“Público tem. O que falta é produtor”. A frase, extraída dos comentários do Recife Rock, é do amigo Bruno Negaum. Ele se refere à confusão causada por mais um cancelamento de show no Recife. Bem, que há uma carência de produtores de eventos no Recife, não se discute. Impliquei mesmo foi com a primeira afirmação, o tal do “público tem”. Breve viagem no tempo:
Novembro de 1994, Circo Maluco Beleza. Primeiro (ou um dos) show do Mestre Ambrósio, com apresentações de Cavalo do Cão, Bambas do Hemetério, O Verbo e outros tantos que não lembro agora. O públixo presente era tão minguado, mas tão minguado e setorizado, que quando um dos vocalistas resolveu dizer no microfone “quem for do movimento mangue pode subir no palco”, não sobrou ninguém na platéia.
Setembro de 1996, Clube Português do Recife. A verdade é que pouca gente viu a última apresentação de Chico Science no Recife (ainda tenho guardado o canhoto do ingresso). O clube estava mais vazio do que cheio. A curiosidade foi que, na abertura do show, com “Mateus Enter“, mais de dez pessoas invadiram o palco. Chico pediu para que se retirassem e o show prosseguiu, maravilhoso e com escassez de público.
Setembro de 2004, Ancoradouro. O festival PE no Rock resolveu prestar uma homenagem aos 20 anos de carreira do Mundo Livre. Menos de quatrocentas pessoas assistiram.
Final de 2006. O Matanza toca no Recife para menos de cem pessoas.
Abril de 2007, Pavilhão do Centro de Convenções. Na última edição do Abril pro Rock, estavam vazios os shows do Quarto das Cinzas, Ronei Jorge, Dance of Days, Udora, Carbona. Não vou nem mencionar o domingo, pois é covardia.
Há quatro anos Guilherme tenta me convencer de que existe um público e um movimento emo no Recife. Pois eu nunca vi ou soube de um show de emo aqui com mais de duzentas pessoas. Aliás, um show que chega a tal marcar pode se considerar vitorioso por essas plagas. Essa cidade tem mais artista do que público. Fico profundamente constrangido em alguns shows de bandas daqui. Parece que elas são órfãs: não têm família, amigos, cachorro, nada. O público das bandas é constituído por outras bandas. O que acontece? Divulgam mal? Organizam mal? Sinceramente, não sei. Sei que é muito fácil ficar apontando erros e reclamando, mas é um fato: não existe público de rock no Recife. A exceção talvez seja o metal, que realmente conta com uma audiência fiel. A banda pode ser do noroeste da Sumatra, e ainda assim o público comparece. E em peso (com o perdão do trocadilho).
Ano passado, o show da Iupi no Abril pro Rock serviu, pelo menos para mim, como termômetro. Esperava-se muito mais gente do que deu. Ora, se o público emo não vai desfrutar da segurança de um domingo à noite do APR para ver sua banda favorita, vai para show quando? Acho que o público de emo até existe, mas prefere ficar em casa, no msn.
Há tempos, Bruno Souto, vocalista da Volver, disse: “Recife não é uma cidade roqueira”. Vou mais além, Bruno. Para mim, Recife não gosta de música. Se não for Chico Buarque e Los Hermanos, não tem vez. E aí? Vamos passar o resto da vida nos orgulhando de ser underground, alternativo e independente? Na boa, estou para ver um show underground/alternativo/independente com mais de 200 pessoas. Nunca quis tanto estar errado. E, ao mesmo tempo, nunca estive tão certo de que estou certo.
48 Comments
E digo mais, show de Metal pra termos mais de 300 pessoas tem que ser do Angra ou Dominus Praelli e olhe lá, porque tivemos o Killing the Carnival com o Malefactor e não teve nem 200 pagantes, portanto, até nos shows de metal o público está escasso!!!
Po, Hugo. Eu discordo totalmente! =) Já fui para shows no Dokas lotado (não arriscar lembrar quanta gente cabia ali, mas eram mais de 500 com certeza, com base no show do Dead Fish e Noção de Nada, que teve 700 pagantes)
Eu sou mais para o lado da opinião de Bruno Negaum. Temos público, mas a informação não está circulando. Quem, além dos amigos das bandas que tocaram, ficaram sabendo desse show que foi cancelado? Essa divulgação paralela em fotologs é bacana, mas não é eficiente.
