Cobertura: Rec-Beat 2009 – terceiro dia (ou seja, João do Morro)

Por Hugo Montarroyos em 24 de fevereiro de 2009

João do Morro no Rec-Beat 2009

João do Morro no Rec-Beat 2009

Já é. E confirmado pelo próprio Gutie, produtor do Rec-Beat. Segundo ele, nunca houve na história do festival um show de abertura como o de João do Morro. Ainda de acordo com Gutie, deu mais gente na apresentação de João do que na do Quanta Ladeira. Com direito a pedido de bis do público, que era formado por extratos de todas – todas mesmo – as classes sociais possíveis e imagináveis. Briga? Nenhuma! Goste-se ou não dele, ali pareceu a sedimentação da carreira de um artista. Imagina o que não deve ser, para um sujeito do Morro da Conceição, até anteontem desconhecido, ser consagrado por um público digno de show do Cordel do Fogo Encantado e da Nação Zumbi.

Paço Alfândega, por volta das 19h30. No camarim, João do Morro confessa estar extremamente nervoso. E a impressão que eu tinha era a de que o show seria um retumbante fracasso, pois o local ainda estava deserto. João é anunciado e, assim que entra no palco, a chuva cai. Tudo parecia programado para dar errado. Mas bastou a banda começar a tocar “Ei Boyzinho (Papa Frango)” para o céu abrir. Vestido de egípcio odalisca (era odalisca aquilo?), João ia cativando um a um a cada passo, a cada trecho de letra, a cada vez que dizia “o meu pagode é diferente”. E tome “Chupa que é de Uva”, “Três Segundos”, “Gigolô”. Até vir o ponto crucial do show: “As Nega Endoida”. Daí em diante a coisa tomou uma dimensão que os teóricos e estudiosos da arte chamam de catarse. “Na Mamata (Quer Mamar)” teve seu refrão cantado por todo mundo. Beleza, “Quer mamar? Vai pra debaixo do burro” está longe de ser algo sutil, de bom gosto. Mas é exatamente assim que o povo fala. E, pode-se acusar João do Morro de tudo, mas ele não coloca menina de shortinho rebolando em seus shows. Não tem dancinha da garrafa. Nem mesmo o belo par de pernas de Ivete Sangalo. É apenas e tão somente ele, com a cara e a coragem. E, quer verdade maior do que quando ele diz: “aqui em Pernambuco, quando achamos uma mulher bonita, ninguém diz que ela é gostosa, bela e etc. A gente diz que ela é uma bicha boa do ca…”. Cara, até me provem o contrário, o povo fala exatamente assim.

João, emocionado, se despede do público. E o povo, em uníssono, pede mais uma. A banda volta. João esboça dizer algo no microfone, e começam os gritos de “Uh, fudeu, o João apareceu!”. Ele para. Tira os óculos escuros e senta na frente da bateria. Um filminho deve ter passado na cabeça dele naquele momento. Retoma o fôlego e pergunta ao público se eles querem uma música nova ou um sucesso. Desiste de cantar “Cueca de Copinho” para mandar novamente “As Nega Endoida”. Se atrapalha, esquece parte da letra, recobra o juízo e segue em frente. E aí, meu amigo, não existem palavras que sejam capazes de descrever o que aconteceu. As negas, os caras, os brancos, os pretos, os gays, os heterossexuais, os letrados, os analfabetos, o dono do festival, o gari, a fotógrafa, o jornalista, o pobre e o rico endoidaram… Assim como acontece  numa certa festa chamada “carnaval”.

Não consegui ver mais nada depois disso. E foi proposital. Sei que não seria justo com nenhuma das atrações que tocaram depois de João do Morro. Quem viu, por favor poste nos comentários o que achou…

Galeria de fotos:

42 Comments

  1. Raimundo
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 5h34 | Permalink

    Pois Hugo, você perdeu a melhor banda do Rec Beat, o Desorden Público.

  2. Perfect Stranger
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 8h15 | Permalink

    Tu não quer opinião? então lá vai:Pra mim foi uma merda generalizada esse tal de João do Morro.

