debatedores falaram sobre as perspectivas do mercado independente no Brasil e no exterior, dos meios de produção e distribuição da música alternativa e do processo de venda de músicas na internet como um meio de selar um acordo mais justo entre produores de música e consumidores.
Mas o melhor ficou para o final. O jornalista Israel do Vale forneceu duas informações preciosas, uma triste, e outra muito boa. A triste: segundo fontes de Israel, a Trama não consegue chegar em 2008 funcionando. A boa: os dias da axé-music, como a conhecemos, e sua lamentável e descartável indústria, estão chegando ao fim. Ou seja, Salvador vai voltar a ser um lugar legal no carnaval, com destaques para blocos afros, afoxé e etc.
Agora, a coisa que mais me emocionou no dia foi passar pela feira de música e ver um jovem pedir, de forma mais do que respeitosa, para tirar uma foto ao lado de Nelson Sargento. Quis fazer o mesmo, mas morri de vergonha. Tenho até sábado para perdê-la :)
Os shows? Estou indo para lá agora. Amanhã conto!