Você citou Los Hermanos e Chico Buarque (não vou entrar no mérito da discussão, mas acho que gostar desses dois é gostar sim de música), esses shows deram público porque são artistas que tem circulação. Suas músicas estão na rádio, na tv. Quando tocaram a divulgação estava na televisão, rádio, tv, outdoors, etc.
O underground tem essa característica. Está fora dessa onda principal (main / stream) de divulgação. Com sorte chega nos jornais, que eu e você sabemos melhor que muitos que o público underground (e mais quase ninguêm) lê.
O metal é o melhor exemplo. Porque tem publico? Porque tem circulação! Onde? Quase todas as lojas de disco do centro são pontos de encontro forte desse público. Passe um dia na blackout! São mais de 200 pessoas que circulam lá numa tarde de terça-feira. E é só uma loja! =)
A maioria dos eventos tem um descuido de divulgação muito grave. Fazem panfleto em xerox ilegivel, quase apagado, não se programam para criar uma forma de contato com seu público, etc. Se o cara vai pro seu show, pega o email dele porque certamente ele vai tá no próximo! Hoje estamos mais individualizados, sem se preocupar numa lógica de socialização dos shows.
Lógica de socialização? Sim, aqueles 10 caras do movimento mangue que subiram no palco foram para aquele show porque era a oportunidade de se encontrar e festejar. Aqui, quase ninguém vai para um show encontrar amigos com o pretexto de que não gostam da banda e que depois se falam no msn.
Vai por mim, eu nunca estive tão certo que você está tão errado! =)
Vamos separar as coisas. Estive no Abril pro rock pra ver shows de rock/Metal ou música boa de verdade(Nação Zumbi/Mutantes). Na hora das FAMIGERADAS BANDAS DA EMODA , eu e mais umas duas mil pessoas fomos fazer algo mais interessante(ao banheiro, comprar mais cervejas, comer coxinhas etc.) Cara , só concordo no caso que voce falou do show da Nação em 96. Trabalha ao lado do clube Português, tava na maior dureza e não resolvi fazer um pendura(pedir dinheiro) pra ir pro show pensando( daqui a uns meses eles tocam de novo ) Me fodi, Chico Morreu. Por isso, não meço esforço hoje pra ver show de banda que VALHA A PENA.(e das bandas que gosto , não compro pirataria. Viva Nação!!!
Bruno, usei Chico e Los Hermanos como exemplos de shows que lotam. Eu gosto da música de ambos, e muito. O que quis dizer foi: “se não for que tenha muita mídia, não dá gente”.
Que bom que vc acha que estou errado. Espero que apareçam mais opiniões nesse sentido :)
“Final de 2008 o Matanza toca no Recife pra menos decem pessoas”
Caralho! O cara virou vidente.
Hugo, as dezenas da megasena, por favor.
hauahuahauhauahuahauahuaa
Valeu, José Henrique!
Corrigido: final de 2006 :)
estamos na era da comunicação e niguem sabe onde foi parar o nosso entendimento??? pequenas tribos,numa guerra grande .
ATENÇÃO: Gian Henrique é na verdade André Intruso, vocalista da banda Intrusos. (Guilherme Moura – RecifeRock!)
Acho que a falta de bandas realmente interessantes fazem com que os show nao tenham publico.
Matanza,Volver, Iupie realmente nao tem nada que valha a pena.Eles nao tem personalidade.
Eu estou realmente com vontade de ver uma banda que suba no palco e passe uma emoçao verdadeira.
SO lembrando que eu falei emoçao e nao emocore !
Eu descubro shows ótimos pelo msn, nada contra! Apareço, mas prefiro me manter na minha, na incógnita, Recife tem público pra todos tipos de músicas, tem espaços pra tocar, mas, tem fatores que prejudicam, como a violência a troco de nada, vc pode ir pra um show no recife Antigo e n voltar pra casa, além do que se vc vai de carro tem que pagar 6 reais pra deixar o carro no Paço. Tudo isso, o público desanima, mas acho, que pela primeira vez, vi Hugo, errar num prognóstico da cena, eu faço sempre propaganda pra as bandas, é legal, eu divulgo!Mesmo sem ser assessora de banda nenhuma, e acho que as vezes trabalhos de assessoria pra as bandas, é um saco, pq inviabiliza a chegada do público com a banda, mimam demais as bandas, e acabam se achando donos das bandas. A cena, seja qual for ,aqui na hellcife, tem público e música pra todos os tipos sim, o que precisa é mais agilidadde na hora de divulgar as bandas, e as bandas pararem de brigar tanto uma com as outras, fundir público e bandas, em eventos conjuntos.