  3. zeca
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 8h57 | Permalink

    tudo bem o cara é do morro. Merece consideração. E o som o onde fica…porra cara Desorden Público foi um show massa…união perfeita de boa música e consciencia…as letras dos caras são massa. e o ritmo alucinante! Vc ir para um show se divertir dançar pra caralho ao bom rtimo do ska e ainda ver os caras levantando a bandeira contra o racismo…a proibição da camisinha por parte da igreja católica…a clonagem social que vivemos com a massificação da mídia dentre vários outros temas….Tudo isso ainda dançando na chuva. é sim digno de consideração. Tudo bem, joão do morro é um batalhador. Mas isso não justifica tremenda babação. O cara tira onda. A galera gosta e ponto. Isso é normal. se a lacraia vinhesse fazer um show de graça no carnaval no recife antigo iria ser a mesma coisa.

    Vamos se ligar hugo. Está pegando muito mal isso tudo. Eu já estou perdendo a credibilidade de vcs…

    abraço!

  4. Leal
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 9h13 | Permalink

    Não acredito que perdi João do Morro! ._____.’

  5. Belzita
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 9h40 | Permalink

    Rapaz, quer dizer que João do Morro é a nova expressão da “multi-culturalidade” da cena Pernambucana? Tsc tsc tsc… João do Morro fala o que o povo fala, ou pelo menos o que você acha ser o povo. É engraçado? É, mas eu dúvido que qualquer pessoa com o mínimo de bom senso saia por ai falando as gírias dele. Tá, eu falo gíria, falo palavrão, mas nem por isso apoio e acho ótimo ter esse show no Rec Beat, que colocasse em outro palco, sei lá. Ótimo foi o show de Mundo Livre no Marco Zero e logo em seguida o de Eddie no RB.
    Ai vê que onda, pegam e colocam uma banda massa feito a Dixie Square Band as 17h, no RecBeatinho e JM pra abrir, isso é palhaçada.

    Abs

  6. Posted 24 de fevereiro de 2009 at 10h10 | Permalink

    desordem público fez o melhor show do recbeat até agora. Recomendo quem gosta de reel big fish, mustard plug e might might bosstones.

    João do Morro foi massa, mas a mistura: negão, pagode e sacanagem sempre dá certo se o cara for inteligente. ele provou saber muito o que está fazendo.

    O problema é que odeio pagode…

  7. Posted 24 de fevereiro de 2009 at 11h09 | Permalink

    João do Morro foi mara, pai!

    Vi até os caras do Nuages (atração do Equador que se apresentou depois do João)assistindo à apresentação e tentando sambar, hauhauhauah

    Os metidos a cults do Recife que me desculpem, mas foi o melhor show do Rec-beat até agora!

    Ah, Hugo: a fantasia era de egípcio!

  8. Saulo
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 11h33 | Permalink

    Caralho, Montarroyos quebrou todos os recordes de babação de ovo e pagação de pau.

  9. carla
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 11h40 | Permalink

    tudo me soa muito oportunista. o cara é produzido pelo próprio Gutie e essa coisa de legitimizar a música marginal deslocando ela pro meio da classe média me dá no saco. se ele é bom? pode ser popular, ter assessoria e produtor que monta o circo todo, mas pra mim é uma bela de uma jogada.

    a noite ainda contou com a Silvia Machete que tem uma banda do caralho e consegue ser diferente dessas divas pasteurizadas da MPB.

    Sem contar o Desorden Publico que matou a pau tbien.

    Esperava mais dessa cobertura de vcs.

  10. Posted 24 de fevereiro de 2009 at 13h05 | Permalink

    puts….Na boa galera… joao do morro tirou onda… ilario foi quando ela falou: quem mandou mim chamar.. entao tomaaaaaaaaaa;. poha e musica vei, escrota mais é.. eu achei muito inusitado e louco de chamarem o cara, mais pra mim deu certo, nao teve um cristao se quer que nao se contagiasse com o som do cara… isso e prova viva,que o preconceito nao tá com nada e viva joao do morro… poha minha namorada adorou dancou e tudo….

    e isso aew….

  11. Douglas
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 14h23 | Permalink

    po, legal que o show de joão do morro foi massa, mas… eu acho que isso não é motivo para não escrever sobre as outras bandas. Aliás, seria melhor escrever e dizer que foi uma merda do que, simplesmente, ignorá-las. Mas tranquilo, bola pra frente!

