Tapa na Orelha: A-ha e o mercado da nostalgia

Por Hugo Montarroyos em 17 de março de 2010

O grande filão das bandas geriátricas

Já diria o grande Mino Carta, “como é de conhecimento até do Reino Mineral”, o A-ha se apresenta amanhã no Recife. A mesma banda que tocou aqui em 1991, ou seja, há 19 anos. E os ingressos – bem caros, por sinal – estão esgotados. Acho que vários fatores explicam esse fenômeno, que não é privilégio apenas dos noruegueses.

O grande filão deste mercado de bandas geriátricas que vem se formando no Recife é um só: pessoas com idades entre 30 e 40 anos, que já não acompanham há algum tempo o que acontece na música e que está disposto a desembolsar uma boa grana para ver e ouvir bandas que embalaram sua adolescência e ter o mínimo de conforto necessário para tal. É um público que já abandonou o circuito de festivais como o Abril pro Rock há muito tempo. Casou, teve filhos, se separou. E, fundamental, é uma geração que foi pautada pela rádio. Ou seja, curtia o que este veículo disseminava. Só corria atrás de um disco depois que três ou quatro músicas de uma mesma banda estivessem estouradas nas programações das FMs.

Ou seja, é um público que nunca quis se dar ao trabalho de pesquisar. Escrevo isso muito à vontade porque faço parte dessa geração, e sei, como ninguém, que o caminho dos barcos fora das rádios era praticamente inexistente naquela época. MTV? Internet? Quá, quá, quá. Rádio Cidade e Transamérica. Quando muito, a 89FM, que durou muito pouco. Resumindo, essa minha geração parou no tempo, e não há como culpá-la. E hoje ela é enxergada pelo mercado como um excelente público consumidor. É um pessoal que tem grana, já está estabelecido na vida. Não se importa com o valor do ingresso. Aliás, faz até questão de que ele seja caro, pois quer pagar para ter conforto. Se eu fosse empresário deste setor, ficaria muito tentado o focar todas as minhas atenções neste mercado.

Mês que vem, Simply Red. Já estão falando em Scorpions novamente. Aliás, o DVD dos alemães que contém o show deles no Recife é um dos mais vendidos no mercado. O mesmo deve ser feito com A-ha e Simply Red. Sejamos justos, Iron Maiden e Motörhead também já não estavam em sua fase primaveril quando desembarcaram aqui. Mas o poder de alcance dessas bandas é extremamente mais segmentado e menos abrangente do que o dos A-has da vida.

Essa coisa toda em cima de bandas da geração do A-ha me lembra um pouco daqueles festivais de nostalgia da Jovem Guarda, realizados com alguma frequência no Português e no Internacional. A geração consumidora é um pouco mais velha, as bandas são nacionais, mas a lógica é a mesma: vamos vender os velhos tempos aos que têm saudades deles! E vamos cobrar caro por isso. Afinal de contas, voltar a ser jovem não tem preço!

26 Comments

  1. fernando
    Posted 17 de março de 2010 at 18h41 | Permalink

    É isso mesmo, Hugo. Dessa vez tenho que concordar contigo.

  2. Paulo Peterson
    Posted 17 de março de 2010 at 19h28 | Permalink

    Excelente texto Hugo, suas colocações me fizeram me encaixar perfeitamente nessa geração nostálgica. Acrescento que por sermos de uma geração mais antiga, não tinhamos grandes eventos em Recife internacional, o que fazia com que, qualquer evento, era prestigiado, lembro da Soparia e o Poko Loko em Olinda. Infelizmente a atual geração participa pouco dos eventos locais e reclamam demais dos internacionais. Fazer o quê? Espero que venha toda velharada para Recife, pagaremos mais caro, mas marcaremos presença.

  3. Posted 17 de março de 2010 at 19h39 | Permalink

    Concordo totalmente também… Mas eu bem queria ir pra esse show! Vai ser bem divertido! aHUahAHuauh!