*Hugo errar num prognóstico da cena.
Corrigindo, o que eu havia dito. Sorry!!!
Eu acho que o que realmente acontece é que o publico de recife é um tanto quanto fuleiro. Conheço muita gente que gosta da banda mas prefere pegar o dinheiro do ingresso e tomar de cerveja, ou que simplemente se nega a pagar 10 ou 15 reais pra ver show de uma banda undergrund.
Mas mesmo assim ainda existem alguns shows que tem um publico bom, como foi citado o dead fish ai em cima, como o de mukeka di rato,
Gente… eu não estou em Recife, mas faço questão de perguntar uma coisa: como é que vocês reclamam tanto, mesmo sabendo que no dia 1 de maio de 2007(feriadão!!) tem show de Móveis Coloniais de Acaju na cidade?
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cara o show de matanza não rolou um publico legal pq foi mal divulgado e foi muito em cima q anunciaram pelo q eu percebi aproveitaram o domingo q eles não iam tocar em nenhum canto ai botaram a banda pra tocar,quase ninguem tava sabendo e se eu naum me engano foi final de mes ou algo assim!!
Sobre a questão do publico o povo q realmente curtia rock,metal,punk e hc infelizmente,e não entendo o porque mas isso começou a acontecer depois q o dokas fechou, está quase no fim por isso q se ve shows tão vazios pq a maioria eh da nova geração prefere só escutar bandas famosas e não conhecer o underground,odeio quando o povo xega e fala q naum vai pra o show pq naum conhece a banda,pow vey se naum conhece vai la assiste e conhece!!Quantas bandas eu nunk escutei um cd mas ja vi ao vivo varias vezes e achei foda!!Outra coisa q me deixa xateado eh o povo q fala só vou pra show quando eh da minha banda,pow velho como o cara ker apoio se num da nenhum?!!aff
Parte 1 – Produtores, “existem” a maioria deles só querem faturar em cima do dinheiro público, não investem um real na cidade, em Natal, João Pessoa e Fortaleza existem não só como esses, mas o Produtores autênticos e nossa cidade não tem uma casa destinada aos independentes, quem quiser que alugue.
Parte 2 – Qual dessas bandas Mestre Ambrósio, Cavalo do Cão, Bambas do Hemetério, O Verbo existem agora ou existiu ano passado? Isso prova que não tinham público ou não tinham algo a mais pra existir, embora saiba que na década de 90 só Chico Science e Mundo Livre que tinham (já na época) apoio quase unanime da impresa local que hoje em dia (pouquissímas, mesmo com a quantidade muito superior e qualidade também)
bandas tem.
Parte 2.1 – Este memorável show do Chico Science e Nação Zumbi, além de ter sido no Portugês onde a massa não entraria nem pra assistir Raul Seixas, foi no meio de semana, lembro disso pois foi o mesmo dia que fiz colação de grau :P! E ainda choveu um pouquinho. A invasão no palco lamentável mas Chico science não era Cult aqui, só dava povão que o chamava “Chico Sais”
O PE no rock, além de levar bandas muito novas,logo sem público fiel fora “sabotada” por Paulo André que pos um festival(wolrd music!)no marco zero, de graça. Quarto das Cinzas, Ronei Jorge, Dance of Days, Udora, Carbona com todo respeito não tinham a menor chance de chamar mais atenção do que Nação Zumbi e Mutantes e desafio aparecer alguém que tenha COMPRADO um CD deles (Dance of Days é trash demais). O mesmo motivo aquela porra do Matanza se algum Pernambucano tivesse a mídia (MTV) que aquele Jimmy tem(ele come ou dá pra alguém de lá, só pode), tava lotando o Chevrolet Hall.
Parte 3 – Iupi só num dia de bandas indies (Parafusa que levou muita gente + Volver e Carfax que é outra platéia)é brincadeira, podem ser emos, mas idiotas nunca! Pagar 20 reais pra ver UMA banda e na abertura?! Nem a banda pagaria.