  12. Renato B.
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 14h36 | Permalink

    eu nao fui ao Recbeat ontem e não me arrependo, João do Morro é praticamente do meu bairro e o som dele é uma merda eca… o show deve ser divertido pra quem gosta de putaria ao extremo com o funk carioca eca…
    Não me arrependo pois estava no ótimo show do Carfax e logo após vi a ótima Devotos com um público de respeito como Eugene hüts (Gogol bordelo) cantando as músicas e tirando a foto da roda quer mais alguma coisa?… Não cheguei a ver mundo livre já tinhao visto no domingo de lá do alto José do pinho fui a Nova descoberta vê aí sim a APOTEOSE do carnaval com Manu chao quem não viu me desculpa mas perdeu o show do carnaval eu sei que ainda há o dia de hoja mas não há jeito de existir um show melhor do que este, não há mesmo:

    1° ele vem a um bairro no subúrbio de Recife sem ter a mínima idéia do que viria pela frente, a recepção o público.

    2° encontra pela frente um ótimo público formado por sua grande maioria de pessoas vinda de outras localidades recifenses(aqueles que se colocassem Manu chao numa casa de espetáculos com ingressos a 80R$ iriam as mesmas pessoas que estavam ali o vendo gratuitamante)vocês devem saber de que tipo de pessoas ao qual estou me referindo(burgueses correndo ao sbúrbio correndo atrás de cultura).

    3° Manu conquista todos desde os que já sabiam do sua ótima música e até a mim que fui com duas mão atrás e sair com as duas mão levantadas batendo palmas e impressiondo com o espetáculo visto.

    4° Ele pega a bandeira da Palestina(aquela mesma que estava no marco zero no domingo) e balança de um lado ao outro(QUE SE FODA ISRAEL).

    5° Ele diz que vai acontecer a saidera canta umas 3 músicas e sai,todos começam a pedir mais uma e ele volta canta mais umas 3 músicas e sai denovo e continua nesse contesto mais umas 5 vezes(sem exagero algum,ele saiu e retornou ao palco mais de 5vezes desde que disse que era a saidera) Manu chao ficou no palco mais de 40 minutos desde o momento que disse “agora a saidera” até o momento que entrou um organizador e fez um sinal ao público de como se estivesse cortando o pescoço(acabou) o show que estava para acabar de 1:30 acabou de 2 e pouco.

    6° Ele não queria ir embora, acho que foi o melhor show da história de MANU CHAO, parabéns!!!!

    E o melhor show do rec beat com toda a certeza foi Vítor Araújo.

  13. Duda
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 15h04 | Permalink

    Eu só vi a ultima musica, mas de longe você via o publico em transe.

  14. Renato B.
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 15h17 | Permalink

    se alguem viu manu chao comente

  15. dENIS
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 15h32 | Permalink

    Tudo bem que João do Morro fez um show que agradou a galera ali presente, mais porra, postar a cobertura do 3º dia do RB so falando do show de João do Morro é foda ne.

    So teve ele foi?????

    Por que não muda logo o nome do site, de Recife Rock para Recife sei la o que…

  16. Guilherme Moura
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 15h57 | Permalink

    Pronto. Coloquei as fotos numa galeria e um vídeo (depois melhoro a qualidade).

    Depois de João (“Quem mandou me chamar? Então tomaaaaaaaaaa!”), o destaque foi a chuva. PQP! é muita água. Alagou tudo.

    Durante a chuva teve o show de Sílvia Machete. Ela fez um bocado de covers (de Cindy Lauper, Bossa Nova e mais farofa 80s). Lembrei na hora de uma frase de Luciano Matos (El Cabong) sobre o show de Lanlan no Rec-Beat 2004: “SHOW DE QUERMESSE!”. Divertido.

    Vi a metade final do show do Desorden Publico. Gostei. Rolou até cover do Paralamas do Sucesso em Portuñol (Melô do Marinheiro). O vocalista tem um jeitão de Crooner de big band.
    Não vi a banda Equatoriana e achei faltou mais peso (mais graves) pro Ska Maria Pastora. Apenas Ok.

    Depois vi um pedaço de Maria Rita no Marco Zero… o show começou atrasado (chuva!) e lento, depois foi acelerando… apertei eject no meio. Som tava muito baixo, mas tava um clima tranquilão. Tinha bem menos malas que no dia anterior.

    Previsão para hoje: Vai chover.

    ps. A história mais divertida, que ouvi ontem, foi de uma ligação que Gutie recebeu quando tava fazendo a programação do Rec-Beat 2009. Era alguém da Prefeitura perguntando: “Tem certeza que vai colocar esse João do Morro no Rec-Beat ?” ENTÂO TOMAAAAAA!