  4. Posted 17 de março de 2010 at 21h12 | Permalink

    Caríssimo, Hugo. Posso dar um outro ponto de vista? E não é nem tão discordante.

    Sou daí do Recife, mas moro em Sampa há quase oito anos. Além de músico, tenho transitado como jornalista, produtor no mercado de shows e tal.

    Na boa, acho que o Recife devia era comemorar a ida de bandas como A-Ha, Scorpions etc para a cidade e o sucesso de público. Isso é um sinal que a capital está entrando na rota de shows internacionais e se nivelando, aos poucos, a cidades com maior apelo para o showbusiness como Rio e São Paulo.

    Pelas reclamações que vejo daqui, as pessoas daí ficam pensando: “Esses produtores malas só trazem bandas antigas para o Nordeste!” Bem, esses citados grupos e outros ainda muito mais antigos :) tocam por aqui e com casa cheia. Não é o seu caso, mas quem vive pensando da maneira que falei pode aliviar o complexo de inferioridade em relação ao Sudeste.

    Há quase um ano vocês tiveram o Iron Maiden. Uma banda que, desde a volta do Bruce Dickinson e do Adrian Smith, tem vivido uma espécie de novo auge. E não é porque fizeram uma turnê tocando só músicas dos anos 1980. Quando eles tocam aqui em Sampa, com repertório novo, o sucesso é praticamente o mesmo. No exterior tem acontecido fenômeno parecido.

    E olha que legal: a produção da banda britânica de heavy metal andou falando que a estrutura e a organização da apresentação do Recife foi a melhor da América Latina. O show de São Paulo teve um público de cerca de 65 mil pessoas (Recife acho que teve umas 18 mil, não?), mas, se a galera não fosse tão pacífica, teria ocorrido uma tragédia na hora da saída, tal era a desorganização. “Pô, meu, us paraíba-baiano não tem condições de fazer um baguio da hora como nóis, tá ligado?” Pensaram vários paulistanos sobre esse show.

    Na cabeça de produtores shows internacionais isso conta muito para eles começarem a incluir Recife na rota de turnês de bandas mais novas (novas, mas que muitas vezes não tem a relevância artística de artistas mais velhos).

    Sobre o público, concordo plenamente: o povo de 30 e 40 anos, normalmente, tem mais grana e quer aproveitar a chance de pagar pelo show de artista que não conseguiu ver ao vivo quando era mais jovem. Tanto é verdade que, aqui em Sampa, uma das rádios de maior sucesso e fidelização de público é a KiSS FM, cuja programação é baseado nos “clássicos” do rock – os quais, para eles, incluem Deep Purple, Aerosmith, Joy Division, Smiths, R.E.M etc.

    Mas, qual o problema? Já é uma evolução! Quando morava aí nos anos 1980 e parte dos 1990, os “veinhos” de 30 e 40 nem tinham a oportunidade de pagar pra assistir às bandas internacionais “antigas” à epoca!

    Estruturalmente, Recife já tem ótimas condições de receber Arctic Monkeys, The Gossip, The Killers, Mastodon ou outros mais “idosos” como Radiohead e Franz Ferdinand (sim, a média de idade deles já passa dos 30, ou seja, para a mentalidade de, felizmente, POUCAS pessoas que vão a shows, eles estão velhinhos… hehehe). E o desenvolvimento dessa estrutura e know how vem justamente da experiência de se receber um Scorpions ou um Deep Purple.

    Agora, uma discordância, com todo respeito. Eu acho super antigo e velho tentar desclassificar alguém artisticamente por sua idade (mais especificamente astros pops e roqueiros). Quando o rock surgiu, nos anos 1950 e se expandiu nos 1960, a expectativa de vida era outra e os trintões, quarentões, cinquentões etc da época não tinham a qualidade de vida dos que vivem em nosso tempo.