Quem dera que todo mundo que gostasse de Chico Buarque/los Hermanos gostasse de bandas com gosto e som diferentes que os saltinbancos, música circense falando da colombina ou do fim do carnaval, de Maria, José… Infelizmente são tão fechados musicalmente (limitados) quantos os metaleiros,emos e indies.
Finalizando – O que há são ninchos de público nessa cidade o que ajuda é quando trazem alguém que mobilize Maceió,João Pessoa e Natal que lotam seus ônibus e vem aqui endossar a tese que não temos pessoas suficientes pra PAGAR pra ver/ouvir bandas novas, ou velhas que se prestam a fazer boa música.
O Gram levou boas plateias, aqui lotaram a casa do Frevo, na primeira visita pós abril pro rock, por exemplo, fato que nenhuma banda Pernambucana, infelizmente por um real cada faria.
Esse papo desgasta, no fundo concordo com a mensagem, porém discordo frontalmente dos fatos levantados no tópico.
[]´s
Eu tenho a terrível mania de digitar e impulsivamente salvar algo sem verificar a minha ortografia de segundo grau em escola pública, sorry! Agora a versão editada, ou seja, “melhorzinha”:
Parte 1 – Produtores, “existem” a maioria deles só querem faturar em cima do dinheiro público, não investem um real na cidade, em Natal, João Pessoa e Fortaleza existem não só como esses, mas os Produtores autênticos e nossa cidade não têm uma casa destinada aos independentes, quem quiser que alugue.
Parte 2 – Qual dessas bandas Mestre Ambrósio, Cavalo do Cão, Bambas do Hemetério, O Verbo existem agora ou existiu ano passado? Isso prova que não tinham público ou não tinham algo a mais pra existir, embora saiba que na década de 90 só Chico Science e Mundo Livre que tinham (já na época) apoio quase unânime da imprensa local que hoje em dia (pouquíssimas, mesmo com a quantidade muito superior e qualidade também)
bandas tem.
Parte 2.1 – Este memorável show do Chico Science e Nação Zumbi, além de ter sido no Português onde a massa não entraria nem pra assistir Raul Seixas, foi no meio de semana, lembro disso pois foi o mesmo dia que fiz colação de grau :P! E ainda choveu um pouquinho. A invasão no palco lamentável, mas Chico science não era Cult aqui, só dava povão que o chamava “Chico Sais”
O PE no rock, além de levar bandas muito novas, logo sem público fiel fora “sabotada” por Paulo André que pos um festival (world music!) no marco zero, de graça. Quarto das Cinzas, Ronei Jorge, Dance of Days, Udora, Carbona com todo respeito não tinham a menor chance de chamar mais atenção do que Nação Zumbi e Mutantes e desafio aparecer alguém que tenha COMPRADO um CD deles (Dance of Days é trash demais). O mesmo motivo daquela porra do Matanza se algum Pernambucano tivesse a mídia (MTV) que aquele Jimmy tem (ele come ou dá pra alguém de lá, só pode), tava lotando o Chevrolet Hall.
Parte 3 – Iupi só num dia de bandas indies (Parafusa que levou muita gente + Volver e Carfax que é outra platéia)é brincadeira, podem ser emos, mas idiotas nunca! Pagar 20 reais pra ver UMA banda e na abertura?! Nem a banda pagaria.
Quem dera que todo mundo que gostasse de Chico Buarque/los Hermanos gostasse de bandas com gosto e som diferentes que os saltimbanco, música circense falando da colombina ou do fim do carnaval, de Maria, José… Infelizmente são tão fechados musicalmente (limitados) quantos os metaleiros,emos e indies.
Finalizando – O que há são nichos de público nessa cidade o que ajuda é quando trazem alguém que mobilize Maceió,João Pessoa e Natal que lotam seus ônibus e vem aqui endossar a tese que não temos pessoas suficientes pra PAGAR pra ver/ouvir bandas novas, ou velhas que se prestam a fazer boa música.
O Gram levou boas platéias, aqui lotaram a casa do Frevo, na primeira visita pós abril pro rock, por exemplo, fato que nenhuma banda Pernambucana, infelizmente por um real cada faria.
Esse papo desgasta, no fundo concordo com a mensagem, porém discordo frontalmente dos fatos levantados no tópico.