  17. Yara
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 16h03 | Permalink

    Nossa, que absurdo!!! Isso é jornalismo? Isso é cobertura? Que absurdo Hugo. Vim aqui criticá-lo, com todo o respeito, já o fiz uma vez.

    João do Morro pode ser a expressão de blá blá blá… Gente, vamos para de bancar os sociólogos de bar e vamos falar sério.

    Que falta de respeito!!! Falta de respeito sim, e as outras bandas?

    A fantástica Nuages que trouxe um som instrumental de qualidade. Que saiu do Equador e fez TAMBÉM o povo pedir bis.

    O povo não quer só porcaria, quer som bom e de qualidade!! Para que fazer uma festa para algo tão banal e vulgar? Por que não aplaudir o que é bom?

    E a Silvia Machete? Que com chuva chamou o povo? O que esses grupos possuem de menor em relação ao João do Morro?

    Espaço democrático esse, hein? Isso é ditadura é?!

  18. João
    Posted 24 de fevereiro de 2009 at 19h46 | Permalink

    Preguiça dos infernos.
    Hypada boa em João do Morro!
    Caiu nas graças do menino.

  19. Posted 24 de fevereiro de 2009 at 22h12 | Permalink

    putz, vim seca aqui pra saber do show do desorden publico, não achei foto e vídeo em nenhum lugar. vi show deles em sp há 2 anos e nunca + esqueci! o gutie tava nesse mesmo dia e tb curtiu pacas, tanto q acabou chamando pro rec beat!!

  20. gustavo
    Posted 25 de fevereiro de 2009 at 2h46 | Permalink

    po, hugo! chamar fantasia de faraó (do egito) de odalisca (das arábias) é pouquinho demais, né!!

  21. Guilherme Moura
    Posted 25 de fevereiro de 2009 at 9h13 | Permalink

    @ flávia d,
    Só temos uma foto. é a sexta foto da galeria. Eles tocaram todos de terno, o vocalista está de terno preto.

    Quando terminar o carnaval eu faço uma clipagem de outros sites.

  22. Grasy
    Posted 25 de fevereiro de 2009 at 13h25 | Permalink

    Profunda falta de respeito com as demais bandas!!!
    Vi os shows de Ska Maria Pastora e Silvia Manchete.

    Ska Maria Pastora: Som de altíssima qualidade, não dá pra se cansar de ouvir, dançante e coisa e tal. Adooorei a mistura das nossas músicas regionais com metal e musica latina. Ótimo show!!!!!!

    Silvia Manchete: Que mulher é aquela? Que show é aquele? Nem a chuva conseguiu me manter parada, e olhe que foi muita água viu?! Música boa, extremo carisma, e show de prender a atenção. Divertido.

  23. diogo guedes
    Posted 25 de fevereiro de 2009 at 13h50 | Permalink

    joao do morro, bicho?
    essa galera tá cheirando muito loló.

  24. andre intruso
    Posted 25 de fevereiro de 2009 at 13h57 | Permalink

    O Novo Queridinho dos Pseudos

    É sempre assim. De quando em quando algo como Joao do MOrro surge rodeado de pseudos que querem ( e as vezes conseguem) coloca-lo como algo in, cult e diferente. A grande e tórrida verdade ´que Joao do Morro, com todo respeito, não passa de um brega com batida axé, pobre e todos os contextos e de nenhuma relevancia. Dada a sua musicalidade fatidiica e populista, é na verdade uma fonte de tomar de dinheiro de quem não pensa devido a falta de edeucação e, pasmem, no meido do caranaval multi-cultural, por falta de cultura.
    Sempre haverão aqueles que dançaram ao ritmo do Joao do Morro!

    Estudo o meu peito e grito ! Eu quero é rock!

  25. Luiz Manghi
    Posted 25 de fevereiro de 2009 at 15h46 | Permalink

    heheheheheheh
    devia ter se empolgado menos com joãozinho vitrine da periferia-pagode cult e ter ficado pros outros shows.
    a Desorden Publico foi maaaassa!