    E outra coisa, ainda temos o aspecto subjetivo do jornalismo. Quando jornalistas de música querem destilar seu veneno contra determinadas bandas “antigas” que eles não gostam, eles os classificam como “dinossauros”; quando curtem, de “ícones”. Ainda bem que esse tipo de clichê – mais velho do que o tempo em que Arraes jogava bola com Ariano Suassuna – está caducando…

    Ah, e se o Rolling Stones fossem tocar aí, o pessoal iria reclamar também?

    Claro, né, estamos no Recife, onde o povo adora reclamar até do que anda pra frente! :)

  5. José Henrique
    Posted 18 de março de 2010 at 3h03 | Permalink

    Porra, concordei com o Hugo e com o Luna! ehheehe
    Gostei especialmente dos dois útimos parênteses do Luna, mas tendo a concordar mais com a visão do Hugo. Que como o próprio Luna falou nem é tão diferente da dele.

  6. Rogério
    Posted 18 de março de 2010 at 12h39 | Permalink

    LEGAL ESTAS OPINIÕES SOBRE A VINDA DE SHOWS INTERNACIONAIS NO RECIFE.
    CONCORDO COM O LUNA. O PÚBLICO NO RECIFE RECLAMA AS VEZES DE BARRIGA CHEIA. SE VEM BANDAS DAS ANTIGAS, ELAS JÁ ESTÃO FORA DE FOCO OU QUERENDO ENGORDAR AS CONTAS BANCARIAS PARA A APOSENTADORIA. SE VAM BANDAS POP, TIPO O BLACK EYED PEAS QUE TALVEZ VENHA POR ESTAS BANDAS, É SHOW PARA PLAYBOY. SE THE GOSSIP, MASTODON, LORDI ENTRE OUTRAS NOVIDADES DO ROCK VIEREM TOCAR AQUI. OS NOVOS AMANTES DE ROCK DA NOSSA CIDADE NÃO IRÃO, PORQUE NÃO TERAM DINHIERO PARA PAGAR. POR ISSO NÃO É LEGAL DESQUALIFICAR AS BANDAS DAS ANTIGAS QUE TOCAM AQUI. CAÇA NÍQUEIS OU NÃO ELAS JÁ SÃO LENDAS.
    E DEIXO A PEGUNTA DO LUNA NOVAMENTE.
    E SE OS ROLLING STONES, MADONNA, AEROSMITH, OU AC/DC VIEREM, ESSES SHOWS NÃO VALERAM A PENA?
    AH, ANTES QUE EU ESQUEÇA O MEGADETH TÁ CHEGANDO. VAI VALER A PENA OU NÃO?

  7. Posted 18 de março de 2010 at 13h33 | Permalink

    Os melhores shows que eu fui na minha vida foram de bandas com mais de vinte anos, pricipalmente Iron Meiden

  8. Júlio Ulisses
    Posted 18 de março de 2010 at 22h40 | Permalink

    Finalmente alguam coisa que eu assino em baixo aqui.

  9. Posted 18 de março de 2010 at 23h46 | Permalink

    Rogério o Luna já fez a pergunta que vc fez pra ele.
    Vcs fizeram a pergunta e nela mesma estava a resposta.
    Nãooooooo, ninguém iria reclamar.
    E é normal, já que Rolling Stones e AC/DC são de fato lendas, enquanto o A-Ha e o Simple Minds são lendias. ehehehhe

    PS: Escrevi aí em cima parênteses, claro que quis dizer parágrafo.