[]´s
hugo, essa não foi a primeira, nem será a última vez que você queima essa língua. da mesma forma que relatou 5 shows fracos, qualquer um pode citar 50 muito bons. acho que você é que vai aos lugares errados. poupe-nos de mais textos constrangedores da próxima vez.
“Recife não gosta de música. Se não for Chico Buarque e Los Hermanos”
é bem isso, na verdade as poucas pessoas que aparecem pra ver um show de rock, não estão lá para ver a banda, e sim pra beber, e ficar falando besteiras do lado de fora. Outra coisa que acontece por aqui é que o público de recife acha tudo ruim e caro, se tu coloca um ingresso pra ver 5 bandas por 5 reais todo mundo acha caro, se tu coloca 200 reais pra ver chico buarque ninguem acha caro, se tu coloca 30 pra ver los hermanos, ninguém acha caro. Todo mundo reclama que em Recife não tem shows de rock, mas é claro, quendo tem um, não vai ninguem, é revoltante isso.
o caso do matanza eu acho que foi por conta do vestibular no outro dia, por isso deu pouca gente, mas talvez eles voltem em agosto mais ou menos, dai vamos ver se vai ficar todo mundo em casa no msn.
Esta discussão só me faz lembrar o galpão…. era praticamente mensal, enchia, tinha diversão, papo sério e zero violência, apesar de ser num dos bairros mais violentos do Recife…Barro… as bandas eram basicamente de Rap, new metal, metal, HxCx, é uma pena acabou… mas davam 500 brincando lá….sem dúvida… mas o galpão passou loooooooonge da impresa, inclusive do Recife Rock…
Até hoje não sei porque… talvez até tenha sido melhor assim. Só parou porque o dono do espaço é um maluco.
E antes que quem nao conhece ache que isso é papo de veio, o galpao esteve em plena atividade de 2004 a 2005.
Bruno, eu aqui falando do galpão de novo
fernando,
“qualquer um pode citar 50 muito bons”.
Liste 10 shows (bem menos que 50 pra te dar uma chance!) de rock pagos com bom público nos últimos 12 meses.
É bronca…
Venta (repeteco),
A grande sacada dos shows no Galpão BHS era pegar o público do bairro. Ia a gurizada toda, muita gente que os pais não deixam ir à noite pro centro do Recife.
Outra coisa o ingresso custava no máximo R$ 3,00 (e o loló era 1 e o vinho também).
“mas o galpão passou loooooooonge da impresa, inclusive do Recife Rock”
É verdade. Os jornais não colocavam shows da periferias nas agendas. Só era divulgado aqui no RecifeRock.
Outra coisa… não se iluda que aquilo era o paraíso. As bandas eram muito verdes e boa parte deve ter acabado. O pessoal daquela época que encontro conta a mesma história ‘não tenho mais tempo, tenho que trabalhar’ ou ‘a banda morgou’.
Pow hugo leva a mal não, mas tu não vai nos shows emos que rolam. todos os que eu fiz de 2005 a 2007. tinha mais de 200 pessoas.
Aditive (01/05/2005) – 700 pessoas
Fresno (26/08/2005) – 1.500 pessoas
Darvin (10/12/2005) – cancelado por falta de público
Nx Zero (12/02/2006) – 600 pessoas
Switch Stance (12/03/2006) – 300 pessoas
Fresno (19/05/2006) – 750 pessoas
Forfun (07/07/2006) – 500 pessoas
Aditive (04/08/2006) – cancelado por falta de publico
Allface (15/09/2006 ) – cancelado por problemas na casa de show.
A Volta da Funpark (10/03/2007) – 210 pessoas
Cover Fest (30/03/2007) – 110 pessoas
a maioria com mais de 200 pessoas…
a carência de público é grande.
a carência de uma casa de shows de rock especifica é grande.
a carência de transporte alternativo a noite é grande.
a carência de apoios (patrocinios) é grande.
a carência de produtores é grande.
tem muita coisa que influência a não ter bons shows.
mas a principal é não ter um local fixo pros shows rolarem, feito tinha o DOKAS.