  26. Posted 25 de fevereiro de 2009 at 21h11 | Permalink

    porra joão do morro foi do caralho, sem dúvida um dos melhores shows do rb de todos os tempos e olha que eu não curtia o cara e confesso que me tornei um fã depois daquela noite. irreverência que não se vê desde o tempo de mamonas assassinas, se o cara fosse do rio ou de são paulo já tinha estourado e o povo que tão criticando estariam bajulando dizendo: “porra doido o cara é de sampa” mas como o cara é da periferia do recife poucos dão valor, preferem elogiar bandas tipo………… como é o nome daquela bandinha da colômbia mesmo? o cara é nosso, ele canta coisas do cotidiano recifense, acho que temos que olhar mais para os nossos artistas e deixar prá lá essa gente que vive menosprezando nós nordestinos. parabéns joão show do “carai”, para os invejosos de plantão: mandou chamar o cara então toooooooooooooommmmmmmmmmaaaaaaaaaa!!!!

  27. andre intruso
    Posted 25 de fevereiro de 2009 at 21h53 | Permalink

    Esse sem duvida foi um dos piores rec beats de todos os tempos!

  28. Posted 26 de fevereiro de 2009 at 8h04 | Permalink

    Que pena que na hora de joão do morro vazei(proporzitalmente)pra rua da moeda, mais tenho certeza que não perdi nada,Serà que ano que vem vai rolar aviões do forró ou marreta you planeta???

  29. clarissa morais
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 11h28 | Permalink

    CHUPARAM A AXILIA FRANCESA DA SILVIA! e não era de uva!

  30. Renan
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 13h28 | Permalink

    Cara, que texto adolescente da p… Ainda chamar ao que aconteceu de catarse? Ninguém ali tava se identificando com nada, era só a zona do carnaval de sempre. Será que todo mundo não já sabe que è o tchan faz alegria no carnaval, que a fuleragem music faz sucesso com o povão. Será que isso já não é sabido por todo mundo? Do mesmo jeito que a galera tava se divertindo no quanta ladeira cantando aquela música que zoava com o camelo e a mallu, a galera se divertiu com o João do Morro. Tá, mas e daí? qual a novidade? ele é só mais um representante de que música recheada de safadeza faz sucesso com o povinho reprimido, cheio de pudores, católico, sem cultura alguma. o povo gosta disso porque nao conhece mais nada. e não é só porque o povo fala assim que isso é louvável. tái o principal erro, cara. Só me diz pra que exaltar algo assim? Algo que é muito velho aqui no brasil, de lançar música fudida e o povo ahcar o máximo. Ainda precisa vir num site e exaltar a isso tudo? A catarse do povo? Bicho, continuemos tentando não louvar essas coisas passageiras que deixam uma mancha muito feia na nossa identidade. não tem nenhuma beleza em pobreza, falta de educação, letras preconceituosas. daqui a pouco o pobre coitado acha que é um herói8 da periferia e acha q é exemplo a ser seguido. e todos exaltam.

    não tem pra quê, sério. não tratemos tudo isso com olhos estrangeiros que acham o máximo, que é exótico, que é alegria em sua mais alta pureza. o que pode haver mais triste do que exaltar um povo absolutamente miserável que louva a falta de cultura e seus costumes preconceituosos.

  31. Paulão
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 14h34 | Permalink

    Nada contra João do Morro e nem a favor de ninguém, mas acha que o cara tem espaço midiático até demais. Ele tocou no Galo da Madrugada e toca toda semana em diversas casas de shows daqui do Recife. Não entendi qual foi a necessidade de escalar o cara para a grade do Rec Beat. Ícone da expressão popular? Não sei não. Cuidade Hugo para não exagerar… Moro na periferia e conheço um monte de gente que detesta o som do cara. Esse falar que vc tanto enaltece é resultado da falta de educação e acesso a cultura do povo.A maior parte daquele público não é do Rec Beat. Minhas tias e primas pagodeiras estavam todas lá. Agora, se Gutie ta querendo renovar o público do festival é outra história… Já ta justificado…

  32. Eduardo Tavares
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 15h49 | Permalink

    ´´Literalmente, tão querendo botar a favela dentro da vitrine, botar um laço e vender pra a massa consumidora como oferta soberana. A sociedade regrediu a tal ponto que estão querendo criar orgulho no fato de ter miséria, falta de cultura e problemas sociais.
    Viva o esgoto a céu aberto!´´

    dá-lhe, Obama! hehehehe

  33. Paulão
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 16h03 | Permalink

    Olha só o que o Bruno Nogueira escreveu no Pop up!sobre o show do João do Morro no Rec beat.

