Cobertura: Abril pro Rock – primeiro dia (palco 1)

Por Recife Rock! em 22 de abril de 2009

Rolou uma catarse geral na hora do grande hit que há muito não via em um Abril Pro Rock.

Motorhead no Abril Pro Rock 2009 (foto Beto Figueroa)

Motorhead no Abril Pro Rock 2009 (foto Beto Figueroa)

O Motörhead fez o show mais barulhento da história do Abril pro Rock

Por Breno Mendonça

Recife, em um período de menos de 20 dias, tem seu segundo grande show de um ícone do rock pesado, algo antes impensável. O Abril Pro Rock 2009 foi bem sucedido em sua primeira noite. Foi histórico, ensurdecedor, vigoroso, e muito divertido. Uma noite de verdadeira celebração ao rock. O Motörhead fez o show mais barulhento da história do festival. Em alguns momentos durante a apresentação era difícil até juntar os pensamentos. O público presente foi muito bom, superior ao do Helloween no ano passado, e nota-se que este novo formato (um grande nome como número principal, com poucos outros de menor expressão abrindo) tem dado bastante certo pelo menos na noite do metal.

Pode-se ter um fragmento da importância do Motörhead para o rock vendo os shows que o antecederam na noite. Todas, de alguma forma, devem muito de seu som aos ingleses. No Palco 1, o co-headliner da noite foi o grupo que assumidamente mais encarna o espírito e a ideologia “Motorheadiana” de som pesado: músicas rápidas e estilo f*da-se. Não poderia haver melhor escolha para dividir o palco principal que não os cariocas do Matanza. Tudo bem que a influência do grupo inglês é tão grande que o Matanza chega a ser classificado por alguns como um Motörhead-wannabe, mas os cariocas têm seus méritos e fizeram um show bastante instigado e aplaudido.

Jimmy realmente tem um bom carisma e, aliado ao fator MTV, possibilita ao Matanza o que se viu no show, uma gurizada grande cantando todas as músicas e abrindo rodas sem parar até o fim. Este Matanza 2009 é muito mais tarimbado que aquele da apresentação anterior no APR, que era bastante ruim por sinal. O novo guitarrista manda bem, as músicas estão mais pesadas e o grupo parece ter mais consciência do seu verdadeiro papel, que é o de entreter. Não é original. Aliás, é bem manjado, mas executa muito bem a sua parte. Foi um bom show de aquecimento para o prato principal da noite.

A atração principal não teve muita cerimônia nem uma grande abertura para entrar no palco. Lemmy Kilmister, Phil Campbell e Mikkey Dee simplesmente entraram e começaram a tocar como se estivessem tocando em algum pub na Irlanda. E já mandaram duas lapadas, “Iron Fist” e “Stay Clean”, pra mostrar de quem se tratava. Essas duas músicas, da fase áurea e mais relevante do grupo, são verdadeiros clássicos do rock. Na sequência, mandaram duas mais recentes, “Be My Baby” e “Rock Out”, boas, mas sem a mesma pegada. A mescla entre algumas músicas mais recentes (no total foram quatro), músicas dos anos 90 mais cadenciadas e pesadas, e os clássicos absolutos foi a tônica da apresentação. A parte final (as seis últimas músicas) foi matadora, porém intercalada pelo intervalo do bis. O que se pôde notar é que o Motörhead é monstruoso ao vivo, mas os velhinhos não têm mais o pique de outros tempos, ficando clara a necessidade de puxar o freio durante o show em determinados momentos. Isso talvez explique a ausência de outros grandes clássicos como “We Are Motorhead”, “The Chase Is Better Than The Catch”, “(We Are) The Road Crew”, entre outros.

Mas, na verdade, não foram muitos que se importaram com isso, e o fato de estar vendo uma das bandas que inventaram o rock pesado valeu mais que qualquer coisa. E é bom deixar claro: foi um show foda. Com “Going To Brazil”, “Metropolis”, “I Got Mine”, “Bomber”, não tem como não ser fuderoso. E Recife teve o privilégio de ver ao vivo uma das maiores músicas de todos os tempos, “Ace Of Spades”. Rolou uma catarse geral na hora do grande hit que há muito não via em um Abril Pro Rock. Fecharam com a não menos catártica “Overkill”.

Os vovôs podem continuar nessa que ainda agradam bastante. E o Abril pode continuar trazendo grandes nomes, que é certeza de diversão e bom público. Ano que vem Slayer, quem sabe…

6 Comments

  1. Posted 23 de abril de 2009 at 11h59 | Permalink

    “Este Matanza 2009 é muito mais tarimbado que aquele da apresentação anterior no APR, que era bastante ruim por sinal”

    Falou merda.

  2. Luis
    Posted 25 de abril de 2009 at 13h22 | Permalink

    Matanza é quase um Raimundos new generation, só que ruim… ruim… Chega da pena, das letras a musica.. da pra abrir roda sim, mas que é ruim é!

    Letras = 0
    Musica = 2

  3. Drielso
    Posted 25 de abril de 2009 at 19h39 | Permalink

    “Ano que vem Slayer, quem sabe…”

    Eita porra, ia ser foda d+ vu!!

  4. Henrique
    Posted 27 de abril de 2009 at 9h55 | Permalink

    Só lembrando o guitarrista do Matanza era nada menos que Mauricio Nogueira, ex-torture squad!!

  5. Geraldo A.
    Posted 30 de abril de 2009 at 11h29 | Permalink

    Caralho se o Slayer vier pro Abril o Chevrolet vai cai, puts e se for estilo o Motorhead com um the best, fudeu vai ter neguinho dormindo na rua de tão quebrado que vão tar depois do show, estou torçendo para que os organisadores tenten e consigão trazer Tom, Jeff e Karry para tocar no Brazil vai ser do @#$&@!4!!!!!!!!!!!!!!!

  6. Posted 20 de agosto de 2009 at 5h12 | Permalink

    Breno
    paguem pra mim ir comenta os show mas cale a bok

    “Este Matanza 2009 é muito mais tarimbado que aquele da apresentação anterior no APR, que era bastante ruim por sinal”

    Falou merda.(2)

    e se as musik tem letra ruim é pq são pra homem
    ao contrario de vcs

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