Abraço
vale salientar…
as bandas de fora, todas ficaram caras… não menos de 5 mil de cache…
os ingressos saltaram de 8 reais pra 20 reais ou em media 15 reais isso afasta publico
ah eu ainda cito uns 5 shows que eu nao fiz que foram bons
mukeka de rato
dance of days
dead fish
rufio
sugar kane
É hugo, mas nao vamos entrar em outros méritos…. com certeza muita gente verde sim…. mas só se amadurece tocando né cara?!?! Com relação as dificuldades em dar continuidade são óbvias… a “gurizada” ali de 14, 16 anos, muitos, já pegavam no batente…
E justiça seja feita , o Reciferock sempre divulga aqui na home a agenda e tals… Só faltou rolar cobertura, nem que fosse pra falar do evento em si.
Eu insisto em citar Hugo, por acreditar o Galpão ter sido uma experiencia bem interessante, que se fosse melhorada daria bons frutos.
AH sim … nao me iludo nao cara…. eu faço parte dessa turma que nao conseguiu dar continuidade….
Ludovic, uma das melhores bandas atualmente no Brasil, não combram muito caro pra fazer o show(garanto que é bem menos que todas essas bandas emo) e cade que alguem chama?
talvez tenha uma resposta, por que se alguem tomar a frente e produzir um show do ludovic em recife no máximo: 90 pessoas pra ver.
o público de Recife é pirangueiro, preferem ficar do lado de fora e ficar bebendo, do que pagar 10 reais pra ver uma banda do caralho, bah, se foder assim tambem, povo burro é foda. e pra dá uma desculpa, fala que o ingresso tá caro, caro o caralho cara, caro é essa cerveja que tu compra pra mijar tudo depois.
ah, outra coisa
QUASE nunca tem shows de bandas de fora do nordeste por aqui, e quando tem só entra maior, esperar o que? que lote o show?
conheço gente que perdeu o show do the evens aqui porque no lixo Uk pub só entra maior, agora me diz quando the evens vai tocar em recife de novo? NUNCA
Temos feito shows dentro do projeto chamado PLATAFORMA DO ROCK,andando por praças de todos os bairros do Recife, que são divulgados no recife rock e orkut e essas coisas. Bandas muito boas que tentam entrar em todos os festivasi e nunca são contempladas temos andado bastante e dá sempre mais de 200 pessoas em qualquer lugar. o Shor é de graça tá bom, patrocinio pequeno de comerciantes locais para pagar o som, o transporte e só.Mas dá gente e a turma tá formando seu público e nós insistimos em tentar entrar em tudo quando é festival e nada, mas nao chamam. Tem problema não, continamos nas praças. com dia 27 de maio a partir das 17:00 com as bandas LIBERDADE VIGIADA,APANHEI DE TONHA,WILSON FOI PRO ESPAÇO, OS INDECENTES, THE CRASH, WPK E ATTACK VERBAL. Apareçam lá alguém, dos safos da cena musical para ver por favor
Venta,
eu infelizmente não conheci o Galpão. Quem esteve lá foi Guilherme. Foi ele que fez o comentário aqui sobre como as coisas funcionavam lá.
Abraço!
Rapaz…grandes shows aqui em Natal dão 400 pessoas.
O comentário pode até parecer coisa de maluco, mas eu acho que em parte a falta de público em alguns shows se dá ao tamanho de Recife.
Quanto aos emos, eu nunca vi alguém dizer que é emo. Aqui em Natal já vi cidadão sair no tapa e vocalista quase descer do palco para brigar hahahahahaha
tudo termina em samba!
Nunca sei quem é quem aqui… haha
Mais evento
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E continuando dá última vez que fizemos aqui deu mais de 300 pessoas.
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E mais esse com a ajuda de comerciantes locais
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ROCK NA PRAÇA DIA 10 DE MAIO!!!!
vai rolar na PRAÇA do ARSENAL DE GRAçA!!!!
vamo comparecer galera.. depois coloco mais informações na agenda de shows do RECIFEROCK!!!
assim q tiver as ordens e os horarios..!!1
alguém é PRODUTOR E quer produzir banda de METAL!?:??
mande um email pra mim!!!
haehauehuaheiuhauiehuiae
e sim… acho que público até tem.. mas a informação não circula.. por isso que eventos undergrounds nao tem mais a quantidade de público q tinha antigamente..!!
se existir uma pessoa de boa fé que queira reabrir o DOCAS!!! acho q mudaria bastante essa realidade… !!!
o que quero dizer com isso é que um local referência para o estilo é necessária para que o público compareça..!!