  10. evandro
    Posted 19 de março de 2010 at 11h19 | Permalink

    Meu caro…….não é de hoje que muitos “criticos” não gostam da banda a-ha , não sei qual o motivo , ainda bem que muita gente não vai na onda destes “criticos” , porque na minha opinião eles tem sua opinião propria e seu proprio gosto , agora sinto uma certa dor de cotovelo nessa pessas que falam tanto mal do a-ha , agora me diga , todas essas bandas que voce citou , estão na estrada a muito tempo e ainda fazem sucesso , eu não sei ai em Recife se toca musicas do a-ha , por exemplo , mas a grande verdade é que nossa geração parou no tempo , porque já nao fazem mais coisa boa , voce não musicas descentes como na nossa geração , voce ve o festival de verão de Salvador , é todo ano a mesmisse de sempre , todos os anos são as mesmas bandas , voce pode ter certeza se uma banda destas viesse pra cá , com certeza seria casa cheia , eu moro em Salvador , mas fui assistir o a-ha em São Paulo , depois que tinha comprado o ingresso é que soube que Recife estava na agenda , então os fãs de Pernambuco deveriam agradecer pela vinda destas bandas , porque aqui em Salvador , o pessoal tem que se contentar com o Axé , o pagode , o forró eletronico , o arrocha, e voce vem falar mal de a-ha …..cai na real meu jovem !!!!!!!!!!

  11. Posted 19 de março de 2010 at 12h11 | Permalink

    “Farewell Tour” é a nova gravação de dvd.

    Lembram? uns 5 (ou mais) anos atrás todo show grande era “gravação de dvd”. “Venha aparecer no dvd do seu idolo” era a chave, agora mudaram a fórmula :)

    No mais… calcule aí: A-HA público 15 mil pessoas… bilheteria com ticket médio de R$100 dá R$1.500.000,00 + bar + espetinhos.
    É MUITA GRANA!

    Que venham mais bandas… quem sabe umas mais contemporâneas :) A gurizada (sub 35) merece um showzinho de vez em quando :)

  12. Posted 19 de março de 2010 at 12h14 | Permalink

    Do twitter de @Conector (Gustavo Mini) sobre o show de Franz Ferdinand em Porto Alegre:

    @Conector Franz Ferdinand ontem: sensacional. Como é bom ver uma banda pop contemporânea no seu auge em Poa numa época de visita de dinossauros.

    @Conector 4.500 pessoas segundo a ZH. Todas cantando músicas inteiras que não tocam na rádio. O novo clichê que prova o novo paradigma.

    @Conector Ao vivo dá pra perceber melhor que eles são mais do que “uma banda da safra Strokes”. Tem de tudo nas músicas: proto-punk, punk, pós-punk…

    @Conector … disco, acid house, dub, funk… às vezes tudo concentrado em dois minutos. Um cozido excelente do que se melhor faz no rock e no pop.

    @Conector Melhores momentos: a galera cantando os “hits”, a matadora Can’t Stop Feeling e o jam acid house de Lucid Dreams.

    @Conector Maior felicidade: ver gente entre 15 e 20 anos podendo assistir uma banda “da sua época” na sua cidade. Faz um bem danado pra cena cultural.

    Um dia a gente chega lá :)

    Que venha Simply Red e Scorpions
    e que o Chevrolet Hall se empolgue com o lucro e traga mais bandas :)

  13. Posted 19 de março de 2010 at 16h09 | Permalink

    Peraí, Guilherme. Não seja injusto. A gurizada do Recife já está recebendo bandas “da sua época”. Não rolou Restart um dia desses aí? Pára de ser chato, meu! hehehe

    Mas, retomando… Pergunta pra Lula da Raio Lazer por que ele não se arrisca a levar um Franz Ferdinand pra Recife. É até uma curiosidade minha. O Franz tá quase virando um Deep Purple do novo rock: todo ano está aqui no Brasil. O que é ótimo. Recife já poderia se arriscar a levá-los.

    E quantas pessoas cabem no Chevrolet Hall? Ouvi dizer que ele é até maior do que o Credicard Hall aqui de Sampa. Recife já tem uma casa de tamanho médio, que abrigue até umas quatro, cinco mil pessoas? Clube Português?