    “Penso que essa é uma primeira ruptura do conceito tão preso a estética que os artistas independentes sempre tiveram. São dois resultados para celebrar: do lado de lá, parece que um artista chegou um nível aceitável suficiente para conviver entre outras bandas de rock, tango e tec. Do nosso lado, cai um pouco da frescura em se misturar.”

    Ei Bruno o que vc quer dizer com “nível aceitável”? E que história é essa de frescura em se misturar?… Por que bandas de rock não são escaladas para o Galo da Madrugada? Por que quando se organiza um evento em qualquer parte da periferia do Recife tudo o que consegue se ver são grupos de pagode e de brega?… Vc não acha que as bandas alternativas merecem fazer parte da programação do único pólo alternativo do Carnaval de Recife?

  34. Eduardo Tavares
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 17h24 | Permalink

    texto: ‘O fetichismo na música e a regressão da audição’

    autor: Theodor Adorno

    publicado em 1938

    “Se perguntarmos a alguém se ‘gosta’ de uma música de sucesso lançada no mercado, não conseguiríamos furtar-nos à suspeita de que o gostar e o não gostar já não correspondem ao estado real, ainda que a pessoa interrogada se exprima em termos de gostar e não gostar. Em vez do valor da própria coisa, o critério de julgamento é o fato de a canção de sucesso ser conhecida de todos; gostar de um disco de sucesso é quase exatamente o mesmo que reconhecê-lo.”

  35. Eduardo Tavares
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 17h25 | Permalink

    continuando:

    ´´o ser mais desavisado ouve uma atrocidade no rádio, acha um lixo e ri. Mas, depois de uma semana, já está assoviando a melodia e até a introduçãozinha de teclado… ´´

  36. zeca
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 22h04 | Permalink

    de pagode e funk com letras escortas o Brasil está cheio…essa merda ai de joão do morro só vai servir pra playboyzada tomar cerveja nos churrascos da vida. Como já está servindo…já to vendo uma galera da porra que não tem porra nenhuma na cabeça se identificando com essa porcaria ai..é isso que vai acontecer…e claro o “empresário” dele vai encher o cu de grana!

    na verdade tudo isso ai é grana..e essa galera do recife rock com certeza está tendo alguma vantagem com o joão do morro,

    tenho certeza!

  37. João do Ibura
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 22h18 | Permalink

    Hugo e outros tantos jornalistas pernambucanos estão demonstrando qual é o grande público cosumidor de musicas xenofobicas como a do João do Morro, é a chamada classe média/alta que tenta filozofar dizendo que esse tipo de atração representa o suburbio e deve ser consumido por burgueses que pouco contribuem para alevancar a nossa cultura,pois, imaginem, depois dessa massificação da nossa média, inclusive a dita “especializada em cultura” em torno de joão do morro, isso poderá dar margens para que novas gerações que poderiam se interessar em criar musica de qualidade passem a ser influenciadas por esse tipo de som, isso é irresponsavel e pode fazer regredir o nosso futuro cultural.
    Ademais, hugo criticou a catarina dee jah dizendo o seguinte: “O que ela e sua banda tentam fazer é recauchutar o neocancioneiro brega de FM local em versões supostamente “cool” para um “público cabeça classe-média” curtir a bregaria numa embalagem pretensamente sofisticada. O tipo de discurso é o de “olha como a cultura de massa é legal, e ainda mais interessante se tirarmos uma onda com ela e a levarmos para classes sociais mais abastadas”.”
    Não acha contraditorio dizer isso é tecer elogios sobre o joão do morro, SÓ PORQUE ELE É DO SUBURBIO, que coisa ridicula, a cultura suburbana não é só isso, pois, nela tambem existe o rock,o chorrinho, o metal, dentre outros ritimos e qualquer um desses ppode ser bom ou ruim, e joão do morro é ruim pois musicalmente, e isso que importa, o som é pobre, enquanto que as letras, bem, elas dizem por si so, exemplo: “…eu digo sei, siiim,eu digo não, naaaao, então, tome, tome tome…” me poupem.

  38. Maira
    Posted 26 de fevereiro de 2009 at 22h47 | Permalink

    apesar de Roger e boa parte da matilha cultural de hellcife João do morro vai vencendo o preconceito e a inveja e ocupando seu espaço.
    Se dizem que ele não merece o sucesso que tem imagine o resto.
    Se a cena Pernambucana só é boa no carnaval quando o circo já está armado, fica uma brecha que foi competentemente ocupada por João of Montain!
    João do Morro existe por causa da cena chapa branca criada pelos produtores culturais e afins.
    Agora segure a rodela!