FLW GALERA!!! Até MAIS!!!
http://www.myspace.com/project666metal
ficar reclamando de nada adianta, vamos todos aparecer no Novo Pina esse sabado, vai ter boa musica, cerveja barata e lindas garotas, ou entao fiquem em casa no msn
Insites, Canivetes e Cabaret no novo pina
sábado, 05/05, 22:00hs no Novo Pina, 5 reais
rock’n’roll de primeira com os Insites que continuam divulgando seu novo single expandindo/vá em frente, pire á esquerda e seus hits alucinantes, Canivetes, banda revelação do Abrilprorock, e o Cabaret(rj), banda glam carioca que acaba de lançar o 1ºdisco, quem não for vai virar emo!
Porra, pessoal!
Sou da Paraíba e Estou prestes a visitar a cena underground daí, porém certos comentários me desanimaram totalmente. Será que realmente a violência e a falta de ânimo para os shows estão afastando de vez o público???
Outra coisa q é a causa de escassez de público nos shows locais, é meio ligado com o q Bruno Nogueira falou (DIVULGAÇÃO): A “comunicação boca-a-boca” é eficaz! fulano fala pra cicrano sobre tal show… ai cicrano fala pra beltrano , etc, etc, etc,
Só nessa brincadeirinha eu acho q traz mais gente … e a galera nem se lembra desse detalhe… Aliando isso mais panfletagens (com panfletos legíveis, por favor!), mais as vantagens q a net pode oferecer (Este site, Orkut, outros sites – incluindo os de relacionamentos… E-mails!!!…) e se possível, conhecimento (amigos que trabalham em meios de comunicação de massa – jornais!, tvs!)a divulgação fica eficaz!
Digo isso pq teve uma festa temática este sábado (eu sei q naum tem nada a ver com o alvo deste site, mas é um exemplo!), de “cultura ‘trash'” lá no catamaran… Muita gente achava que naum ia dar muito público (problema q afeta os eventos undergrounds, independentes,…). Mas o tal evento recebeu mais de 1000 pessoas. Isso pq apesar da festa naum ter tido patrocínio (foi tudo no bolso dos organizadores) e ter tido pouca divulgação, pelo menos essa pouca divulgação incluiu cartazes, comunidade no orkut, e-mails, notas em sites de jornais, notas em jornais, o mesmo feito em programas de rádio e tv e o famoso boca-a-boca que foi citado acima!
Acho que no fundo todos tem um pouco de razão. Pra organizar um show é caro, não é nem um pouco barato, acho que todos acharam legal quando o Sunset trouze os Forgotten Boys pro Downtown, tudo bem, foi num domingo, mas que dia da semana vc vai arrumar um lugar realmente bom pra fazer um show?! Foi realmente caro, e ninguém ia querer ficar levando prejuizo atrás de prejuízo porque fulaninho prefere deixar de pagar 10 reais pra ver um show com som, iluminação, e ar-condicionado bom, pra ficar bebendo na porta do show. Isso acaba com o estímulo de qualquer um pra organizar algo. Citei o Forgotten como exemplo pq os caras ralaram pra caralho pra trazer a galera e naum conseguiram nem tirar o dinheirinho da cerva do fim de semana.
Na verdade faltam os produtores acreditarem na cena e no público, faltam as bandas investirem nelas, comprando equipamento bom, pra poder fazer um som bacana que não fique parecendo que ta tocando na garagem de casa, mas o principal mesmo, eu acho que o público que diz gostar de rock aqui em Recife, não dá valor as bandas daqui, pode aparecer gente falando que estou errado, mas isso é um fato, só dão valor depois que rola uma mídia em cima, e se tiver mídia demais dizem que é uma porcaria pq são vendidos ou estão se achando pq apareceram na MTV ou em qualquer programa de TV.
Enfim, no final todos tem um pouco de razão. Mas se todo mundo ceder um pouco todos acabam ganhando.
