Da coluna de Thiago Corrêa na Folha de Pernambuco de hoje:
Radiola de Ficha: O brega em questão
Thiago Corrêa
A discussão sobre o brega voltou a tona com a divulgação da grade deste Carnaval. Apesar de terem um grande público na cidade, só este ano bandas do gênero entraram na programação carnavalesca. Mesmo assim com restrições, já que os grupos Calypso e Saia Rodada se apresentam no Galo da Madrugada em regime exclusivo de frevo. No Rec-Beat, a presença de João do Morro no festival também foi alvo de questionamentos durante a coletiva de imprensa do evento, semana passada na Livraria Cultura.
O engraçado é que ninguém sequer abriu a boca para falar da presença da olindense Catarina, que investe nesse mesmo universo musical, embora venha de um celeiro diferente. Ou seja, parece que a discussão não é pautada pela música, e sim pela origem dos artistas. É como se os artistas populares só merecessem atenção tocando maracatu ou numa festa tiração de onda da classe média como a da prévia do I Love Cafusú.
Catarina
E por falar em Catarina, a moça aproveita os holofotes do Rec-Beat para lançar seu EP de estreia “Kola na Matéria”. A bolacha traz as faixas “Cai Fora”, “Toca-te Dentro”, “Intercâmbio Cultural” e “Sarará”, que também estarão no www.myspace.com/catarinadeejah. O trabalho contou com produção do Sunga Trio (China, Homero Basílio e Chiquinho, da Mombojó) e vai ajudar na divulgação da cantora durante a “Little Jóia Tour”, miniturnê que ela faz em São Paulo após o Carnaval.
Quanta Ladeira
Depois de dois anos acontecendo em sigilo, a prévia do Quanta Ladeira abre as portas novamente para o público em geral. Uma dica para chegar já com a letras na ponta língua na festa de quinta-feira, no Poço da Panela, é baixar o registro sonoro da apresentação do bloco gravado ano passado, no palco do Rec-Beat. O arquivo do show completo está disponível no Som Barato (www.sombarato.org).
Lenine
Em meio aos preparativos para o Carnaval, o cantor Lenine já começa a se preparar para as comemorações do Ano da França no Brasil. Autor do hino do evento com o francês Arthur H, o pernambucano aproveita a turnê européia de “Labiata” para se reencontrar com a Orquestra d’lle de France e acertar os detalhes das apresentações que ocorrem dia 7 de setembro no Recife e 13 em São Paulo. A intenção é fazer com que um coral formado por crianças dos dois países cantem músicas de Lenine, clássicos brasileiros e franceses.
fonte: http://orelhando.wordpress.com/2009/02/17/radiola-de-ficha-40/
17 Comments
Acho mais provável que ninguém soubesse quem era Catarina.
Eu também fui radicalmente contra Calypso e Saia Rodada no Galo, até falei isso no meu blog. No entanto, por que todo mundo reclama deles e não reclama de Caetano Veloso abrindo o carnaval do Recife e de atrações como Pitty? Tão fora do contexto do carnaval pernambucano quanto o brega. E se o carnaval é multicultural, por que fechar as portas para o brega? Só por que é de periferia não é cultura?
eu fico observando e me perguntando:
Se nós Pernambucanos pudessemos fazer um Carnaval, do jeito que somos orgulhosos, gritaríamos aos quatro ventos: SÓ TOCA PERNAMBUCANO EM NOSSO CARNAVAL!
Mas como isso não é possível chamamos o pessoal de fora e criamos então o mote MULTICULTURAL, ok?
E o Galo não faz parte do nosso Carnaval? E porque no Galo não pode haver multiculturalidade?
Será que é porque a POPULARIDADE da Calipso agride nossos artistas de elite chapa branca?
Responde ai Brunos!
Thiago, tem um ponto de vista muito válido!
Saia Rodada não é cultural. Calypso tá blz, pois ainda tem uma essência verdadeira em sua música.
Saia ROdada e João do Morro = música descartável de duplo sentido.
Pra mim sem chance numa festa multicultural!
Roberta, fazer qualquer tipo de paralelo entre Saia Rodada e Caetano Veloso é lamentável
Acho mais provável que ninguém soubesse quem era Catarina. [2]
Uma coisa vale lembrar.
Normalmente o pernambucano escuta musica brega durante o ano todo e porque não pode tambem escutar no carnaval. O Pernambucano só escuta frevo durante o carnaval mesmo, e olhe lá.
colocar música brega tudo bem, então coloca o Conde que faz a música dele a sério e não uma original olinda style que não conseguiu porra nenhuma dessa vida ao contrário do marido que toca em boas bandas com um trabalho verdadeiro… e fica usando o brega como motivo de chacota e desvalorizando o gênero mais ainda…
joão do morro é outra porcaria, mamonas assassinas morreu meu povo! aposto que o morro tem grupos de samba e pagode com algo melhor pra mostrar que esse cara que faz música p/ burguês achar graça!
a questão de tocar no carnaval não é de ser ou não daqui, é de ter algo a acrescentar, saia rodada com certeza não tem… mas o galo é uma empresa privada, se a galera vaiar próximo ano não tem saia rodada, vamos aprender a vaiar!!
não gosto de calypso, mas nõa tem nada contra eles tocarem
Poxa, seria bom que a Vício Louco tocasse…
@Jose Henrique
Infeliz por quê? Caetano é tão não-pernambucano quanto Calypso, independente do gênero!
bom dia
bom, e bem engraçado essa historia de brega no golo porqua ate Otto cantou brega e minguen falou mal, Caetano qua ta na programacao do carnaval tambem cantou e minguem falou mal, na verdade o que seria brega, musica qua fala de amo, de tristeza, de desilusão amorosa entao Maysa erra a maior bregueira do Brasil.
E tenho dito.
fui xeruuuss!!!
Logo mais: papafrango no Quintal do Lima em festinha de classe média estou-aqui-dançando-mas-é-só-tirando-onda como aconteceu com meus brothers Kelvis e Conde?
Por mim João do Morro ia fazer paródia na Jovem Pan.
Rosana, brega não é o conteúdo da letra, é a forma como se canta, como ela é embalada, saca?
E dentro do brega tem os que são de verdade(têm o meu respeito) e os que são de mentira(bandinha de empresário) e têm o meu desprezo.
Roberta, um artista com a obra de Caetano Veloso é bem vindo em todo e qualquer lugar.
PS: O Calypso tb é bacana.
:P
Acho mais provável que ninguém soubesse quem era Catarina (3)
DIVUGANDO MEU TRABALHO
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