  39. Posted 27 de fevereiro de 2009 at 10h54 | Permalink

    @Paulão

    Po, comenta lá no site :P Aqui é mto confuso pra responder algo.

    Mas lá vai. O fato é que vc pode não gostar de pagode (eu particularmente não gosto), mas acho que o show de João do Morro tem um cuidado maior que a grande maioria das outras bandas do gênero (eu tive que ver várias qdo trabalhei na Folha de Pernambuco). Suficiente para ele estar numa programação de Rec-Beat e não destoar tanto do nível das outras atrações.

    Agora vale lembrar que eu disse que isso é “uma brecha”. É tipo agulha no palheiro. Não acho que seja o caso de uma mudança acelerada (com um festival meio pagode, meio rock), ou mesmo de uma mudança. Mas apenas uma idéia de que novos paradigmas são possíveis.

    Sobre o Galo… a Nação Zumbi já está tocando lá pelo segundo ano consecutivo. É outra brecha. Basta aproveitar a oportunidade e, com o tempo, vão aparecendo outras bandas lá. Mas, conhecendo o público leitor do RecifeRock, qualquer escalada seria alvo de reclamação e teorias da conspiração.

    Eu realmente não entendi seu comentário sobre os pólos das periferias. É sério que você não viu nenhuma outra banda de rock se apresentar fora do Rec-Beat? Acho que, se brincar, a proporção é até maior pro lado do rock. Se considerarmos os pólos do ciclo natalino, isso vira uma certeza.

    Minha preocupação maior é que “música independente” se associa cada vez mais com o rock. É dessa “frescura de se misturar” que eu falo. Acho que as bandas deveriam se preocupar em ocupar cada vez mais espaços, quando o que acontece é que elas tentam se fechar cada vez mais. Acho que segmentação demais só é desfavorável para todos.

    @Eduardo Tavares

    Legal a citação de Adorno :P Mas vc sabe que o que ele falou, há 60 anos, já foi questionado e reformulado infinitas vezes, né?

  40. andre intruso
    Posted 27 de fevereiro de 2009 at 14h38 | Permalink

    “mas acho que o show de João do Morro tem um cuidado maior que a grande maioria das outras bandas do gênero “.. caro Bruno…me diga que cuidado é esse??
    COnheço bandas de pagode que tem otimos musicos e arranjos bem menos sofriveis do que Joao do Monte e sua turma( tendo em vista que letra nem se comenta qdo o assunto é esse tipo de musica)

  41. João do Ibura
    Posted 27 de fevereiro de 2009 at 21h35 | Permalink

    Aqui no recife existe ou existia uma banda de samba ou pagode(haja vista que essa segunda denominação dizem significar o nome da festa onde haveria as rodas de samba) que tinha basicamente a mesma “qualidade” sonora que joão do morro, todavia, as letras daquele grupo, que não me lembro o nome(chegou a se apresentarno programa diario de Roger) falavam sobre problemas sociais, algo atipico nesse meio musical, porem, apesar de tambem serem suburbanos esse grupo foi renegado pela classe média/alta, digo, por jornalistas “especializados em musica”.
    Porque isso ocorre? será que é pelo fato de que essa classe média/alta considera a putaria como produto tipico suburbano para consumo ou a idiotização é a melhor forma para massificar um produto para a venda?
    Quanto ao meu comentário anterior, considerem o termo “ritmo” como o adequado e se eu não soube transcrever direito a musica de joão do morro é porque ela ainda não “massificou” a minha mente.

  42. natáliiia
    Posted 12 de abril de 2009 at 19h42 | Permalink


    se aalguem puder me ajuudar’ eu queriia baixaar aa musica “cueca de copinho” de joão do morro mais não acho em lugar nenhum essa musiica’ :@

    se alguem puder me ajugar agradeçõ desde já { se possivel o liink ou algo pareciiido } ::DD

    Beiiiiiiijos’ :*

One Trackback

  1. By João do Morro e cultura média « Deus lo vult! on 1 de março de 2009 at 12h30

    […] não faria lá tanto sucesso… – não é lá o melhor exemplo de música recomendável. O show dele no Carnaval foi, ao que dizem, apoteótico. Ele – e isso é um ponto positivo – sofreu um processo de uma ONG gayzista por conta de uma […]

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