Não sou pernambucano, moro aqui por opção, pq amo essa cidade, tem seus problemas mas continuo gostando. Sou Aracajuano e vivenciei umas das melhores épocas da cena underground do nordeste e vivi na melhor época do underground nacional, onde pelo menos de 15 em 15 dias tinha uma banda ducaralho de qualquer lugar do Brasil tocando em Aracaju e o público comparecia de verdade. Era a época em que a Snooze, Lacertae, Karne Krua dentre outras bandas viviam fazendo intercâmbio entre bandas do Brasil. Mas o que acontecia, o público valorizava as bandas que tinham um respaldo pra poder tirar a grana do bolso e trazer uma banda ducaralho do Sampa pq sabiam que não iam levar prejuízo.
Enfim, gostei da discussão, é assim que se começa a pensar. No tópico já foram citados vários shows bacanas que estão por acontecer, é a hora de fazer a movimentação. Tem muita banda boa precisando que o público compareça aos shows, e tem muita banda que está começando que é boa e precisa mostrar o trabalho também.
Como eu posso enviar materiais das bandas q eu trabalho? 81 92188319 por e-mail ou correios
na boa? eu acho que tem artista demais e todo mundo agora é músico e se acha de fato importante para o bom andamento do mundo. Se peneirarmos tudo tem muita coisa boa, como sempre teve. Mas a quantidade de absurdos tocando por ai em nossa cidade é de desanimar. então o público fica meio descrente, pois sabe que a possibilidade de ver algo legal é pequena.
A maior probabilidade é de determinada banda ser mais uma invenção de algum produtor chapa branca, dono de site maluco, jornalista frustrado e todos os tipos de seres humanos que insistem em empurrar em nossas mentes bandas de quinta categoria. E temos uma voluptuosa confusão, joio e trigo juntos no saco da nossa noite.
E a partir dai cada um que invente o seu mundo e nele se projete do jeito que quiser, pois todos estão alcoolizados e tudo tanto faz como tanto fez, contanto que seja de graça e sobre grana para comprar cachaça e descarregar uma semana de infelicidades e stress!
O que vc´s consideram uma casa de show independente boa?
“Acho que o público de emo até existe, mas prefere ficar em casa, no msn.”
Essa afirmação, infelizmente, acho que não se enquadra apenas para o público emo. Sem dúvidas tem muita gente que curte rock aqui em Recife, mas preferem ficar no conforto de suas casas a escutar tal som. É foda. E quando vão pra shows passam 3 horas na frente do show bebendo e etc., e entram chiando por conta do ingresso caro (5, 10 reais, que o cara já sabia que ia rolar o show um mês antes), e passam 40 minutos dentro do show pra ver uma banda sortuda.
Deixe me abrir um parêntese pra um questionamento. Porque todo show em Recife tem a história de poder entrar e sair no show? Não sei se isso existe em outros lugares, por favor, alguém me dá alguma informação sobre isso. Adorei no show de Forgotten Boys que a galera não podia sair e entrar denovo! todo mundo pirado porque tinham acabado todos os cigarros da festa, hahaha, e pedindo pra alguém das bandas sairem pra comprar. Adorei, adorei.
esse ano até o APR tava meio vazio.. claro.. os tr00 não iriam pro Classic Hall (Chevrolet), mas tinham bandas excelentes, mas ficou vazio, o que foi uma pena, pq o ano passado lotou com o show do ratos, sepultura e Marky Ramone
p.s. e o preço era o mesmo.
O que vejo que existem alguns coletivos se articulando e lutando para que as coisas acontecam. Resta o publico pararde ver shows no youtube ou parar de baixar uma banda legal da ucrania e pagar pra ver os shows. Comprar cds das bandas, comprar e distribuir informação. Cabe as bandas se darem o devido valor e parar de vender ingressos pra tocar.
O publico hardcore está cada vez masi extinto mais de 2 anos pra cá nunca vinheram tantas bandas do sul sudestte pra recife como nunca eu vi antes.
em 2007 vinheram Nieu dieu nieu mairte(PR), Nerds attack(SP), Monstromorgue(AL), Lilith(PB), xReverx(SE), Comedores de lixo(PB), Rotten flies(PB), Mukeka di rato(ES), Dead Fish(ES) e etc.
Vão rolar alguns de bandas de HC nacionais relativamente conhecidas : 22/11 (Leptospirose/SP) / 29/11 (Uzomi/RJ) / 05/12 (DFC/DF) / 09/01/08 (Vivenciar/RJ) então o publico punk hardcore não deve reclamar e sim comparecer aos eventos. Lembrando que todos os ingressos são entre R$ 3,00 e R$ 10,00.