    E será que Recife tem público pra segurar a onda de um show desses? Se sim, ótimo! Se não, é legal arriscar um pouquinho, né?

    Vamos torcer!

  14. Posted 19 de março de 2010 at 16h28 | Permalink

    NÃO SEI SE VOÇÊS SE LEMBRAM, OS SHOWS DE THE CALLING, OFFSPRING, SILVERCHAIR E PRINCIPALMENTE O DA ALANIS MORISSETTE, NÃO ATRAIRAM GRANDE PÚBLICO NO RECIFE. O DE ALANIS TINHA INGRESSO A R$ 5,OO REAIS NOS CAMBISTAS.
    OU SEJA BANDAS NOVAS COM MUITO SUCESSO, DIRIGIDA AO PÚBLICO JOVEM E SEM GRANA. FIASCO TOTAL.
    IMAGINA UM FRANZ FERDINAND AQUI. OUTRO FIASCO.

  15. Posted 19 de março de 2010 at 16h37 | Permalink

    Com certeza, lembro do IRON MAIDEN, dos 18,000 mil pagantes apenas 8 mil eram do Recife e Redondezas. E olha lá era o grande IRON MAIDEN.
    Empatou com o A-HA

  16. Posted 19 de março de 2010 at 19h40 | Permalink

    18 mil pessoas é um ótimo, sensacional público. Não dá pra comparar com Sampa, que é a terra do rock ‘n’ roll no Brasil. Talvez, o que esteja faltando para o Recife seja um lugar de porte médio, quem sabe, até bancado por uma marca, como, por exemplo o Pepsi On Stage, em Porto Alegre. Ontem o Franz Ferdinand lotou o local! Público: 4 mil pessoas!

  17. Posted 19 de março de 2010 at 23h12 | Permalink

    Valter Silva, vc tá maluco??

    dizer que o show q Offfspring fez aki foi um fiasco, é no minimo loucura sua.
    No Chevrolet Hall esse foi um dos shows com maior público.

  18. Leo Ferreira
    Posted 20 de março de 2010 at 12h31 | Permalink

    Genial o primeiro comentário do Ad Luna.

    Concordo 10000%.

  19. Posted 20 de março de 2010 at 19h12 | Permalink

    Bom, em primeiro lugar, rádio pra mim era só pra escutar o Novas Tendência do JR Mahr. Tudo o que eu conheci, ouvi e gostei, foi através deste e, também através das revistas: BIZZ, NME, SPIN e Melody Maker, além de muito dinheiro gasto com importação de vários cds. Toda aquela cena indie inglesa, americana, assim como, suas vertentes de meados dos anos 80 até, mais ou menos 94, foi muito vivida e muito idolatrada por mim. Só que era eu, e eu mesmo, a gostar daquelas bandas que hoje, nem existem mais. Infelizmente, o dominio das rádios (leia-se gravadoras) e das trilhas sonoras de novelas era imperativa. E estaríamos desta forma até hoje, se não fosse a internet pois, as rádios continuam o mesmo lixo de décadas passadas. Então, é aquela história: se aquelas bandas não vieram pra cá no auge, no apogeu, que venham agora. Ótimo! Cara, a cena atual do “rock” tá horrível.
    Em tempo: eu estava no show do Silverchair e o Chevrolet Hall estava entupido de gente!! Eu tava no gargarejo e tive que ir pro fundão pra não morrer espremido. Não cabia mais nem um cabelinho de sapo.

