O marfinense Alpha Blondy divide palco hoje com a mítica The Wailers
Do Jornal do Commercio:
23.01.2010
Uma estrela no céu do reggae
O marfinense Alpha Blondy divide palco hoje com a mítica The Wailers, banda que acompanhava Bob Marley
José Teles
Alpha Blondy, nascido Seynou Koné, em 1953, na cidade de Dibromko, na Costa do Marfim, África Ocidental, é o maior nome do reggae daquele continente, onde é bastante popular, e um dos astros mundiais do gênero. Ele começou cedo na música, mas com uma banda de rock. Ao reggae, seria apresentado quando passou uma temporada de quatro anos nos Estados Unidos, onde estudou inglês, e fez faculdade de administração. Em 1976, ele assistiu a uma apresentação do jamaicano Burning Spears em Nova Iorque, e despertou seu interesse pelo ritmo jamaicano. Sua carreira começaria para valer nos primeiros anos da década de 1980, quando gravou os primeiros discos. Mais de 20 anos depois, ele se tornou um astro internacionalmente reconhecido, com vários sucessos, uma discografia com 15 álbuns, e um DVD (ao vivo, no Zenith, em Paris). Alpha Blondy distribuiu esta entrevista com a imprensa brasileira, na qual comenta sua trajetória, seu estilo, e política.
No começo de sua carreira, na Costa do Marfim, ele fazia parte da Atomic Vibration uma banda de rock, mas revela que aderiu ao reggae, por causa da dimensão espiritual do gênero: “E para defender minha identidade africana. Porém, ainda pratico meu controle pela diversificação musical, é por isso que toco roots reggae com rock”.
As letras para ele são tão importantes quanto a música, e geralmente tem um conteúdo político e social. Alpha Blondy é dos que acreditam que a música pode influenciar a sociedade: “Até onde sei, pobreza não é uma profissão, nem uma fatalidade. Portanto, ainda espero que os políticos entenderão minha mensagem, e creio profundamente que mudanças acontecerão antes de eu morrer”.
Um engajamento que levou o governo de seu país a nomeá-lo Embaixador da Paz da Costa do Marfim. Ele diz que a honraria não mudou sua vida, porém reforçou seu interesse por lutar também pela paz no continente: “Na verdade, muito antes de minha nomeação, eu sempre defendi a paz na África e no restante do mundo. Minha nova missão reforça meu sonho pela paz no continente africano, com o fim dos golpes militares e guerras civis estúpidas”.
Uma das características de Alpha Blondy é seu costume de cantar em vários idiomas – inglês, francês, hebraico, árabe, dialetos africanos. Segundo ele, procede assim por achar que cantando em várias línguas é mais fácil espalhar a paz pelo mundo. Mesmo assim o idioma principal de suas canções é o francês, língua oficial da Costa Marfim, que deixou de ser colônia da França em 1960 (embora parte fosse independente há décadas).
A dobradinha de Alpha Blondy com os Wailers tem sido uma constante na carreira dele, e remonta a 1984, quando começava a carreira: “Conheci os Wailers na Jamaica naquele ano e gravamos uma música chamada Cocody rock, e fizemos Jerusalem juntos. Muitos dos meus discos foram gravados no Tuff Gong (também utilizado por Bob Marley), em Kingston, por causa da ótima qualidade do lugar”.
Para Alpha Blondy, a Jamaica é como uma meca, pelo impacto que a música de Bob Marley teve sobre ele. E suas influências não vêm apenas do Rei do Reggae: “Sou fã de Bob Marley, e adoro todos os grandes artistas do reggae, nomes feito Morgan Heritage, Burning Spear, Michael Rose, Lucky Dube etc”. O prestígio de Blondy no meio do reggae é tanto que, não poucas vezes, ele tem sido considerado sucessor de Bob Marley, o que contesta com veemência: “Não sou o sucessor de Bob Marley, de forma alguma. Sou seu discípulo. Vamos dizer que sou uma estrela no céu do reggae, enquanto Bob Marley é o sol”.
fonte: http://jc3.uol.com.br/jornal/2010/01/23/not_363392.php
Aston Family Man Barrett é o cara
Publicado em 23.01.2010
Os Wailers que se apresentam hoje no Chevrolet Hall tem formação bem diferente da que acompanhava Bob Marley, porém tem entre seus integrantes, uma das verdadeiras lendas vivas do reggae, o baixista Aston Family Man Barrett, que não apenas participou dos seminais discos lançados por Robert Nesta Marley, como foi seu principal produtor, e diretor musical. Na verdade Aston Barrett foi um dos formatadores do reggae.
Hoje o grupo tem um baterista africano, e um vocalista americano. Sua atual formação é seguinte: Anthony Watson na bateria, Drummie Zeb na percussão (já foi baterista), Keith Sterling, teclados, Audley Chisholm, guitarra ritmo, Chico Chin, trompete, Everald Gayle, trombone, e Brady Walters e Cegee Victory nos vocais. O cantor é o americano Elan Etias.
O que permanece nos Wailers mesmo é a fidelidade ao roots reggae, e sobretudo a Bob Marley. Aston Barrett costuma afirmar que continuará sempre tocando músicas de Bob Marley, porque é sua missão é continuar divulgando a música do mestre. No repertório que o grupo toca hoje estão músicas que marcaram a carreira da banda com Marley no vocais: Stir up, Could you be loved, Exodus, Get up stand up, One love, Three little bird, War (composta por Barrett em parceria com Alan Cole, um jamaicano que jogou no Náutico, nos anos 70, e foi técnico da seleção da Jamaica), mais algumas compostas já sem o Rei do Reggae.
Alpha Blondy canta o que os fãs esperam: Cocody rock, Come back Jesus, Masada, Politiqui, Jerusalem, Wish you were here. Como há muita interação entre o regueiro da Costa do Marfim e os Wailers, com quem Alpha Blondy tem tocado desde meados dos anos 80, é provável que ele dê uma canja no show dos amigos.
Das bandas que fazem a abertura, a mais conhecida sem dúvida é a Manga Rosa, liderada por Dirceu, ex-vocalista do Jorge Cabeleira. A Manga Rosa existe há seis anos, e não apenas é uma das mais atuantes na cena reggae local, no palco, como também promovendo e produzindo festivais de reggae.
A N’Zambi também existe há seis anos, e incorpora outros elementos ao seu reggae, como dub e música cubana. A Vibrações é uma das mais conhecidas bandas de reggae de maceió. (J.T.)
» 1º Reggae Music Festival, com Alfa Blondy, The Wailers, N”Zambi, Manga Rosa e Vibrações, no Chevrolet Hall, hoje, 21h. Ingressos: pista: R$ 50 e R$ 25. Camarotes (para 10 pessoas): 1º piso: R$ 600, 2º piso: R$ 500, 3º piso: R$ 400. Outras informações: 3427-7500
fonte: http://jc3.uol.com.br/jornal/2010/01/23/not_363393.php
6 Comments
mei irmão, tinha muita gente viu, eu não imaginava que fosse dá tanta.
Pena q o Elan Atias não cantou
o show foi tudo de bom Alpha blondy é o 10000000000
eu curto alpha já faz 14 anos é uma religião, d verdade e trabalho com musica á 12 anos tenque ter fé.
alpha blondy para mim é o grande astro do reggae mundial . eu o locutor jamaicano de itacajá to. tenho o sonho de um dia poder cnhecer este meu ídolo
eu sou fa de alfha blondey desde piqueno das antigas e muito anos de vida pra ele e que ele fique tocando muito bem como sempre faz