  20. fagner de lima
    Posted 21 de março de 2010 at 11h29 | Permalink

    o show do a-ha no recife foi muito bom espero ver outras bandas do mesmo nivel tocar aqui
    como duran duran depeche mode e outras ! valeu

  21. Posted 21 de março de 2010 at 14h33 | Permalink

    Chega a ser desrespeitoso e pejorativo, o termo “bandas geriátricas”. O redator do texto é que parece ter parado no tempo, há muito tempo atrás, onde pessoas de 30, 40 e 50 anos eram consideradas idosas. Sai dessa, cara, o desatualizado é você! Não é uma questão de ter ficado parado no tempo, a questão é que nesta faixa etária, já aprendemos a selecionar o que gostamos, independente de modismos ou da idade dos integrantes das bandas, não é esse o critério. Ou será que Rolling Stones já não presta mais? Clássicos são clássicos, são eternos.
    Sou da geração descrita, sim, mas não parei no tempo. Adoro metal e estou antenada com as novas bandas, principalmente da Finlândia, a terra do metal. Sem citar nomes, adoraria poder assistir a qualquer banda nova, de boa qualidade em Recife. Pagaria caro por qualquer uma delas, sim. Não pagaria, nem pago, por uma série de bandas hardcore sem personalidade, onde as músicas, as vozes dos vocalistas e os próprios integrantes são tão parecidos, que fica praticamente impossível distingui-las, só porque são atuais. Pelo menos, há de se convir, que nos “jurássicos” anos 80 e 90, as bandas, como A-ha Iron Maiden, Motorheads e Scorpions, tão duramente menosprezadas eram inconfundíveis, pela sua sonoridade característica e vocais.
    Enfim, o importante para nós, nordestinos, é que hoje Recife é palco de bandas internacionais importantes e que isso abre portas para a vinda de outras bandas “mais atuais”, como prefere o redator, para um público de jovens e não de “velhinhos” de 30, 40 e 50.

  22. Posted 22 de março de 2010 at 15h29 | Permalink

    ESTOU 100% DE ACORDO COM VC MARIA EMILIA.

  23. Claudia Aires
    Posted 22 de março de 2010 at 17h20 | Permalink

    Acredito muito num show lotado do Franz Ferdinand em Recife – porque além dos fãs locais, com certeza iria atrair o público do Nordeste inteiro. Apostaria numas 4 mil pessoas fácil.
    Quanto aos tipos de shows que vem vindo pra cá, melhor do que nenhuma né?? Toda vez que tem um grande show no Brasil a gente vai logo procurando a data em Recife.

    Que venham os novos e os velhos roques…

  24. Posted 23 de março de 2010 at 11h58 | Permalink

    Os shows de Offspring e Silverchair lotaram,e eram bandas que estavam no auge,nao vejo por que nunca se tentou trazer Linkin Park ou Evanescence,Paparoaroach ou Sistem of a Down,que sao bandas conhecidas e que publico tanto entre roqueir como com ocasiosais modistas….fico na torcida que role coisas do tipo

  25. Posted 10 de abril de 2010 at 15h51 | Permalink

    Hugo, pela primeira vez , acho eu , que em 10 anos , olhando este site ,que eu adoro, vou concordarctg em todos níveis, pq faço parte da msma geração q vc, e penso que vc atingir a maduridade, n significa dizer, n cascavilhar na internet, pelo contrário, eu procuro sempre ouvir sons novos, n pensoque essas bandas geriátricas voltam ou continuam por causa de nos, balzaquianos, mas sim, pq a indústria fonográfica levou um baque tremendo, no surgimento das mídias externas, sem o uso da compra dos cds, então , eles querem reverter o baque econômico, e inventam essas ondas de bandas que n tem mais pique pra continuar fazer shows, encontra uma Imprensa vendida, que coloca nas primeiras páginas q o show é o cream de lá creme, pronto, tá feito o superfaturamento. Se fossem ótimas bandas, fora do esquemão mesmo, mas isso n tira o mérito do teu texto, como sempre bem escrito, no Abril, pode puxar minhas orelhas, eu deixo, caso queiras. rssrsrsrssrsrs.Abraço !

  26. Posted 10 de abril de 2010 at 15h53 | Permalink

    *Hugo, pela primeira vez , acho eu , que em 10 anos , olhando este site ,que eu adoro, não vou concordarctg em todos níveis……..(corrigindo )

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